Capítulo 83

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R A F A E L G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Solange sumiu pro meio da pista, e eu já estava ficando intrigado, mas não dei muita moral, o baile tava gostosinho demais pra esquentar cabeça com ela.

— Aquele porra já foi? — pergunta chegando junto com a Yas.

— Larga do pé do cara tio, já falei pra tu que Juninho não é qualificado pra ser x9 não. — LP fala.

— Vou com a cara dele não.

— Tá vendo, até sua mina não curte ele.

— Ela não tem que curtir mesmo não, é minha pô. — abraça a Emma por trás dando um cheiro em seu pescoço.

— Juninho pode ser estranho, mas ele não saberia ser x9 sem se entregar. — da de ombros e o Titto nega com a cabeça.

— Não vejo a hora de chegar pra eu falar "eu avisei", só espero que não seja tarde.

— Cadê a Sol? — Yasmin me encara.

— Sei não. — dou de ombros. — Sumiu pra pista.

— Ela sempre some, nas baladas na Califórnia era a mesma coisa, só via a Solange na primeira hora, depois, ela evaporava. — comenta e eu sorrio.

Se o pai dela vier mesmo decidido pra levar ela de volta, será que a doida iria? Sinceramente, eu espero que não.

— Vou dar uma volta. — dou uma virada na minha bebida e coloco o copo sobre a mesa.

— Essa volta, vai é ver se a loira não tá pegando algum menor. — Luís me zoa e eu dou o dedo para ele.

Desço as escadas do camarote que dava direto pra pista, onde tava tudo lotado mermo, papo de nem conseguir andar direito, rolo os olhos pela quadra e de longe eu reconheceria aquele belo corpo violão e seus cabelos loiros liso, fecho a cara na hora quando vejo que ela estava aos beijos com um menor qualquer, fiquei mais puto ainda quando o mesmo apalpou a bunda dela, toma no cu.

— Sozinho gato? — uma voz feminina e desconhecida fala, olho para trás encarando a morena dos cabelos curtos, sorrio malicioso.

— Agora não mais. — ela dá uma risadinha e se aproximou de mim.

Já fui logo puxando a mesma pela cintura com brutalidade e atacando seus lábios com rapidez, desço minha mão até a sua bunda e dou uma apertada na mesma com força, tirando um gemido abafado de seus lábios o que me fez lembrar da loira e do beijo que demos na entrada da quadra, essa porra persegue tio, dou uma mordida no lábio inferior da morena e logo finalizo o beijo, antes que eu acabasse achando que era a Solange ali, mina do caralho, a morena se afasta e giro meus pés, encontrando meus olhares com os da loira percebo que sua cara está fechada e logo dou um sorrisinho de lado, subindo para o camarote novamente, me encosto na grade e puxo um beck do bolso acendendo e levando o mesmo até a boca.

— Até que enfim te encontrei gatinho. — reviro os olhos ao ouvir a voz da Natascha.

— Que tu quer em?

— Você amor. — sorri safada e cola seu corpo no meu.

— Rola mais não Natascha, vaza.

— Ah bebê, sei que tu sente falta do sexo comigo. — começa a beijar meu pescoço.

Não tendo nenhum efeito sobre mim, olho de relance para a entrada do camarote e lá estava ela, com sangue nos olhos enquanto caminhava até mim.

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