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Maria Clara acabou de terminar o ensino médio, ainda com 17 anos ela tem seu primeiro beijo com um homem misterioso na festa de Natal do trabalho do seu pai. Alguns anos depois agora com 23 anos ela reencontra esse hom...
Após o meu surto inicial, até que consegui me acostumar com esse lance de estar gerando uma vida dentro de mim, sempre achei estranho o fato de um ser humano ou qualquer criatura gerar outra vida dentro de si, agora que eu quem estava fazendo isso só tornava ainda mais bizarro. Mas vida que segue né.
As semanas se passaram e Henry não saia do meu pé. Me levou para o meu ginecologista e fez questão de pagar outras consultas só pra ter certeza de que estava tudo bem e realmente estava, somente 10 semanas grávida o que dava exatamente quase três meses, minha barriga não aparecia muito ainda mas o médico disse que era questão de tempo e logo o bebê ia tá fazendo gracinha na ultrassom.
Sinceramente o pai dele já estava. Não imaginava Henry Cavill como um homem tão carinhoso, nosso namoro foi tão breve e eu reagi tão péssimo que não esperava que ele fosse assim tão apegado a ser pai e tentando voltar comigo.
- Você devia se mudar lá para casa, assim posso cuidar de vocês dois. - Disse ele enquanto me deixava na porta da escola em que trabalho, amanhã eu ia ter uma entrevista com o museu de artes em uma tentativa de enfim seguir carreira na história da artes, mas agora com o bebê talvez fosse melhor continuar na escola.
Me viro ao Cavill enquanto tiro o cinto de segurança. - Não vamos voltar só porque estou grávida, não sou esse tipo de mulher que acha que só porque vai ser mãe, precisa casar com o pai da criança, você vai ser presente na vida do bebê mas não precisa ser na minha.
Peguei pesado? Eu sei, eu sei. Mas e se ele só estar me querendo novamente só pela gravidez e depois perceber que não gosta de mim e aí eu já vou estar vivendo com ele e aonde eu vou parar? Na sarjeta de coração partido? Olho a carinha do chefe do meu pai que apenas sorria dando de ombros.
- Mas é pelo bebê, você tá no início ainda mas logo não vai dar pra viver no apartamento sozinha e quero te ajudar, você não fez o bebê sozinha e não deve passar por isso sozinha. - Arg! Como ele pode ser tão perfeito?
Eu faço um beicinho. - Vou pedir meu irmão pra ajudar a separar as coisas, vou ter que desistir do apartamento não vou ficar pagando aluguel atoa mas assim que o bebê estiver maior eu vou procurar um lugar.
É o que tento me convencer.
No trabalho as coisas estavam tensas, em sala de aula eu conseguia lidar com os pirralhos, mas a tensão era na sala de professores, enquanto a diretora fazia uma reunião eu podia notar Jéssica chorando em silêncio e a Ana ignorando ela friamente, eu queria falar com elas, mas prefiro manter o bebê só pra mim, Jéssica até que perguntou mas eu disse que foi alarme falso.
- Ótimo, então vocês estão preparadas para a festa de São João?
- Já estava achando que não ia ter esse ano. - Comentou o José da educação física, bombeado, cabelo raspado, cosplay do Channing tatum.
Eu ria o ouvindo.
- Nem se o mundo estivesse em uma pandemia, São João é sagrado. - Respondi e ele sorriu piscando pra mim mas eu desviei o olhar, não preciso de mais problemas.
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