Capítulo 113

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S O L A N G E A G U I R R E

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Já havia anoitecido, meu pai mesmo contra a sua vontade aceitou o fato de que nada me levaria de volta para a Califórnia. Candace que é literalmente toda patricinha amou passar o dia aqui na Cidade de Deus e eu bem que notei a troca de olhares que ela e o Pinguim estavam dando durante o resto do pagode.

— Olha a baba escorrendo aí tapado. — Russo da um tapa na cabeça do Pinguim que estava com os olhos vidrados na minha irmã.

— Vai lá falar com ela, apoio vocês dois. — falo. — Não abusa, que ela é de menor ainda.

— Esse é o meu medo, já sou bandido, imagina ir preso por que peguei uma de menor? — nega com a cabeça e eu gargalho.

— Vai logo, ela está te olhando desde quando chegou aqui. — empurro Pinguim que vai caminhando todo desajeitado e tímido até a minha irmã.

— Loira. — Rafael apoia seu rosto sobre o meu ombro.

— Hm?

— Eu te amo. — sussurra em meu ouvido, fazendo todos os pelos do meu corpo de arrepiarem e um sorriso bobo surgir em meus lábios.

— Eu te amo, gatinho. — me viro para ele e dou um selinho rápido em seus lábios. — Vamos pra casa? Tenho que me preparar emocionalmente e fisicamente pra falar com a minha mãe amanhã. — faço uma careta e ele ri.

— E a tua irmã? — olho de relance para Candace que estava cheia de risinhos para cima do Pinguim.

— Pinguim cuida dela. — dou de ombros e levanto do seu colo, estendendo minha mão para o mesmo.

— Avisa ela então, quero rolo depois não. — reviro os olhos entrelaçando nossas mãos.

Caminho com o Russo até Candace e Pinguim.

— Vou pra casa da tia Alice amanhã cedo, esteja aqui antes das nove ou eu te deixo para trás. — encaro minha irmã que sorri. — Cuida dela em, confio em ti Pinguim. — o mesmo assente tímido e eu rio m, Russo e eu nos despedimos do resto do pessoal e saímos da casa de seu pai, indo até a sua moto.

— Por favor..

— Não vou empinar não tio, fica suave. — da risada e eu sorrio, subindo na garupa da sua moto.

Escolher ficar no Brasil com certeza foi a minha melhor decisão, mas não posso deixar pra escanteio o fato de que meu pai também tem uma certa rivalidade com o Tucano, por três motivos eu sou o alvo perfeito para ele.

Matei o seu braço direito, por mais que seja em legítima defesa, ele não deve ter aceitado isso numa boa.

Sou uma pessoa importante para o Russo, seu maior rival, o que traria vantagens para ele me usar para algum tipo de chantagem.

Sou a filha do homem quem o trocou por uma facção rival, chave perfeita para uma vingança.

E o pior disso tudo, é que não sabemos como ele é, ele não tem ficha na polícia, ninguém sabe a sua identidade verdadeira, ele é um completo cara misterioso e pode estar bem debaixo do nosso nariz e isso me assusta.

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