Um Tempo para Amar (Adaptação RUGGAROL) Concluída ✔

Lugar Especial

Karol olhou ao seu arredor enquanto era carregada pelos braços fortes de Ruggero.

O iate tinha uma sala confortável nada muito grande , mas de extremo bom gosto . Um sofá em L , cinza claro fazia contraste  com as almofadas azul-marinho e branca . No chão de madeira, um tapete de cor chumbo de pelo alto e fofo, tornava o lugar aconchegante.  As paredes laterais, com janelas retangulares, eram adornadas com cortinas   de um tecido fino  da mesma cor do sofá alternando em listras   irregulares  com a cor das almofadas.  Uma mesa de centro de madeira  envernizada  com as bordas irregulares  feita artesanalmente , de um tronco de árvore , dava  ao lugar um certo charme , contrastando  uma ambiente moderno com rústico artesanal  dos objetos  de decoração.

Ao lado um bar , com balcão em vidro ebanquatas em ação  inoxidável. Nas prateleiras de vidro , vários tipos de bebidas , copos e taças . Uma mini adega também era visível e um corredor levava a cozinha .

Ele a soltou e Karol sorriu  meio sem graça por estar perturbada pela aproximação dele. Procurou disfarça o quanto estava mexida  por estarem sozinhos ali , observando alguns quadros coloridos  que enfeitavam o lugar. Sentou-se na maciez do sofá, inclinando o corpo tirou suas sandálias . Seus pés tocaram as fibras leves do tapete,  o que lhe proporcionou um certo alívio .

_ Quer beber alguma coisa?_  Ruggero a fez virar a cabeça  ao ouvir sua voz , a forçando a olhar para ele .
_ Se for beber eu te acompanho _ informou

Ruggero foi até o bar e escolheu um vinho, serviu duas taças.  Calmamente se acomodou ao seu lado, oferecendo uma a ela

_ E então gostou?_  indagou virando o corpo para encara-la
_ De muito bom gosto. A sensação que tenho é  de um lugar de paz. Agora , entendo quando disse que gosta de vir  aqui para pensar!_  levantou indo em direção a uma fila de quadros  em alto relevo   que ficavam acima de um pequeno aparador perto da escada, que , imaginou  , levar ao  dormitório.

_ Africanas ! Simplesmente maravilhosas !  Você os comprou aonde? _  inquiriu  curiosa.

Ruggero se aproximou vindo ao seu encontro , Karol  estremesseu,  ele a rodeava  como um animal de olho em uma presa.
_ Comprei em  uma feira , na África  quando estive lá. O artesão que me vendeu, garantiu  que são exclusivas ,que ele não faz em série . Cada africana tem sua história, cada uma representa um tribo .

Os olhos dela brilharam  com aquela  informação .
_ São lindas! A história , por trás , de cada obra de arte  é  as que fazem  ser tão especiais!
_ Não me atreveria a discordar  do que diz ! Um artista lê uma obra com os olhos _ levou o líquido aos lábios o sorvendo _ Por que trancou sua faculdade?

Ela tocou um dos quadros em uma carícia
_ Quando minha mãe adoeceu , decidi que precisava dar mais atenção  à ela.
O tempo perto de quem amamos, e sabemos  que  vamos perder,é  preciso. Pretendo voltar assim que puder. Garças a Deus agora conseguimos arrumar uma enfermeira boa para mamãe . Ana e carinhosa dedicada . Uma profissional que ama o que faz . Pensei em retornar no próximo ano, mas  aí , você apareceu...
_  E acha que vou impedia-la de estudar?
_ Não sei . Temos um contrato a cumprir. Quando estiver livre voltarei a Universidade.

Ruggero a pegou pelo braço delicadamente, a fazendo prestar atenção nele . Suas feições mudaram e seus olhos negros  demonstravam que algo não lhe agradava no momento.
_ Não será minha prisioneira_ afirmou _ Está palavra LIVRE , é  sempre mal colocada na sua boca

Karol o encarou , piscando os longos cílios.
_Lembra o que me disse " Estou pagando . Eu mando, você  obedece" foram exatamente essas palavras .

Ele suspirou profundamente, se acalmando.
_Há de convir que você me tirou do serio ! Você  é  gêniosa e isso para um homem como eu, que está acostumado a mandar , e ser obedecido , é  um desafio e tanto ! As vezes as palavras saem com objetivo de atingir , porém  quando nos damos conta da mágoa  que elas causaram , nos arrependemos . Isto tbm acontece com você, tenho certeza! _ disse categórico.