Noite de Terror

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     Tudo começou no início das minhas férias de final de ano. Todo ano eu passava Natal e Ano Novo na casa da minha avó, junto dos meus parentes. Era tradição da minha família. Mas naquele ano seria diferente, eu iria completar 17 anos. Implorei muito para minha mãe deixar eu passar as festas de fim de ano com meus amigos, até que enfim, ela deixou.

     Eu e meus amigos somos inseparáveis: Lucas é o mais velho do nosso grupo, mas em compensação age como uma criança de 10 anos; Ketellyn é a mais popular da nossa escola, e do nosso grupo ela é a mais festeira; Alice é a mais responsável entre nós 6; Pedro é o nerdzinho, mas de vez em quando ele é valentão; Tomás é o palhaço, adora dar um susto na gente; enquanto eu sou de tudo um pouco. Nós seis haviamos combinado de alugar uma casa em frente a praia, mas acabou que o tio da Alice ofereceu a dele para nós. O pessoal veio me buscar, e de lá partimos direto para a estrada.

     O lugar era muito bonito: a água da praia era cristalina e no céu não havia nenhuma nuvem. Ao entrarmos na casa percebemos o quão grande ela era. Haviam 6 quartos, uma piscina enorme, uma sauna e até mesmo uma churrasqueira. Enquanto desfazíamos as malas, a campainha tocou. Pedro imediatamente foi atender a porta, e quem estava lá, era Mary, uma das vizinhas do tio de Alice. Ela veio nos dar boas vindas, e trouxe um bolo para nós. Depois que Mary foi embora, nos preparamos para passar o dia inteiro na praia. Eu e meus amigos nos divertimos muito naquela semana.

     Logo já era dia 24 de dezembro, e adivinhem só: ninguém ali sabia cozinhar. Pensamos em pedir uma pizza, mas a vizinha nos chamou para passar a véspera de Natal com ela e seu filho, que por acaso era um gatinho. Assim, aceitamos o convite, nos arrumamos e fomos pra casa da Mary. Até então estava tudo bem, todos nós comemos, bebemos e brincamos.

     Até que então, Lucas decidiu brincar de caça ao tesouro (brincadeira de criança, eu sei). Estávamos todos nos divertindo, até que chegou a minha vez de esconder o tesouro. Como sou muito competitiva, decidi escondê-lo no sótão da casa, mas assim que abri a porta do sótão, Vitor a fechou e disse:

     Vitor: O sótão tá todo bagunçado e minha mãe não deixa ninguém entrar.

     Achamos estranha a reação de Vitor, mas decidimos ir para casa, até porque já estava tarde. Chegando em casa, decidi comentar sobre uma coisa estranha que tinha visto no sótão.

     Sophie: Gente, eu vi uma coisa estranha no sótão do Vitor.

     Alice: Como assim, Sophie?

     Sophie: Ah, eu vi pouca coisa, mas o que eu vi pareciam velas.

     Tomás: Eu ouvi o Vitor dizendo que a mãe dele não deixa ninguém entrar, mas eu não entendi o porquê dele ter dito isso.

     Sophie: Sim! Ele disse isso para mim quando eu abri a porta para esconder o tesouro.

     Ketellyn: Talvez a mãe dele tenha algum segredo obscuro guardado no sótão - disse ela, e depois riu - Brincadeira gente.

     Pedro: Vamos esquecer esse assunto e bora jogar verdade ou desafio?

     Todos: Bora!

     Estávamos todos jogando, até que Pedro pergunta a Ketellyn:

     Pedro: Verdade ou desafio?

     Ketellyn: Desafio!

     Pedro: Eu te desafio a entrar no sótão da Mary!

     Ketellyn: Okay! Mas eu não vou sozinha não, vocês vão comigo!

     Atendendo a exigência de Ketellyn, fomos para a casa de Mary. Escondidos, é claro. Encontramos a porta de trás aberta, então entramos e fomos direto para a escada do sótão. Chegando lá, nos deparamos com uma espécie de desenho no chão: um círculo e uma estrela dentro dele, cheio de velas ao redor. Ficamos todos espantados ao ver aquilo, mas a curiosidade falou mais alto, então decidimos olhar o que mais tinha naquele lugar. Alguns minutos depois, Pedro encontra um livro que falava sobre rituais. Foi quando começamos a acreditar no que Ketellyn havia dito sobre Mary e seu segredo obscuro escondido no sótão. Ficamos assustados, mas continuamos procurando mais coisas sobre o livro.

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