2020.09.22
06:00
TEXTO 11
Já fazia algum tempo que Yoongi havia saído, enquanto estava fora, fiquei sentada fazendo incrivelmente nada, já estava tão cansada de esperar ele voltar que resolvi fazer algo para comer, abri os armários a procura de comida, mas tudo que achei foi um macarrão instantâneo.
"É melhor que nada.", digo para mim mesma e pego o macarrão, ao virar-me vejo uma borboleta-branca sobrevoando dentro de casa. "Como você entrou aqui criaturinha?", aproximo-me da borboleta e voa em direção as escadas, sorri e largo o macarrão na bancada.
O pequeno inseto voava um pouco mais rápido, em passos lentos eu segui-o, enquanto a sigo observo a borboleta, ela era branca e tinha detalhes azuis quase impercetíveis, ela é magnífica e emanava algo surreal. A borboleta passa pela fresta da porta do escritório e assim eu aproximo-me da porta, abro devagar e o que vejo faz o ar faltar. Um computador. Sobre a mesa de Yoongi tinha um computador, da última vez que tive aqui, ele não estava ali, isso só significava uma coisa, todo esse tempo ele escondeu o objeto.
Aproximei-me da mesa e assim que os meus olhos se encontram na tela, vejo que estava ligado e aberto numa página, era algo sobre um manicômio, mas não era um manicômio qualquer, era onde a minha mãe se encontrava e vendo o seu nome e arquivos sobre ela, além de vídeos e fotos, fez o meu coração apertar e os meus olhos encherem de lágrimas, a minha mente atordoada com aquilo. Ele realmente estava esse tempo todo observando a minha mãe. A minha mãe!
"Desgraçado…", sussurro e afasto-me, acabo por derrubar a cadeira e algumas folhas.
Enquanto desci as escadas, algo dentro de mim, gritava para que fugisse dali e que nunca deveria ter deixado ele aproximar-se. E eu estava certa, aquela parte de mim, estava certa, ele era o meu carcereiro e nada disso vai mudar, Min Yoongi é apenas o homem que me impede de viver como uma pessoa normal, a minha liberdade? Por culpa dele eu não tenho, agora tenho que viver nesse lugar ao lado dele. Mas isso será apenas por hoje, preciso fugir enquanto antes daqui.
"Yun, comprei algumas coisas que talvez você goste.", apareço na sala e ele não me olha, apenas vasculha a sacola. "Olha só, eu comprei chocolate, eles tinham então comprei, também tinha sopa pronta e carne, entre outras coisas também que trouxe. O que você acha de…", ele encara-me e percebe as lágrimas nos meus olhos. "Você está bem? Porquê choras?", não o respondo e apenas me aproximo dele o destribui socos no seu peito, enquanto ele estava estático.
"Você está destruindo a minha vida! E agora quer acabar com a minha mãe também?", ele segura os meus braços.
"Não, Yun… Você entendeu tudo errado. Por favor se acalma, não precisa se exaltar.", ele tenta tocar no meu rosto, mas eu sou mais rápida e dou uma tapa no seu rosto.
"Eu odeio você, eu não quero morar aqui, não quero… você é como o meu pai!", o seu olhar muda e ele afasta-me rapidamente, me fazendo cair no chão.
"EU NÃO SOU COMO O SEU PAI! EU NÃO SOU ELE…", Yoongi coloca as mãos nos ouvidos e se senta no chão.
Eu ainda me encontrava estática, com medo e com ódio, a sua mudança de humor e atitude fizeram-me sentir um medo do que ele poderia fazer comigo, mas o ódio era pelo fato de que ele realmente não iria libertar-me. Então sem mais nem menos, subi correndo para o meu quarto e ouvi os seus gritos me chamando, era sufocante tudo aquilo, estar presa naquela casa era sufocante, tudo aqui era sufocante.
Encontrava-me em lágrimas naquele momento, sentada encostada na parede enquanto o meu carcereiro batia na porta, os seus gritos não paravam e muito menos os murros que ele dava nela. Eu só queria fugir daqui, de Min Yoongi, desse lugar, de qualquer coisa que me mantém presa.
"Abre a porta agora Yun!", a sua voz áspera fez-me fechar os olhos, estava com medo dele, nunca o vi dessa forma e isso causava-me arrepios e medo do meu carcereiro. "ABRE A PORTA AGORA!", o meu medo só aumentava a cada segundo e tudo que eu queria era acordar desse pesadelo.
____¥____2020.09.22
23:45
Já se passava das onze horas, a minha cabeça ainda doía pelo tanto que chorei e meus olhos estavam ardendo, quanto mais eu esperava ele dormir, mais nervosa ficava por estar chegando finalmente o momento de fugir dali. Eu sabia que ele poderia até não dormir, mas iria fazer de tudo para não fazer um barulho se quer, ao menos tinha a certeza de que ele não tranca a porta de casa durante a noite.
Havia chegado a hora, o momento em que tanto esperei chegou e eu não poderia estar mais feliz, então sem mais delongas: saí do meu quarto e segui pelo corredor escuro e vazio, olhando para os lados pude vê que por baixo da porta não havia luzes, o que significava que o meu carcereiro estava dormindo, continuo o meu caminho e desço as escadas o mais silenciosamente que consigo, no andar de baixo não estava muito diferente, tudo escuro e silencioso demais, "Preciso de algo para me proteger… lá fora é bem perigoso", penso e vou até à bancada, sobre ela estava algumas facas, pego uma delas e caminho até a porta, como havia imaginado ela estava destrancada então tudo que fiz foi girar a maçaneta. Assim que a porta se abriu, uma forte ventania entrou na casa e fechei meus olhos sentindo a brisa contra o meu rosto, sorrindo corri o mais rápido que pude, pela primeira vez me sentia livre, sentimento que nunca senti durante minha vida.
A grama ainda era alta e fazia cócegas em meus braços e pernas, podia ouvir o piar da coruja e o barulho do balançar das folhas das árvores, era tudo tão mágico e lindo, a lua brilhava como nunca, estava cada vez mais me aproximando da floresta. Quando finalmente passei pela grama alta, senti um frio na barriga comum e logo em seguida pude ouvir um uivado, paralisei onde estava e ouvi outra vez, pareciam lobos, com um pouco de coragem que me resta, viro e vejo 5 lobos brancos, eles rosnavam e meu corpo tremia a cada rosnado, eles começaram a se aproximar, cada vez mais e eu sentia que aquele seria meu fim."Não… socorro. MIN YOONGI!!"
VOCÊ ESTÁ LENDO
Angels and Demons •myg•
Фанфик"Amar um demônio nunca mudou tanto a minha vida e quem sou" Min Yoongi | Plágio é crime |