Parte 1

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POV. Bill Weasley

Ser gerente de um banco definitivamente não se encaixa entre os melhores trabalhos do mundo, mas sempre foi algo que eu gostava de fazer. Claro que é extremamente estressante e eu tenho vontade de pedir demissão aproximadamente 3 vezes por semana, mas no fundo eu gosto. O Gringots é um bom banco, os horários são flexíveis e eu tenho bons benefícios como um ótimo plano dental para garantir meu sorriso impecável que desvia os olhos dos clientes do meu brinco e meu cabelo grande. Sim, quem me vê fora do meu lugar de serviço raramente acredita que eu trabalho em um banco com roupa formal e todas essas coisas.

Por fim, trabalhar no Gringots era algo que eu realmente gostava, a menos quando tinhamos dias como esse. Esse dia em específico havia sido horroroso, meu chefe Grampo (eu sei que parece o nome de um Mafioso maligno, mas é só o sobrenome dele, seu primeiro nome é Guilherme) estava me pressionando com prazos que não faziam sentido e tudo que eu queria era que o dia acabasse. Já havia passado algumas horas encarando o relógio desejando o fim de tarde até que ele finalmente veio. E lá estava eu andando até o Três Vassouras depois de mandar mensagem para Tonks e Charlie implorando para tomarmos uma cerveja juntos. Talvez várias.

Assim que o gole de cerveja desceu gelado pela minha garganta eu já senti meu corpo mais leve. O Três Vassouras era definitivamente meu bar preferido e o happy hour com meu irmão e minha melhor amiga era uma tradição das sextas feiras (e das terças horrorosas como aquela). No fundo, eu precisava daquele momento para tirar tudo que estava sentindo para fora do meu sistema e meu Deus, ainda era terça-feira, não estávamos nem no meio da semana.

Mas como a minha - não tão sábia - tia-avó Muriel sempre me dizia: nada é tão bom que não possa piorar, então assim que abri a terceira cerveja percebi a três mesas de distância aqueles cabelos loiros que eu conhecia muito bem.

O grande problema era que Fleur Delacour não se lembrava de mim. Pelo menos ela parecia extremamente feliz ao lado do homem que reconheci como seu colega de trabalho, Rogério Davies.

***

1 ano antes

Eu tinha uma teoria: a primeira coisa que todos deviam saber sobre Tonks é que ela era muito chata e insistente para alguém de um metro e meio e cabelos coloridos e quanto antes aceitássemos isso, melhor.

Eu tentei me esquivar e adiar ir na exposição onde ela estava expondo dois quadros mas eu sabia que precisava apoiar minha melhor amiga, mesmo que eu não entendesse nem 1% de arte.

Mesmo assim eu fui e tentei me interessar por tudo aquilo, apesar de ser muito chato. Até que um quadro em específico me chamou a atenção, se eu estreitasse bem os olhos e virasse levemente a cabeça para a esquerda eu tinha certeza que conseguia ver um coelho em cima de um tiranossauro rex laranja.

— Eu gosto muito como o contraste das cores quentes para as frias dão uma perspectiva contemporânea para esse quadro — só percebi que não estava sozinho quando ouvi uma voz doce com sotaque francês ao meu lado.

Parecia impossível que alguém usando um macacão era elegante, mas ela conseguia, mesmo de saltos altos ainda era muito mais baixa que ele.

— Você também consegue ver o t-rex quando faz assim? — respondi desnorteado a primeira coisa que me veio a cabeça tombando a cabeça para o lado esquerdo.

Je ne crois pas! Que falta de respeito! Esse quadro é meu e é uma releitura da Pietà de Michelangelo!

E ela saiu batendo os pés e expressão carrancuda.

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⏰ Última atualização: Sep 02, 2020 ⏰

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