>>> NOTA: oi gente, sei que tem muito tempo que não passo por aqui, mudei alguns pequeninos detalhes porque é uma fanfic antiga precisando de umas atualizados, prometo terminar ela! Obrigada!
———————————————————————————
A semana anterior a festa foi a mais estressante da minha vida.
Sou péssimo mentiroso e filhinho da mamãe com toda certeza, evitei meus pais o máximo que pude, toda vez que estavam em um raio de 1km perto de mim, eu suava frio como um porco!
Tristan me convenceu a convidar Maya pessoalmente pra festa, o que de acordo com ele mostrava confiança e atitude, por que Deus eu escutei ele???
Na hora do almoço ela estava na biblioteca e depois de ter passado meia hora atrás dos livros decidindo se ia até ela ou não, o sinal tocou e o apavoramento me fez tomar coragem.
- Oi? - Cheguei a frente da mesa onde ela estava com uns livros.
- Desculpa, você é? - Ela voltou sua atenção pra mim.
Travei. Era o que eu mais fazia nessa vida, droga Brad diz outras palavras, nada vinha em mente, olhei pra pilhas de livros dela e associei "Biologia" ela fazia avançada com o James!
- Brad, - respirei fundo e ela me olhou sem entender - faço parte da monitória, seu professor indicou você, pra... uma ajuda extra, sabe?
- Graças a Diós, - Ela desorganizou os livros e me entregou um papel. - Eu estou completamente enrolada, esse é o meu horário, deixa eu por meu telefone aqui, - ela pegou o papel de volta e escreveu algo - Me manda mensagem quando puder pra gente marcar, tudo bem pra você Brad?
Fiz que sim com a cabeça, qualquer coisa, qualquer coisa que eu falasse no nível de felicidade que eu estava sairia como uma completa estupidez, ela pegou suas coisas, e esperei ela sair pra ir correndo até a única pessoa que poderia me ajudar com isso.
- Eu não vou te ajudar com isso!
- FALA SÉRIO JAMES!!! - Falo desesperado.
- Estou falando, não vou sustentar sua mentira e sou ocupado demais pra fazer o meu dever de casa e o da garota que você gosta ok?
- Só me passar o seu, eu mudo algumas palavras, nada de mais...
- Não, - segui ele até o armário da Anne, namorada dele desde o maternal. - Tem como você dizer ao Brad que é loucura ele fingir ser monitor pra pegar uma menina?
- Pegar não Anne, é diferente, você sabe como eu sou! - tento me defender.
- Isso é tão fofo, - ela fala com segurando os livros sobre o peito. - você faria isso por mim?
- Claro amor.
- Então por que não ajuda o Brad? - Ela deu um leve tapa no braço de James, com uma cara brava que não durou um minuto.
- Claro amor, - ele se volta pra mim - eu te ajudo Brad!
- Caralho você é muito pau mandado! - Tris apareceu por trás dos dois, a cara brava de Anne voltou e cada um foi pra sua sala.
Mandei uma mensagem pra ela depois de um certo tempo, de acordo com Tristan não pode ser de imediato, porque nas palavras dele "isso é coisa de gente otaria", acho que ela também sabia disso pois só me respondeu no outro dia.
Era uma terça e marcamos aula pra quinta na casa dela, ficava num subúrbio da cidade, meu Uber e péssimo conselheiro nas horas vagas me levou como se fosse o pai levando o filho pra um passeio, odeio isso, mas ainda não alcancei a maioridade como ele, que nunca cobra da gente a gasolina!
A porta tinha um crucifixo enorme, era uma casa colorida e alegre, o que dava pra perceber até de noite, um jardim bem cuidado na frente e cadeiras de balanço na varanda, acho que mais latino impossível, ri comigo mesmo e bati a porta.
- Sra. Jimenez! - Cumprimentei a mãe dela, uma senhora baixinha morena dos cabelos escuros, muito parecida com a filha, porém mais velha e menor, com um sorriso enorme no rosto.
- Hola Cariño, entre, entre, - ela me puxou para dentro. - Maya está no quarto dela, pode ir lá, daqui a pouco levo algo para vocês comerem!
O sorriso dela era contagiante, o devolvi como agradecimento pela simpatia, e ela me mostrou o caminho, a porta estava aberta e Maya deitada na cama de casal no centro do quarto, mexendo no celular, de pijama com um mini, mini short, 'Deus porque castigas tanto a mim?' pensei olhando pro céu.
- Bradley, certo? - Ela se levantou pra apertar minha mão.
- Isso, - tentei ser cauteloso - Trouxe as respostas do seu dever de casa, podemos começar estudando por ele?
- Como você sabe qual é meu dever de casa? - Olhou sem me entender.
- O professor - engoli em seco - seu professor me passou! - quando foi que eu me tornei tão bom em dar desculpas?
Ela concordou e fomos para escrivaninha no canto do quarto, não teve muita conversa fora a necessária, restritamente sobre os estudos, ela é tão linda, o cabelo caia no rosto, ela mordia o canto da lapiseira e o tempo todo tentei manter minha postura e não falar nada idiota como sempre.
A mãe dela chegou na porta, com uns pratos coloridos, e foi aí que eu percebi a hora, já estava tarde de mais e não poderia dar nenhum indício de mal comportamento, pra que nada desse motivo pra desconfiança dos meus pais, tive que recusar.
- No, no, no, cariño você não pode dizer não para a comida de uma mulher cubana! Não existe injúria maior! - A mãe dela brincou com uma pitada de verdade.
- Madre! - Maya restringiu a mãe
- Lo siento pero tengo que salir... - Arranhei no meu espanhol.
- Que hermoso! Pode ir cariño, está tarde da noite não vou te segurar aqui, pero muy bueno su español!
Fingi entender o que ela tinha dito com um sorriso e um "Gracias" ao final, Maya me acompanhou na porta, olhando surpresa para mim, o que não tinha feito quase a noite inteira.
- Ninguém tinha falando espanhol comigo antes, forço meu sotaque inglês ao máximo, pra não ser motivo de piada, mas ninguém tinha conversado comigo em espanhol antes! - Ela sorri e é impossível não sorrir pra ela de volta.
- Este soy to! - Eu preciso aprender quando parar, estava demorando muito pra que eu fizesse algo ridículo, segundos com a boca fechada e eu teria ido embora sem levar arrependimentos de ter aberto a boca pra casa. Ficou um silêncio estranho que me senti na necessidade de quebrar - Vou dar uma festa sábado, você deveria, se quisesse, se pudesse claro, se estivesse disponível... - me enrolei todo.
- Vou estar lá! - Mas ela entendeu o recado.
- Buenas noches! - Sorri bobado, quando percebi ter exagerado, mas ela pareceu não se importar.
- Buenas noches... - e fechou a porta.
Não liguei para Tristan, naquela noite voltei pra casa andando a pé, independente da distância, só veria ela depois na festa, mas nessa noite tinha muito o que pensar, tinha muito que pensar nela!
VOCÊ ESTÁ LENDO
|| {Can we dance?} ||
FanfictionEu falo um monte de merda quando eu estou bebendo E sou conhecido por ir rápido demais Não ligue para meus amigos, eu sei que eles são loucos Mas eles são os únicos amigos que eu tenho Eu não te conheço Mas eu gostaria de pular a conversa fiada E i...