Capítulo 141

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R A F A E L G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Tem uma enorme diferença em ficar brigado com a loira e mesmo assim eu poder dormir ao lado dela todos os dias, do que eu ter brigado com ela e no mesmo dia ela ter sido sequestrada e porra, já tem uma semana que não a vejo, que não sinto o seu cheiro e que não beijo aqueles lábios que são o meu maior vício.

Toda essa merda tá me deixando puto pra um caralho, Tucano está a nossa frente, pelo simples fato dele ser um enigma, não sabemos quem ele é e nem temos ideia de onde ele possa estar com a Solange. Sem contar que o pai dela tá aí tem uma semana, ainda não trocamos uma ideia cara a cara, mas to ligado que ele tá falando de merda de mim por todos os cantos do meu morro.

— Bora Yasmin, to com fome tio. — apresso a minha irmã que estava fazendo o almoço.

— Por que não vai almoçar na casa do nosso pai em? Tu só atrasa a minha vida, estou grávida esqueceu?

— Falou certo, tá grávida e não aleijada. Vai filha adianta esse rango aí.

— Tu é um pé no saco Rafael. — revira os olhos e desliga o fogo. — Se vira agora.

— A coé Yas, coloca pra mim aí vai.

— Solange te minou demais né? — sorrio fraco. — Desculpa..

— Ih tá doidona? Suave pô, ela não tá morta pra terem medo de falar dela perto de mim.

— Mas é que..

— E o Titto? — pergunto e ele entende que aquele assunto estava encerrado.

— Está na boca. — da de ombros e eu suspiro. — Ainda não teve coragem de ir falar com ele?

— Tá ligada né, vacilei com ele mano. Sei nem se ele vai querer papo comigo depois de tudo o que eu fiz.

— Felippe não é igual você Rafael, ele não guarda rancor e com certeza vai te tratar como antes. Ele sabe que você foi burro. — coloca o prato de comida na minha frente e eu começo a comer.

— Depois eu troco uma ideia com ele. E o meu sobrinho como tá?

— É menina! Já falei. — reviro os olhos.

— Tu nem sabe o sexo de cria.

— Mãe sente, eu to falando que é menina então é. — gargalho. — Vai agiliza aí, tenho que sair com Emma.

(...)

Bufo frustado tentando pela milésima vez bolar algum tipo de plano, mas como posso bolar um sendo que não sei nada sabre aquele puto? Isso tá me deixando doidinho já.

— Vai pra casa Russo, não tem muito o que nós fazer não.

— Tenho que bolar algo LP.

— Vai bolar o que tio? Não vamos sair do lugar até a gente descobrir quem é o Tucano. Então bora logo mano, vai levanta dessa porra ai e vai pra casa.

— Ainda te meto um soco por falar assim comigo. — ele da risada.

Saio da boca deixando que o Luís se encarregue de arrumar a bagunça por lá, monto na minha moto e pico com ela até a casa do meu pai.

— Tudo isso é culpa daquele merda do seu filho. — ouço o pai da loira falar assim que adentro a casa.

— Coé, por que tu não pega pra falar na minha cara em? — cruzo os braços, chamando a atenção do meu pai e do Miguel.

— Russo..

— Russo nada pai, esse caralho desse velho quer jogar toda a culpa pra cima de mim, vive falando merda mas nunca fala na minha cara. Mas se tá ligado que se tu não tivesse mandado tua filha pra território inimigo nada disso teria acontecido né? — debocho e ele me encara cheio de ódio, com os punhos cerrados.

Ele sabe que eu to certo e isso deixa ele mais puto.

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