Capitulo um

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A menina de cabelos azuis sempre preferiu acreditar na bondade que todos têm. Acredita profundamente que todos, até mesmo o mais frio coração, tem uma pequena e escondida caixa, onde se guarda a bondade, esperança, alegria, empatia... Mas naquele momento se convenceu de que Lila era um monstro e não tinha essa caixa em lugar algum.

A garota havia chegado adiantada, o que era um milagre visto que chegava no meio da aula 90% das vezes. Quando entrou em sua sala, recebeu uma onda de olhares rudes. A mestiça se sentiu intrigada, pensou em ir perguntar o que houve, mas ninguém, nem mesmo Nathaniel, respondera.

Mas só foi Lila chegar e começar seu show que a azulada entendeu o que houve.

— Eu não fiz e disse nada! Eu juro. — A azulada exclamou pela quinta vez. Tentou permanecer calma e não atiçar a raiva de seus amigos. Não ia falar a ninguém, mas estava com medo de Ivan que abraçava Mylene e olhava severamente para ela. — Alya, somos melhores amigas, você me conhece...Deveria confiar em mim. — A mestiça choramingou tristemente.

— Não há argumentos contra fatos, Marinette. — A morena vociferou rudemente, embora seu coração tivesse amolecido pelo comentário da mestiça.

— Mas eu não disse nada. — A azulada já se sentia frustada. Seus olhos queriam marejar. Marinette encara Alya que desvia o olhar, logo olha para Rose que estava com o nariz arrebitado, vermelho. Juleika estava com o semblante fechado. — Pessoal...

— Chega Marinette, você é igual a Chloé, falou mal da gente pelas costas, vimos o vídeo, Lila mostrou mesmo triste por desmascarar você! — Sabrina diz, raivosa. Marinette se encolhe e olha ao redor, todos a encaravam com repulsa e a mestiça queria apenas abraçar seus pais e dormir um pouco.

Mesma triste, a azulada ainda era orgulhosa e saiu correndo quando viu que ia derramar algumas lágrimas. Fez do banheiro seu refúgio. Entrou em uma das cabines e desatou em lágrimas. A Kwami vermelha tentava acalmar a todo custo sua portadora que tinha o rosto banhado em lágrimas.

Após alguns poucos minutos, alguém bate na porta da cabine duas vezes. A azulada ignora. Mais duas batidas. Marinette continua com a cabeça baixa.

— Ah! Pelo amor de deus, Dupain-Cheng! Sai daí agora antes que eu te arraste. — A loira que implicava com a garota desde de sempre, esbraveja.

— Chloe, não estou em um bom dia... Pode me deixar em paz apenas hoje? por favor. — A azulada abre a porta da cabine.

— Eu acredito em você. — Solta. A azulada fica atônita por alguns segundos até entender o que a loira quis dizer. — Lila fez a mesma coisa comigo...

— Fez?

— Uhum. — Ela balançou a cabeça, seu olhar carregado de superioridade amansou, mostrando apenas tristeza e incompreensão. — E olha se você continuar aqui só vai deixá-la mais vitoriosa. Você tem que voltar lá!

— Mas eu só quero ir para casa. — A azulada murmurou, entristecida.

— Você vai dar o gostinho de vitória a ela? Vai mesmo? Vamos Dupain-Cheng, sei que é forte. pode se sentar comigo. — A loira deu um sequinho no ombro da mestiça.

— Tudo bem... — A mestiça quase solta um grito quando vê seu rosto vermelho e completamente inchado. Antes que pudesse voltar a chorar de raiva, Chloe estende seu pó facial, que esconde muito bem a vermelhidão e disfarça o inchaço.

E se a magia acabar?-MLB (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora