O quarto era bastante espaçoso. As paredes eram pintadas de rosa claro, com móveis luxuosos espalhados em cantos do quarto, que mais se assemelhava a uma suíte de luxo, algo que quando relacionado a realeza, era o mínimo a se ter. Havia uma grande janela que dava para o lado de fora, mostrando uma grande paisagem colorida de doces, seja de estrutura ou de cidadãos do reino. No entanto, a imensa janela estava tendo a visão e a luz do sol de uma bela manhã, bloqueada por uma imensa persiana, fazendo o ambiente do quarto está escurecido, com apenas uma parca iluminação da luz do sol entrando por pequenas frestas da persiana.
O quarto, em um mundo com dezenas de princesas, poderia pertencer a qualquer uma delas, mas havia algumas coisas que davam dicas de quem pertencia. Diversos apetrechos de alta tecnologia estavam em uma grande mesa em um canto do quarto, inventos que todos os dias eram aperfeiçoados, desmontados ou esquecidos. Pelo chão, havia um número incontável de papéis espalhados, que iam até maquetes desenhadas de imensas estruturas, até a cálculos incontáveis e que pouquíssimas pessoas poderiam entender de fato.
Era um quarto pertencente a um gênio, e a partir disso, poderíamos já selecionar algumas candidatas. Quando associamos a uma genialidade relacionado a inventos, aí essa lista pode ser reduzida a um único nome.
Em uma imensa cama kingsize, que ficava abaixo da imensa janela do quarto, havia um corpo se mexendo levemente, estando protegido do frio por pesadas cobertas. Com mais alguns segundos, dois braços retiraram as cobertas de cima de si, e elevando o seu tronco lentamente e com sonolência clara, havia a face com olhos entreabertos da Princesa Jujuba, líder do Reino dos Doces.
Ela esfregou os olhos, tentando apagar a sonolência e dando uma forte espreguiçada, bocejou, sentindo o seu corpo protestar, pois queria voltar a cama confortável. Mesmo assim, princesa Jujuba era uma mulher de muitos deveres, que acima de tudo, eram reais, e assim, precisava se levantar. Não seria a preguiça e o sono que a fariam negligenciar isso.
Contudo, não seria só esse obstáculo que ela teria que lidar:
Quando ela ia tirar as cobertas de cima das suas pernas, um braço, quase como uma serpente, enlaçou com delicadeza o seu peito e a puxou de volta a cama, rapidamente a fazendo ficar aninhada a outro corpo, que apesar de ser frio, não causava uma sensação ruim para Jujuba.
Ouvindo a respiração suave da sua companheira, Jujuba falou calmamente, não querendo elevar seu tom de voz para irritar a pessoa:
"Eu tenho coisas para fazer hoje, Marceline."
Grunhidos foram ouvidos, que Jujuba não consegui entender, mas não a impediu de rir com suavidade, não querendo admitir que gostava daqueles momentos. Todos os dias, Marceline dormia ao seu lado, depois ou não de atividades mais extenuantes, e fazia o mesmo teatro, querendo impedir que ela acordasse cedo e saísse para realizar seus deveres.
Decidindo que poderia atrasar alguns minutos, Jujuba, que estava de costas para Marceline, que a abraçava, se virou para encarar a vampira, ficando face a face com ela, e podendo não só ouvir, mas ver a sua respiração suave, ainda com muito sono para querer abrir os olhos.
Jujuba era uma mulher de extrema inteligência. Sua cabeça sempre funcionava como um trem em alta velocidade, pensando centenas de ideias ao mesmo tempo. Era um ritmo que ela sempre teve e se acostumou a isso. No entanto, toda as vezes que encarava a face de Marceline, bem de perto, vendo cada detalhe de seu rosto, sua mente simplesmente parava.
Não como um trem freando de uma vez, praticamente descarrilhando, mas como se nem vapor tivesse para que ele se movesse. A comparação poderia parecer estranha, mas pensamentos do tipo sempre rodeavam a mente de Jujuba quando estava perto de Marceline. Antes, ela classificava como estranhos, mas depois que começaram uma relação de fato, ainda que em segredo, ela percebeu que aqueles eram os pensamento de alguém que estava perdidamente apaixonada por outra pessoa.
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Vontade de não sair da cama
FanfictionÉ muito comum ter aquela vontade de não sair da cama, assim que se acorda. Seja por preguiça, ou pelo conforto, ou por quem lhe acompanha. As vezes, superamos essa vontade e outras vezes, não vemos problema em seguir. Vamos descobrir o que vai acont...