ᴅᴄ ᴄᴏᴍɪᴄs || ɪᴍᴀɢɪɴᴇs [ʀᴇᴠɪsᴀ̃ᴏ ʟᴇɴᴛᴀ]

🤖 ᴄɪʙᴏʀɢᴜᴇ | sᴇᴊᴀ ᴠᴏᴄᴇ̂

[s/ɴ] — ᴍᴀʟᴇ(♂️);

VOCÊ ENCONTROU o amor da sua vida no fundamental.  Talvez tenha sido amor a primeira vista, mas você era muito novo para saber a diferença ou  entender esse sentimento completamente.

Talvez até hoje você não tenha entendido como funciona. Ou até onde o amor te leva.

Ou talvez tenha sido o sorriso dele. O sorriso que te enfeitiçou, desde criança. Desde a primeira vez que ele te chamou de amigo. Céus, vocês eram bem mais novos, mas já tinham essa ligação tão forte.

Era a lembrava do sorriso dele que te fazia bem. E falta cada vez mais frequentemente de sorrisos no rosto de Victor que deixava mal.

Victor poderia ter tudo que quisesse. Garotas, garotos, grana, fama, popularidade, mas não podia ter a atenção de seu pai.

E era só isso que importava para ele.

Nada que ele pudesse pedir ou que o dinheiro comprasse, poderia superar o afeto (ou a falta) do pai.

Era tão decepicionante para Victor, não ter a sua única família por perto, quando ele estivesse fazendo o jogo ser ganho — ou qualquer coisa.

Você sabia disso, e o quão sozinho Victor se sentia. Você sabia como ele se sentia sobre as expectativas familiares sobre ele. Sabia o quanto isso o deixava mal. E sempre esteve lá com ele, tentando compensar isso. Sabia o quão doloroso poderia ser abandono paterno — e era isso que realmente parecia a relação deles.

Abandono.

Ironicamente, você também se sentia um pouco afastado e esquecido de Victor; então sempre o buscava para perto de você, mesmo que fosse bem difícil.

Desde de cedo você sempre buscou estar mais próximo dele. Você entrou no time de futebol para estar mais perto de Victor — o jogo poderia ser "legal", mas não era para você. Não era sua paixão.

Ser gay no time de futebol não é exatamente um sonho. Todos sabiam que você e Victor eram muito próximos, havendo muito boatos, que nenhum dos dois fazia questão de desmentir.

Tudo o que você esperava era ser apresentado ao pai dele. Mas não era a sexualidade do filho que era difícil para o pai, era realmente difícil ele dar atenção ao próprio filho.

E isso estava matando Victor. Você sabia disso, mas não havia nada que pudesse fazer, a não ser abraça-lo e ama-lo.

Não era o pai dele, mas Victor se sentia tão bem sendo amado por você. E isso as vezes lhe assustava. Será que ele só estava com você por falta de atenção?

Não era uma raciocínio sem base.