e se for não ela?

Prólogo

Tudo estava pronto.
As fores estavam por toda sala. A facha com o pedido estava sobre a minha cabeça. As alianças no meu bolso. Só faltava ela.

Peguei meu celular para mandar uma mensagem para ela. Abri no aplicativo e vi uma mensagem dela.

"Subindo", disse, na mensagem.

Ajeitei as lapetas do smoking que aluguei especialmente para essa ocasião, revisando mentalmente o discurso que fiz para esse momento.

O ranger da porta me desperta e espero até que a porta feche para olhar para ela, onde percebo que me olha de um jeito estranho, mas não diz nada.

Coloquei um sorriso no rosto, ainda nervoso.

— Aida, eu sei que nos conhecemos a pouco tempo, e sei que nos comprometemos numa relação casual, mas é impossível conviver como uma alama com a sua e não se perder completamente em você. Quando te vi naquele dia naquele bar, senti que você mudaria minha vida para sempre... e eu estava certo. – declarei, olhando em seus olhos e notando confusão em seus olhos.

— Olha, o que eu estou tentando dizer é que... eu estou perdidamente apaixonado por você. Não tinha outro jeito – a interrompi, quando fez menção de falar Eu te amo, e quero que aceite namorar comigo. Ter uma relação comigo. Dormir comigo sem fugir apressadamente da cama antes que eu acorde. Que eu prepare um café da manhã completo para nós antes do nosso trabalho. Passar o fim de semana juntos assistindo filmes ou fazendo algo bobo. Eu quero você, Aida, completamente. – a olhei – Agora eu quero saber se você quer isso também.

— Aida ficou em completo silêncio por um tempo só olhando para mim. Isso não podia ser um bom sinal.
Me desculpa, mas nós..., não daríamos certo. – fez uma pausa, voltando a olhar para mim – eu falei que era só casual, mas você se apegou. – falou, fazendo menção de sair pela porta do meu apartamento.

Que merda era essa? Essa porra não estava acontecendo.

Imediatamente a segurei pelo braço antes que saísse.

— Então você está terminando comgo? – não podia ser isso.

—Eu desde o início falei que não era uma coisa séria, e você se deixou por levar por isso. Merda, você acabou de me pedir em namoro! – exasperou.

Sem mais nem menos, saiu a passos apresados do meu apartamento... e nunca mais voltou.

1 semana depois
Eu não queria acreditar. Eu não queria aceitar. Não ainda.

Aida era maravihosa. Mesmo ainda no início do relacionamento, eu tinha esperanças que dariamos certo e poderíamos evoluir para algo mais sério, mas, de acordo com ela, nem chegamos a ter um relacionamento. Ela não se relacionaria com pesssoas inferiores a seus padrões. Sim, ela era um pouco mimada e imatura, mas eu queria que, com o tempo, ela me revelasse quem realmente era além de um lindo corpo e um bom papo. Eu amava nossas conversas, quase tanto quanto eu amava nosso sexo, mas, para ela, eu não era tão importante assim.

Durante a semana desde que ela me dera um fora, me atolei em trabalho para tentar esquecê-la, mas essa parecia ser uma missão impossível. Ela com toda certeza era um pessoa inesquecível.

Quando nos conhecemos, quando ela teve uma reação alérgica a nozes, eu a atendi na emergência e pedi seu número no final. Com um lindo sorriso, ela anotou seu número na minha mão e saiu rebolando pela saída da sala.

Eu tinha que esquecê-la. De algum jeito.