Capítulo 05

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— Por que estamos seguindo essa garota, de novo, senhor ? — Meu motorista, questionou, quando  mandei ele parar o veiculo em frente a lojinha de animais onde S/N adentrou.

— Não pago você para questionar minhas ordens. — Respondi rude, sem tirar os olhos do estabelecimento ao lado do meu carro. — O que você veio fazer aqui, danadinha... — Fiquei pensativo, encarando fixamente o lugar na espera dela sair de novo.

Não demorou muito, a garota saiu da loja, mas, com um gato em mãos, acompanhada daquele cara que tirava fotos no dia da panificadora. 

Me segurei para não sair do veículo, de fato, aquela cena deles sorridentes estava incomodando a mim, uma sensação a qual não sabia como explicar a mim mesmo. Uma parte aliviado pois ela não estava sozinha andando pela noite, outra parte invejando aquele rapaz pois com facilidade arrancava-lhe sozinhos, diferente de mim. 

— Você está saindo com ela, senhor ? — De novo, o intrometido do meu motorista. E, eu precisei negar com a cabeça, evitando ser grosseiro com o idoso outra vez. — O senhor parece gostar dessa moça. — Lhe olhei pelo retrovisor, e o mesmo me olhava. 

— Eu não gosto de ninguém, apenas da empresa e dos negócios. Acontece que ela é a irmã mais nova de uma empregada minha, e acho muito estranho uma moça andar a essa hora na rua. — Desta vez,  respondi calmo, logo voltei minha atenção pra janela. — Cadê a garota ? — Me desespero, quando não a vi mais em frente a loja.

Saio do carro e rolo meus olhos pela rua, na tentativa de achar a menina. Avisto a mesma indo embora sozinha, pelo visto aquele rapaz deixou-a para trás sem se preocupar com o perigo da noite. Tranquilamente, no final da rua, estava ela com o animal em mãos.

— Me siga atrás, mas, despercebido como sempre. — Aviso da janela ao meu motorista, o mesmo assente receioso. — Distância. — Ordeno, lembrando ele.

Em passos cautelosos, vou atrás de S/N, que vai cantarolando como uma louca nessa rua escura, reviro os olhos quando escuto a menina reclamar da sua câmera que quebrei e ainda me xingar, era como se ela soubesse da minha existência no local.

 Comprei outra mais moderna, pois aquela não era uma das melhores e S/N merece coisa boa, mas estraguei um pouco, não devia ter quebrado o aparelho.

— O que essa maluca vai fazer em um beco ? — Paro um pouco, ao ver S/N adentrar o local escuro, toda sorridente. Volto a andar e entro no mesmo, também. — Que espécie de ser humano mora em um lugar imundo como este ? — Olho o lugar, com desdém.

A vejo parar em frente a uma porta que fica ao lado de uma lixeira enorme de metal, me escondi atrás da mesma e fiquei espiando, para saber o que uma menina como ela, veio fazer aqui.

— Dona Lee ? — Gritou, por alguém. A garota foi ilumina pela porta que se abriu, uma idosa saiu por ela. — Comprei seu gatinho de novo. Mas, agora tenha cuidado em não deixar ele fugir. — Passou o animal chorão, para as mãos da mais velha.

— Muito obrigada, criança. Desculpa ter feito você gastar o pouco do dinheiro que tinha comigo. — Engoli em seco, ao ouvir isso. 

S/N, sempre foi uma garota tão bondosa, caridosa preferindo dar o pouco do que tem, para ver um sorriso no rosto das pessoas. Foi isso que mais me chamou atenção nela, por isso tento ao máximo cuidar dessa mulher em segredo, por baixo das cobertas.

É diferente das demais mulheres as quais só se preocupam com a aparência, dinheiro e carregam um quilo de maquiagem no rosto. Ela não, tudo nela é natural desde o sorriso, até o brilho no olhar. Ela não se joga pra cima de mim, como todas. Essa garota é difícil, se valoriza e vive me dando patadas, acho que isso é um dos pontos que me deixa mais empolgado para lhe proteger.

Uma Louca Obsessão | Imagine Suho | EXO Onde histórias criam vida. Descubra agora