Aquele dia parecia mais monótono em todos que já passei em minha vida. havia ido até a cozinha e procurei por minha xícara, a qual eu sempre enchia de água e levava para o quarto, a achei e enchi. coloquei-a em cima do pequeno criado mudo de mogno que possuía duas gavetas e puxadores velhos, andei até o pequeno banheiro e me olhei no espelho redondo de moldura brega que lá existia, vi meu reflexo cansado e eu meus olhos já sem brilho, era difícil seguir a vida sem ele. sem ele, eu era o mesmo garoto de baixo astral, olhando para aquele espelho velho. abaixei um pouco o olhar me desviando do reflexo e me foquei a tentar tirar os resquícios de creme dental de dentro da embalagem para que eu pudesse escovar meus dentes. toda noite eu fazia este mesmo ritual, pegava minha xícara, ia para o quarto, escova os dentes e deitava na cama a qual sentia falta de dividir com ele, mesmo agora sozinho a mesma era tão apertada, pois eu a dividia com a minha tristeza, angústia, meu peso e como sempre presente aquele cansaço.Eu havia subido até a cobertura do prédio onde ficava a sala de máquinas dos elevadores e em alguns varais das donas de casa que não tinham mais local onde estender suas roupas, o sol já começava a se por e eu apenas queria ver o pôr do sol para me aquecer e esquecer dos problemas que haviam acontecido naquele dia. eu me lembrava dos dias em meu apartamento, que eu dançava sem nenhum nexo e sentia o vento soprando em meus ouvidos uma melodia doce, doce mas ao mesmo tempo, melancólica por lembrar daquele meu peito carregado pelo peso da angustia que me acompanhava mas agora mudou. meu espírito estava leve e eu me deixava levar por a minha aura obscura. eu me movia como se escutasse a melodia do vento em minhas orelhas ou tentasse imitar a dança das sombras que os raios de sol faziam sobre o concreto cinza do chão, senti que entre aqueles lenções em tons rosa e branco, alguém sorria radiante, olhava, observava e ficava encantado com meus movimentos fúteis e fracos, mas mesmo com aquele silêncio eu pude sentir e até ouvir a música novamente que eu dançava, com o garoto me inspirando em ouvir aquela melodia em um dia tão belo, nunca pensei que isso se torna-se realidade e acabou virando meu passa tempo, todas os dias no mesmo horário lá está eu na cobertura, sendo admirado escondido atrás dos lençóis só para me observar, eu o havia apelidado em minha mente de brilhante e curioso sol.
Parecia estranho, ser admirado por um ser tão curioso naquela cobertura afastada e a criatura me fazer com que eu me inspirasse enquanto dançasse. me pergunto quem veria meus terríveis movimentos, onde cada parte que eu dançava minha cabeça se passava coisas nada agradáveis.
Num início de tarde fiz oque já havia virado hábito, fui até a cobertura do prédio apreciar o vento em minhas orelhas e o brilhante e curioso sol que tanto me agradava e me distraia me fez esquecer aqueles mesmos problemas que passavam pela minha cabeça, e neste dia não havia lençóis para que me espiasse e então vi seus olhos que antes eram apertadinhos agora estavam arregalados e suas bochechas rosadas de vergonha.
─ Olá, você vem sempre aqui? ─ falei e passou a mão destra atrás da nuca em seus fios loiros.
─ Sim.... me perdoe por invadir seu espaço. ─ Disse olhando para os próprios pés, e ficou com vergonha de dizer coisas que não lhe agradecem naquele momento
─ Fique, apenas finja que não estamos aqui ok?
Como confirmação ele me deu um pequeno sorriso, puxei o ar para ter mais concentração e retornei a dança. já virara costume apenas ele subir até lá e sentar-me em um banco de concreto e olhar dançar com seus olhos radiantes castanhos dourados ao som do silêncio. agora eu podia o observar com mais clareza, o mesmo tinhas belos fios loiros e pele um pouco bronzeada que contrastava perfeitamente com os raios de sol, para mim ele se assemelhava com um anjo por ser puro e usar cores claros, como o branco. ele não era tão alto e tinha uma presença poderosa, como seus raios pudessem refletir a mim me dando mais visibilidade nos tornando os próprios reis do mundo afastado entre pessoas maldosas.
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𝙎𝙊𝙇&𝙇𝙐𝘼: a melodia do tempo 🌜 hyunsung.
RomanceHwang Hyunjin era apenas um dançarino contemporâneo que dançava sobre o telhado e o vento lhe soprava melodias obscuras e se tornou uma vasta lua, mas nunca pensou que iria se apaixonar por Han Jsung. um radiante como curioso que lhe deram o nome de...