Prólogo

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O dia em que nasci foi o exato dia em que a primeira nevasca do ano caiu e também o dia em que a garota de sete anos, Sakura Haruno, veio me visitar.

Eu costumava seguir tudo o que a Cerejinha dizia, ela era meu fascínio. Quando ainda era um bebê ela costumava dizer que eu tinha a semelhança de uma batata-doce, o que sinceramente não consigo acreditar. Lembro-me de ouvir repetidas vezes as palavras: " Como ele vai viver sendo tão feio assim..?" cheias de pesar e decepção na voz.


A

mãe de Sakura, Mebuki Haruno era nossa governanta e por consequência eu vivia na casa dos Haruno — vivia com Sakura. No meu aniversário de três anos ela supôs que eu continuava crescendo como uma criança feia e por isso me deu de presente um cachecol e uma touca, assim vivia cobrindo parcialmente o meu rosto com todos aqueles panos. É por essa razão que quando ouço que "os hábitos de uma criança perdurará até a morte" isso não me parece tão impossível de acontecer; Mal consigo imaginar o quão malvada Sakura poderia ser com uma criança na época, ainda assim, ela era a melhor pessoa do mundo.


Estava dormindo no avião pouco antes do pouso, seu rosto ardia pelo calor que a touca e o cachecol havia causado por tampar seu rosto durante toda a viagem de volta para Londres, após longos dezessete anos fora do país, agora voltando com seis vinte e seis. Esconder o rosto enquanto dormia... é claro que a memória lhe impulsionou até Sakura mais uma vez.

A garota que se lembrava era inteligente, inocente e gentil, mas se perguntava como ela estaria agora...

[...]

- O que? — Sakura esboçou a reação mais surpresa escutando as novas fofocas vinda de Hinata — Vocês se atracaram num beco? Hinata... pensei que você fosse uma puritana.


Hinata estava vermelha feito um pimentão, caminhavam pela empresa no horário de intervalo do trabalho.

- Não me julgue, não foi nada premeditado... — Hinata Hyuuga se defendeu mas Ino e Sakura riam considerávelmente da situação.

- Me diga a verdade, Hinata. Apenas alguns beijinhos? Não consigo acreditar... — Ino perguntou descaradamente.

- Também não... e depois tenta me recriminar pelos meus atos libidinosos.. — a Haruno voltou a zombar.

Sakura trabalhava como gerente em uma emissora de telemarketing há mais de cinco anos, já tinha conquistado tudo em sua vida profissional, tinha estabilidade. E após o intervalo cuidaria de mais um episódio do programa de televisão que gerenciava com mestria profissional e perfeição.

Sentiu o celular vibrar no bolso do blazer nude e quando viu o nome de sua mãe no visor soube imediatamente que algo de bom não sairia dali. Mebuki só ligava para lhe dar más notícias atualmente.

Pediu licença às meninas e foi até o lado de fora do prédio, a visão da cidade era linda e o frio se instalava com força. Após alguns minutos da senhora Haruno reclamando da falta de notícia e ligações da filha, Mebuki por fim destilou o veneno do que realmente queria ao ligar para ela.

- Mãe, o batata doce? O que ele faz na Inglaterra novamente? — inquiriu ao telefone revoltada.

- Sakura não haja desse modo, é apenas um simples favor, você quase nunca está em casa... E além disso o nome dele é Sasuke Uchiha, não são mais crianças pare de chamá-lo assim!

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