Sakura Haruno... Não, o meu nome é...

Os mistérios que se escondem em um distrito abandonado

Pequeno aviso: Esse capítulo propriamente dizendo é dividido em três partes: Lembrança //atualmente //passado.

[CAPÍTULO TRINTA E NOVE]

[Os mistérios que se escondem em um distrito abandonado]

[Flash-back on;]

A lua brilhava forte naquela noite de primavera. Os sons que a floresta fazia naturalmente eram ouvidos de longe, mas hoje havia um que se sobressaía. 

Sobre um riacho na floresta escura o corpo pequeno se destacava refletindo o reflexo na água, se qualquer um passasse ali naquele momento levaria um grande susto com a visão que teria.

Não que para ninjas não fosse comum andar sobre a água. Mas para eles, andar sobre uma pedra que flutuava no ar, sobre a água; Era algo digno de pavor.

— Você não vai conseguir. — A voz grave chegou aos ouvidos da criança que se esforçava ao máximo para não perder o controle das pedras.

— Vou sim! — A menina exclamou ofegante. Seu tio ja tinha avisado que aquela era uma de suas habilidades mais complicadas de se ter controle. Fazer objetos flutuarem com o poder da mente. Era difícil demais. 

E cansativo.

— Você vai cair.. — Ravi murmurou de novo enquanto observava a cima de uma das árvores. Ele tinha corpo deitado sobre um tronco enquanto as pernas descansavam em um galho. — É patético. 

É né? Por que não vem você fazer isso então? 

A pequena Raven pensou raivosa. Poxa.. nem dar um apoio moral ele dava! 

Se ela tinha alguma dúvida sobre ele gostar ou não dela, a dúvida acabou de ser exterminada. Ele com certeza, deveria odia-la.

Na situação em que estava, não podia se mexer muito. Normalmente aquela habilidade deveria ser testada de longe. O Mochizuki em questão não deveria de maneira alguma atrair objetos para perto ou longe e outras pessoas. E muito menos de si mesmo. Era o que estava escrito nas anotações de Hitory Mochizuki. O homem que poderia controlar essa habilidade poderosa. Infelizmente ele já não estava mais vivo. Então teriam que estudar mesmo. Foi o que ela pensou a princípio.

Mas Ravi a ignorou completamente. completamente. E pouco depois ela estava em cima de uma rocha pesada, que segundo seu Mestre, ela deveria fazer flutuar de um lado do rio ao outro.

Ouviu gotas de água espirrarem. Não estava aguentando. Ela sabia.

— Você está caindo.. — Ele murmurou vendo um pequeno deslizamento de parte da Rocha para dentro d'água. — Está desmoronando. 

— Não estou! — Gritou para ele fechando os olhos com força.

— Está sim.. Você está desmoronando.

Tsc! O que ele tinha? Ela não sabia. Mas seu tio deveria ser o homem mais amargo do mundo! Mais insatisfeito e egoísta que conhecia! Ele era irritante quando queria!

Será que ele não tinha uma vida não? Por que descontar tudo nela? O que ela tinha feito demais?! 

Só queria ser treinada para um dia ocupar o posto de seu pai e dar uma vida feliz ao seus parentes e familiares. 

— Eu não estou desmoronando! 

Por um segundo de distração ela olhou raivosa para seu tio que a fitava com o semblante severo de sempre. Naquele momento seu pé deslizou e não conseguiu retomar o poder sobre sua habilidade. Em um solvanco a pedra deslizou a bateu contra a água seguindo o seu corpo pequeno. Afundou por meros segundos com a cara emburrada.