Capítulo 24

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Já era tarde quando o grupo finalmente conseguiu se reunir e voltar pra casa de praia da família King. Mas graças aos ânimos da noite, nenhum deles queria realmente dormir.

—Bora jogar verdade ou desafio — Ban pulou do sofá, assustando os outros seis.

—De novo não... — Harley choramingou. 

—Oba! — Diane bateu palmas — Isso vai ser divertido. 

—Já posso ver cabeças rolarem! — Meliodas exclamou ansioso pra ver a treta se processar. 

—Esse jogo parece meio estúpido — Roger deu de ombros — mas não é tão ruim. Meu pai costuma dizer que jogos de não-nobres são perda de tempo.

—E ele está redondamente correto — King exibiu um sorrisinho.

—O que vocês costumam jogar? — o loiro perguntou curioso.

—Uh! Essa eu sei! — Ban se intrometeu — Banco imobiliário — disse e começou a rir loucamente da própria piada. Bom, alguém tinha que achar aquilo engraçado.

—São jogos um pouco complexos — deu de ombros — não vale a pena tentar explicar, você não entenderia. 

—Basicamente os jogos tem relação com especialidades familiares. São estimulados como atividades recreativas para as crianças objetivando que elas aperfeiçoem suas habilidades — Elaine respondeu distraída, encarando os próprios pés — São bem divertidos, mas são dificeis de jogar. Um King dificilmente se daria bem num jogo da família Pendragon, por exemplo.

—A família Alexis deve brincar de arremessar cabeças — Harley soltou uma risada — vocês já pararam pra pensar nisso? Esse é o tipo de habilidade que aqueles caras cultivam.

—Sua mãe era Alexis, Harley — Elaine o lembrou e a sentença "acho bom demonstrar um pouco mais de respeito" ficou meio que pairando no ar, deixando o clima meio estranho.

—Você joga isso também, Elizabeth? — Meliodas tentou desviar o assunto.

—Hã? Ah! Sim, claro — sorriu um pouco distraída — mas como você pôde perceber, minha irmã é adepta de caixinhas de uno retiradas do além. 

—Veronica é bem adepta ao mundo não-nobre — o loiro comentou. Ele gostava da irmã mais velha de Elizabeth. Apesar de parecer meio louca ela era super gente fina.

—Minha irmã é adepta de tudo que seja proibido — riu — aprender luta, por exemplo.

—Pensei que D'leviih fosse um clã de luta — Roger franziu as sobrancelhas. 

—Mas é um clã de luta — King afirmou.

—Mas então como é proibido? — Diane entrou no assunto, fazendo uma careta.

—O meu pai não gosta dessas coisas — sorriu forçada, odiando cada segundo de ser o centro das atenções — ele se tornou super protetor depois da morte de sua esposa e tem medo que a gente se machuque.

—Não era sua mãe? — Diane perguntou, a curiosidade estampada em cada um dos poros de sua pele.

—Não — sorriu — eu sou adotada. Nunca conheci os meus pais.

—Deu uma sorte tremenda — Roger comentou — É raríssimo um nobre optar pela adoção. Principalmente se for viúvo e já tiver filhos.

—Sim… — desviou o olhar com uma expressão de gratidão — foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido, a minha família é a melhor do mundo. Só sinto um pouco pelo meu pai — suspirou — deve ser muito solitário pra ele, mas ele está seguro de que não se casará de novo. Mas sabe como é... às vezes a gente só quer um crushzinho pra chamar de seu — ela brincou.

Minhas CicatrizesOnde histórias criam vida. Descubra agora