O clima - Entre Thomas e eu, está ficando um pouco tenso, acho que é essa a definição.
- O que está contecendo? - Ele gagueja ao falar, vejo que tem algo a esconder, mas por que?
- Não precisa mentir para mim, pode ser você mesmo, lembra? - Me aproximo mais e ponho minha mão sobre seu rosto.
Ele desvia o olhar, sua mão direita fecha por completo e a esquerda apoia-se sobre minha cintura.
- Meu pai é um ótario, completo idiota e machista pra caralho! - Sua voz soa grossa e cada palavra sai abafada.
- Não quero passar o dia contando sobre meus problemas, sendo que os teus é que estão em pauta.
Ele fala fixando o olhar em meus olhos, seu rosto muda para melhor, sua raiva foi guardada, como se ele fosse experiente em fazer isso.
- Thom, quer dizer, Thomas - Acabei lembrando de como o Christian chama ele, é de revirar os olhos.
- Eu estou aqui, quero que saiba disso. Por uns 2 meses, mas ainda estou aqui e se você precisar de alguém para dividir toda essa barra, pode contar comigo.
Estou surpreso comigo mesmo, falei aquilo sem pensar e o nervosismo foi enterrado sem ao menos eu exitar. O que ele tanto guarda? Quero saber mais coisas, quero saber o porque ele é tão misterioso assim.
Ele aperta minha cintura, me puxa mais para ele, fazendo nosso corpo encostar um ao outro, estou com vontade de sorrir, mas nem consegui pensar em mais nada quando ele inicou um beijo. Não sei porque mas parece ser o melhor beijo do mundo, não querendo parecer e já parecendo um puxa saco, porém nunca darei o prazer de falar isso a ele.
Ele termina o beijo abrindo lentamente seus olhos, seu sorriso cativava aquele momento e só consegui abrir um sorriso fechado.
Thomas me solta, pega minha mão e me puxa, caminhamos até a porta de sua casa e fomos direto para os fundos, olho seu quintal e avisto uma piscina.
- Nossa, nunca me chamou para cá por quê?
- Você vai entender quando eu te contar sobre meu pai. - Thomas fala pondo a mão sobre sua cintura.
- Vamos lá para dentro. - Ele pega em minhas mãos e me arrastando para sua base sem ao menos me ouvir.
Ao entrar pela porta dos fundos, me deparo com a cozinha, está tudo arrumado e pelo que eu percebi, não havia ninguém na casa além de nós dois.
- Pode ficar à vontade! Mi casa, tu casa. - Thomas diz andando até a cozinha e abrindo a geladeira.
Vou caminhando até a sala, passo a mão pelo sofá vermelho escarlate e olho para estante, onde as bebidas e objetos bonitos toma toda a atenção. Mas ao me aproximar, vejo um porta retratos, onde; Thomas, uma mulher de cabelo amarelo até o ombro, um homem moreno de barba feita e uma garota de cabelos longos e pretos, ela parece ser da nossa idade.
- Bem vindo a residência dos Walker. - Thomas fala vindo da cozinha, com um sorriso no rosto, em suas mãos tem duas cervejas e um pacote grande de batatinhas.
- Sua casa é bem bonita.
- Obrigado! - Ele retruca
Thomas se senta, ponhe as batatas sobre a mesa e estende o braço me oferecendo a cerveja, pego da mão dele, me ajeito no sofá e pergunto:
- Então...Cadê seus pais?
- Eles foram ajeitar a fazenda da minha vó - Ele retruca.
Eu sempre quis ir em uma fazenda cuidar de animais, acordar cedo e sentir cheiro de coco de cavalo.
Fiquei em silêncio pensando como deve ser morar na fazenda, Thomas percebeu que eu estava pensativo demais, ele desvia o olhar para mim, se ajeita no sofá e pergunta:
- Você sempre fica pensativo assim?
- Que? - Falo rindo um pouco sem graça.
- E você é sempre tão misterioso assim?
Thomas dá um gole na sua cerveja, fica de pé e se senta na mesinha que está na minha frente.
- O que quer saber sobre mim? - Ele pergunta.
