O Reino das Cócegas (Oficial)

7- Punições

Depois de um incrível dia no Tickling Spot local e de comprar um novo kit especial para conseguir fazer sessões de cócegas na própria cama, Felipe e companhia seguem de volta para casa, pegando um caminho um pouco mais longo que passa pela praça da região, com a intenção de mostrar o lugar para Isabele.

Após andarem cerca de 300 m de onde fizeram essa decisão, ouve-se um inesperado e desesperado ataque de risos ficando cada vez mais alto à medida que se aproximavam, claramente vindo de uma tortura de cócegas. O estranho é que ele parecia estar vindo da praça, a céu aberto, sendo que naquele horário, durante o dia, ainda não haviam poltergeists para fazer isso com alguém.

Antes de virar a última esquina, Felipe logo percebeu do que se tratava, e Samara também, considerando que vivem no Reino das Cócegas já a um bom tempo.

Felipe- Será que é...?

Isabele- Que é o que???

Antes de ter a chance de satisfazer a curiosidade da nossa Isabele, a praça começa a aparecer no seu campo de visão, inicialmente percebendo uma pequena aglomeração de pessoas em torno de algo.

Se aproximando um pouco mais o mistério acaba: É sem dúvidas uma pessoa presa em uma barra bondage, uma garota mais velha sendo torturada com cócegas em público no meio da praça, claramente contra a sua vontade, por uma fila de cidadãos desconhecidos, em sua maior parte rapazes, esperando pela sua vez de torturá-la.

Ela tinha cerca de 1,70 de altura, bem magra, olhos e cabelos castanho-escuros, usava uma lingerie amarela e tentava manter uma expressão de raiva enquanto gargalhava loucamente.

Detenta- Hahahahaha vocês hahahehehe pareem hahaha hahahah parem logo seus filhos da ****! Eu não hehehehahahaha não suporto isso, caral**!

A garota estava quase passando mal, rindo, gritando, se contorcendo e xingando sem parar, já com o corpo bem avermelhado, exigindo o fim daquela tortura como se não tivesse feito nada para merecer isso. Mas o que era aquilo, afinal?

No início, perplexa, Isabele achou que poderia ser uma atividade ilegal e cruel da parte daquelas pessoas, mas logo viu que haviam guardas no local, vestidos de terno preto: Pela perspectiva dela, que estava vendo de frente, um logo à esquerda da barra bondage, outro à direita, um vigiando de trás sentado em um banco de pedra um pouco mais distante, e dois de ternos claros sentados em um outro banco alguns metros à esquerda da barra bondage, e entre eles, uma garota misteriosa, como se estivessem a protegendo.

Ela estava com um cronômetro e um caderno na mão, aparentava ter a idade de Isabele, e possuia um broche da prefeitura de Costa Nobre.

Tudo indica que a coisa toda era oficial. Nesse caso, será que aquilo era... Permitido? Felipe não pôde deixar de explicar a situação, com todos os detalhes.

Isabele- Mas o queee?!

Samara- De novo!? Hahaha!

Felipe- Eu sabia. Isso é um escoltamento, Isabele. Acontece toda semana. Você nunca viu um acontecendo, né?

Isabele- Acho que não... O que é isso mesmo?

Felipe- Isso é o que acontece com os criminosos por aqui. Alguns países fazem isso como punição pra quem é pego cometendo algum crime, ao invés de prender a pessoa. Deixam o público fazer cosquinha nela gratuitamente, enquanto o tempo depende do que ela fez.

Isabele- Ahhh, então é isso. Faz sentido, mas... Fazer sem a permissão da pessoa não viola os Mandamentos das Cócegas?

O 1º Mandamento das Cócegas, criado a mais de 2 mil anos, diz ''Não faça cócegas no seu próximo sem sua permissão, caso ele esteja preso ou amarrado''. Violar isso é o mesmo que torturar de verdade, o que é totalmente proibido no Império. A consequência disso é ter a própria sentença aumentada pelo dobro de tempo que torturou a vítima, de forma que não compensa nem um pouco.