Ele não havia planejado aquilo.
O som da festa de fim de ano estava ficando cada vez mais distante, conforme os dois corpos se deslocavam pelo imenso corredor daquela mansão. Haru teve as costas pressionada contra uma parede, ele sentiu a moldura de madeira incomodar o músculo, enquanto a mão de Daisuke afagava seus cabelos com uma mão, e a outra entrava por dentro de sua calça, tocando de forma nada gentil seu pênis.
O sorriso discreto, mas malicioso, do bilionário fez Haru estremecer, ele o beijou de volta, a boa aberta para sentir a língua de Daisuke mais uma vez de forma voraz. Eles voltaram a andar no corredor, não era adequado que alguém os visse naquelas condições.
Haru não sabia exatamente para onde estava sendo levado, por isso confiou no direcionamento que as pernas de Daisuke os levava. Subiram um par de escadas, e dessa vez não deu para manter os lábios grudados.
O dono da mansão caminhava rapidamente, subindo os degraus com facilidade, enquanto Haru se esforçava para não tropeçar nos próprios sapatos. Daisuke o segurava pela mão com firmeza e eles chegaram em um outro corredor.
— Essa casa não tem fim? — Haru perguntou, estreitando levemente os olhos, mas a resposta veio com uma nova onda de beijos e mãos que alisavam seu corpo. Ele não era o tipo de homem que ficava aos amassos com outro homem em plena festa de ano novo. Era mais o tipo de homem que ficava em casa nas festas.
Contudo, aquela situação parecia um inevitável de acontecer. Foi um ano inteiro trabalhando com Kambe Daisuke. Um ano muito difícil para falar a verdade. Mas, após superarem alguns obstáculos, o bilionário se mostrou um pouco mais aberto, e permitiu que Haru aproximasse dele. Foi uma surpresa, mas também foi o seu declínio.
Ambos pareciam dois adolescentes naquele corredor, sem pensar nas consequências de suas ações. Entretanto, os corpos falavam, e falavam alto.
Uma porta foi aberta e Haru comemorou internamente, não saberia que cara faria se algum empregado da casa os flagrasse.
— Tire a roupa. — A voz de Daisuke em seu ouvido o excitava ainda mais. Haru suspirou, havia tomado duas ou três taças de champanhe. Estava longe de ser considerado embriagado, mesmo assim, consideraria colocar a culpa na bebida tudo o que faria dali em diante.
Ele puxou a gravata verde, abrindo os botões da camisa branca que vestia. Empurrou com os pés o par de sapatos, enquanto Daisuke sentava-se numa poltrona diante dele, cortando e acendendo um charuto.
Com um aceno de cabeça, Daisuke pediu que ele continuasse e Haru sentiu as bochechas arderem de forma envergonhada. Olhou ao redor e notou a imensa suíte ao qual estavam naquele momento. A luz amarelada vinha da lareira acessa, já estava acessa quando eles chegaram ali. É possível que os empregados organizassem antecipadamente, para manter o quarto quente e confortável para quando o patrão fosse se recolher a hora que quisesse. A cama, com dossel e uma altura considerável do chão, era um espetáculo a parte. As longas cortinas verde escuro estavam fechadas e cobriam as janelas. Os móveis eram de madeira escura e, ao que parecia, trabalhados à mão.
Haru voltou a olhar para Daisuke, que soltava a fumaça do charuto pela boca. A fumaça pairou sobre a cabeça dele, dissipando-se no ar, enquanto seus olhos azuis estavam cravados no corpo de Haru.
— Eu preferia que fizéssemos isso de outra forma. — Haru falou, sentindo-se constrangido por estar em pé, como se fosse uma atração ao qual Daisuke tivesse contratado para admirar.
Ele não sentia vergonha em fazer sexo com um homem, a questão era que ele não queria fazer isso sozinho. Afinal de contas, não passaram a noite flertando um com o outro e trocando olhares durante o jantar, para que ele apenas tirasse a roupa enquanto Daisuke fumava e descansava.
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Simple Plan
Fanfiction(+18) Kato Haru não havia planejado que aquela noite de Ano Novo sairia de seu controle. Mas Kambe Daisuke sim. *** Fugou Keiji Balance: Unlimited não me pertence assim como seus personagens são de seus respectivos criadores. Imagem da capa foi reti...