⊱ 𝙇𝙞𝙫𝙧𝙤 𝙄; Lótus

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✣ Capítulo XI: Lótus ✣

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✣ Capítulo XI: Lótus ✣

A onda de assassinatos que se alastrou por Incheon determinava a intensidade do trabalho árduo da polícia. O mesmo assassino que há pouco tempo preocupava o detetive In JaeHwa lhe tirando incontáveis noites de sono.

Dentro de uma semana foram encontrados cerca de três corpos cobertos pelo mesmo tipo de flor, mas assassinados em dias distintos. O frescor das pétalas de lótus que perfumavam a pele dos cadáveres indicava o que as flores não tinham florescido há muito tempo, então duas hipóteses se faziam subjacentes em sua mente.

Na primeira, o assassino possuía entendimento do cultivo de determinadas espécies de plantas; na segunda, ele seria um cliente assíduo de alguma floricultura em um raio de dez quilômetros do centro de Incheon. Ambas as hipóteses eram sustentadas pela falta de sinais de ressecamento nas plantas e pelos hematomas ainda recentes no pescoço do corpo imóvel em meio à praça comunitária.

Tinha a habilidade e o estudo necessário para formar perfis dos mais diversos assassinos, desde que ingressara na carreira de detetive há seis anos, Jae-Hwa atuara-nos mais diversos macabros casos de assassinato da Coreia do Sul.

O Assassinato de Lótus, como passaria a chamá-lo após a primeira divergência da figura em repetir três vezes o tipo de flor, se tornara algo além de um caso comum. Capturar aquele assassino era sua obsessão. Porém havia um pequeno detalhe, uma minúscula e repetitiva prova do qual os três corpos apresentavam que dificultava a investigação, a foto de uma garota segurando um buquê durante a formatura escolar que estranhamente era a mesma garota da foto encontrada há algumas semanas no bar que ficava ao norte da cidade.

"Lee Min Seo, graduação em 2017".

"Ensino Médio Costa Dourada".

- O que você quer dizer com isto? - Parecia-lhe que o assassino estava tentando lhe mandar uma mensagem cujo equipe forense não foi capaz de detectar qualquer evidência de alteração, mas por mais que buscasse qualquer histórico daquela escola não era capaz de encontrar.

A barraca de lona protegia a cena do crime da chuva que caía torrencialmente do lado de fora, os legistas que entravam e saíam protocolando o cadáver e fotografando toda a área ao redor. As poças de água refletiam as feições de um homem cansado, preocupado com o rumo do caso, como uma montanha russa que se revirava por todo o percurso, não haviam dados o suficiente para traçar um perfil completo do assassino.

Mas poderia destacar que tudo aquilo parecia ser movido a uma razão sentimental e calculada, a precisão dos cortes e metodologia utilizada para os sequestros indicavam que a figura não se tratava de um amador. Quem quer que fosse o culpado, com certeza havia estudado e abdicado de seu tempo para arquitetar o crime perfeito, ou quase, a julgar pela marca da pegada que fora deixada de maneira desleixada a alguns metros do corpo indicando que houvera um contratempo durante o descarte daquele dia.

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