- Te fiz uma pergunta quando estávamos lá fora.
- Então tá bom. - Thomas se levanta novamente.
- Minha irmã, Lydia, esperou fazer dezoito anos para sair desta casa, pois ninguém suporta ficar aqui com o meu pai.
- Mas por quê?
- Ouve! - Ele retruca.
- Meu pai tem sérios problemas com bebidas, um alcoólatra, eu definitivamente falaria que ele tem esquizofrenia, mas minha mãe acha que eu exagero demais. Enfim, Minha mãe antes de conhecer meu pai, tinha um caso com um cara, porém, ela largou ele para ficar com o meu pai. Feito isso, depois de uns anos, a minha mãe voltou a conversar com esse cara e eles marcaram de tomar um café, só que meu pai leu as mensagens e foi atrás da minha mãe.
- Já to até vendo. - Falo me encostando no sofá.
- Quando ele foi atrás da minha mãe, viu eles se abraçando, mas minha mãe estava apenas se despedindo e o cara só queria falar que se curou do câncer. Ao chegarem em casa, meu pai deu na cara da minha mãe e foi um caos.
- Que horror!
- O pior foi quando ele descobriu que eu sou gay, ele disse que não me vê mais como um filho e que pra ele, eu já morri.
Ao ouvir aquilo, dou um gole na cerveja e suspiro.
- Que situação cara. - Foi a única coisa que consegui falar.
- É, acho que já te falei o suficiente para você não gostar do meu pai. - Ele fala e se senta novamente no sofá.
Tombo minha cabeça para trás, penso no quanto tenho sorte de ter uma família como a minha.
- Tá calor né? - Thomas fala tirando sua blusa.
- Que? Porra. - Começo a rir.
Thomas fixa o olhar para mim, ele está do meu lado, pode dar o bote quando quiser, mas fica apenas me olhando e pondo os lábios para dentro enquanto a ponta de sua língua escapa, acho que ele está tentando me seduzir.
- Seu cabelo é muito bonito.
- Ah, obrigado. - Desvio o olhar para cima e me seguro para não começar a rir.
Ficamos uns segundos nos encarando, esperando a atitude tomar conta em ambas as partes.
- Quer ver o meu quarto? - Thomas é direto e apenas olhei para ele e afirmei com a cabeça.
Ele levanta e caminha até as escadas, onde eu o seguia logo atrás.Ao chegar no quarto, os posters que estava na parede me chamou muita atenção:
- Nossa, que bom gosto você tem. - Falo enquanto ando pelo quarto.
- Esse é o meu refúgio. - Ele retruca e se joga na cama.
Vejo mais um porta retrato em cima da escrivaninha, mas não era Thomas e sua família, Era Thomas, Violet e Christian.
- Deita aqui comigo.
Olho para Thomas, caminho até a cama e me sento ao seu lado. Ele leva sua mão até o meu rosto, me faz um carinho e me puxa para ele.
- Nossa. - Falo rindo, um pouco sem graça.
- O que? Exagerei? - Thomas pergunta baixinho aproximando seu rosto do meu.
- Não, não! - Retruco. - É que...
Thomas se inclina e me beija, eu ia perguntar sobre o Christian mas não deu tempo. Quando eu reparei, já estávamos deitados, nos beijando enquanto ele em cima de mim tirava lentamente minha blusa e rapidamente ficou apenas de cueca. A tenção no beijo era grande e eu até diria que ia perder minha virgindade agora mesmo, até que...
- Thomas? Filho? Ajuda seu pai e seus avós aqui em baixo. - A mãe dele grita, parece que ela está na cozinha.
Thomas arregala os olhos, sua respiração sai ofegante e ele sussura desesperado:
- Eu pensei que eles iam vir só mais tarde, meus avós estão aqui.
Acho que terei um infarto agora mesmo.
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E Quando Eu Partir?
Teen FictionJaiden recebe a notícia sobre passar as férias na casa de sua tia após orquestrar seus planos com Emma. No começo os dias foram difíceis, mas as coisas ficaram interessantes quando ele conheceu o famoso Thomas. Agora como vai lidar ao se despedir da...