Te amerei para sempre

Capítulo 23

Ao chegarmos no meio do salão, Lorenzo me virou para que eu ficasse de frente para ele, e logo voltou a por suas mãos em minha cintura.
Não consigo raciocinar direito tendo ele assim tão perto.
Eu não sei o que pensar e pior ainda, não sei nem o que falar.
A única coisa que meu cérebro grita é.

BEIJA ELE.

ME BEIJA.

BEIJA ELE.

POR FAVOR, ME BEIJA.

Estou me esforçando para minha cabeça parar de pensar nisso, mais fica difícil com ele assim tão perto, me olhando desse jeito. Os olhos dele passeiam pelo meu rosto, as vezes param em meus olhos, outras vezes em minha boca, e quando ele faz isso, é que meu cérebro implora para que eu o beije, ou para que ele me beije, mais ele não o faz, e nem eu tenho coragem o suficiente para fazer.
Ele sobe com uma de suas mãos para minhas costas, e me puxa para que nossos corpos fiquem colados.
Eu descanso minha cabeça em peito, e puxo o máximo que posso do seu cheiro, o sinto fazer o mesmo quando ele apoia seu rosto em meus cabelos, ele faz carinho em minas costas, e continua a cheirar o meu cabelo, e eu me perco em meio aos seus músculos e no seu cheiro maravilhoso.
Não sei o que está acontecendo aqui, não sei o por que de ele está aqui, com o corpo tão colado no meu, só sei que eu gosto disso... é como se meu corpo se sentisse em casa, em meio aos seus braços.
Eu me sinto leve.
Nós não estamos falando nada, apenas mexendo nossos corpos no ritmo da música, mais nada precisa ser dito, não agora, não quando tudo o que não dizemos está bem explícito, ao menos para mim.
Ficamos assim por alguns minutos, até a última nota da música, e quando ela acaba, escuto sua respiração ficar pesada, e quando vou me afastar, ele envolve mais os seus braços em mim, como se não quisesse que eu me afastasse.

- Não se afaste agora Liz.-- Ele fala depois de uns segundos e respira fundo.-- Quero te convidar para jantar comigo, amanhã a noite.-- Diz e se afasta um pouco para olhar em meus olhos.-- Eu queria ter feito isso naquela manhã em que você acordou em meus braços no hospital, mais eu não queria que você saísse comigo daquele jeito.-- Ele fala olhando no fundo dos meus olhos, e eu fico parada, o olhando sem saber o que dizer. Ele realmente me chamou para jantar? Queria ter feito isso naquela manhã? Eu posso ceder mesmo sabendo como ele age com as mulheres? Mesmo sabendo de sua fama?

- Ah... eu... eu...-- Suspiro alto e fecho os olhos por uns segundos. Não sei o que dizer, não sei se posso fazer isso, eu mal o conheço e ja passei um mês inteiro da minha vida tentando esquecer de tudo o que senti por ele, e agora aqui está ele, com os braços em volta do meu corpo, com os olhos fixos em mim, esperando a minha resposta, e aqui estou eu, nos braços do homem que não me deixa esquece-lo nem em sonhos, implorando para o meu cérebro mandar uma resposta logo, antes que ele pense que sou louca.
Abro os olhos e encaro aquela imensidão azul, que estão me olhando fixamente, como se estivesse tentando saber o que estou pensando.
Lhe sou um sorriso tímido, quando ja tenho plena certeza da minha resposta, por mais que eu saiba da sua fama, eu não consigo dizer não enquanto ele olha assim.-- Claro Lorenzo, eu adoraria jantar com você.-- Sorri novamente e o vi suspirar, como se estivesse aliviado com minha resposta, ele sorri para mim e o seu sorriso é a coisa mais linda desse mundo.

- Fico feliz que tenha aceitado.-- Ele tira uma de suas mãos das minhas costas, e passa os dedos de leve em meu rosto, o seu toque fez todos os pelos do meu corpo de arrepiar.
Fecho os olhos para aproveitar o máximo possível do seu carinho.-- Tão linda...-- Diz quase como um sussurro, que me fez suspirar. Tudo isso está sendo tão surreal que estou começando a achar que estou dormindo, e que a Gih vai entrar no meu quarto a qualquer momento me acordando.
Abro os olhos e vejo Lorenzo ainda com os olhos fixos em mim, os seus dedos ainda passeiam por meu rosto, e seu braço ainda em volta da minha cintura.
Não sei como agir, não sei o que dizer, só sei que não quero sair dos seus braços.
Volto a deitar a cabeça em seu peito, e ele apoia sua cabeça a minha, e seus braços voltam a ficar em volta de mim. Seu abraço e protetor, como se não quisesse que ninguém chegasse perto de mim.
Fico perdida em meus pensamentos até ouvir uma voz bem conhecida atrás de mim.