Capítulo 11

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Kirishima gostava de brincar com a própria sorte. Era uma pessoa radical, vivia a vida no limite. Ele só não dizia isso aos outros, porque teriam a impressão errada.

Se dissesse, pensariam que gostava de escalada, Bungee jumping, de mergulho com tubarões (apesar que ele tinha mesmo interesse neste último). Mas não.

Kirishima não era um aventureiro, não era radical dessa forma. Ele gostava de perigos maiores, um temor mais grandioso do que se meter no meio de uma floresta, pular no vazio amarrado em uma corda. Entretanto, o que gostava de fazer era bem parecido com mergulho com tubarões: ele gostava de se arriscar no território de uma fera selvagem e perigosa, que poderia acabar com a vida dele a qualquer momento.

Contudo, Eijirou não fazia isso na floresta, no mar, no deserto. Ele fazia isso em casa.

E a fera selvagem e mortal morava com ele e tinha nome: Katsuki Bakugou.

Nome científico: Lucifer. Popularmente conhecido como satanás, tinhoso. Ou melhor amigo de Eijirou.

Bakugou estava na cozinha, sem sequer imaginar que na mente de Eijirou uma voz que se assemelhava a dublagem do Discovery Channel narrava a cena.

"Ele se aproxima da fera com cuidado. Qualquer movimento errado pode resultar na perda de sua vida. Para aquele animal selvagem, Eijirou é uma presa fácil de se devorar..."

Kirishima aproveitou que Bakugou estava de costas para enfiar o dedo com cuidado no grande recipiente em que estava a massa de bolo que seu amigo preparava.

"Mas ele não foi rápido o suficiente e os reflexos do grande predador entram em ação!..."

Katsuki consegue ver Eijirou com o dedo na boca, provando a mistura quase pronta para o bolo de chocolate.

— Eu disse que to fazendo o bolo pra ti, não disse? Vai comer quando estiver pronto, sai da minha cozinha.

— Mas é nossa casa, Katsukiiii!

— Sim, e a parte que pertence unicamente a mim é o meu quarto e a cozinha. Agora sai. — Bakugou fala, irritado.

"Mas Eijirou é um aventureiro corajoso, ele não demonstra medo diante da fera..."

— Cê tá com raiva? — Eijirou pergunta, cutucando Katsuki de leve no quadril, sabendo que se o amigo não estava com raiva antes, agora ficaria.

Bakugou respirou fundo, mordendo o lábio de leve como fazia quando ficava sem paciência com Kirishima. Eijirou teve que se forçar a não lembrar do beijo que deram há alguns dias. Não foi nada. Não significou nada.

— Se continuar me cutucando eu vou arrancar teu dedo e usar na cobertura do bolo.

Kirishima se afastou, as mãos erguidas em rendição. Na porta da cozinha, já numa distância segura, ele perguntou:

— A cobertura é de chocolate, né?

— Pela milésima vez, sim, seu imbecil. SAI DA MINHA COZINHA.

Eijirou correu de volta pro sofá, continuando a assistir o documentário sobre cobras que assistia antes. Taipan? O veneno de Katsuki matava ela em cinco segundos.

Riu, ansioso para provar o bolo de chocolate que seu melhor amigo lhe fazia para parabenizar a boa nota na prova recente.




Notas: Espero que tenham gostado do cap, mesmo curtinho e bobo. Por enquanto, o cu doce continua por um tempo, até pq nem eu sei o rumo dessa fic kkkkkk. O final tem uma referência a outra fic minha: Coming out, onde o Bakugou é um puto de luxo e o nome dele onde trabalha é Taipan kkkkkkk. Taipan é o nome de uma das cobras mais venenosas do mundo, pra vocês terem noção do quão poderoso é o veneno do Bakugou nas palavras do Kirishima.

E aviso: acabou a mamata de caps semanais, pois ta acabando agosto. tururuuuuu.

Eu só tenho o cap 12 pronto até agora (pq tive mt fic pra escrever pelo kiribaku month. Acessem meu perfil e LEIAM TAOK??) e o ritmo de postagem volta a ser a cada 15 dias, pq minhas aulas voltaram e eu vou mesmo precisar desse tempo. E as postagens serão sempre aos domingos, ou seja, a proxima att só vem dia 13/9.

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