Cap.10

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- Liz,posso entrar?

- Pode Ander.

- Que tal a gente sair hoje? Vamos pra balada? Hora de experimentar nossas novas condições,ver o quão atraente somos.

- Ora Ander,deixe de coisa.Fala como se fossemos a caça.

- De certa forma vamos, estou doido pra arrumar umas garotas para me divertir. Vai me dizer que não quer sair com alguns garotos também.

- Está certo. Me convenceu. Vou me arrumar,te encontro lá embaixo daqui uma meia hora.

- Tudo isso?

- Ora irmão,mulheres demoram para se arrumar.

- Está bem. Só porque é a primeira vez que vamos nos divertir juntos,eu esperarei com paciência.

- Então tá. Até daqui a pouco.

*Liz

Era a primeira vez que saia com meu irmão para a balada.
Nunca fui de me divertir, sempre estava em casa lendo alguns dos poucos livros que eu tinha.
Meu irmão sempre gostou de sair,apesar de que com 16 anos não tinha muito lugar para ir,como baladas por exemplo.

Vesti uma saia de couro que ia até o meio da coxa e uma blusa meio transparente,com uma jaqueta por cima e calsei um coturno preto.
Passei uma maquiagem e soltei os meus cabelos.
Desci as escadas e meu irmão já estava a minha espera, ele estava elegante, porém com uma pegada jovem,exibindo um lindo Rolex de ouro no pulso esquerdo.
Seus cabelos levemente bagunçados o deixava com mais charme,meu irmão era de fato muito bonito.
E agora eu me sentia bonita também.

Saímos pela porta e um carro estava a nossa espera,o motorista abriu a porta e nós entramos.
Seguimos algumas ruas até o centro da cidade.
A cidade era um caos,pessoas passando pra lá e pra cá, esbarrando umas nas outras.
Em alguns minutos estávamos parando em frente a enorme construção que emitia luzes brilhantes em seu letreiro.
Lux . O nome reluzia enorme e piscante, chegando a deixar os olhos um pouco atordoados.

Chegamos a entrada e dois seguranças se entre olharam e estenderam a mão sinalizando para pararmos.
A bilheteria é ali. Um deles falou com a voz estridente.
Ora e quem disse que precisamos de bilhetes para entrarmos? Não nos conhece. Mais grave nossos rostos,ainda verão muito eles por aqui.
Disse Ander meio irritado.
Mostramos nossos cartões de acesso vip e eles congelaram, imediatamente abriram as portas.

Parecia o inferno aquele lugar, música alta,que nem dava para escutar os próprios pensamentos.
O frenesi de pessoas suadas,se esfregando,se agarrando.
As milhares de luzes que faziam os olhos dançar.
Eu estava gostando daquele lugar.
Segui meu irmão até o bar,sentei perto do balcão e meu irmão pediu uma bebida pra ele,e eu pedi um drink para mim.
Meu irmão acenou pra mim e seguiu rumo a várias meninas que dançavam em um canto da balada e eu não vendo alternativa me arrisquei no meio da pista lotada de gente.

Depois de uns três goles de bebida , comecei a me soltar, dançando mais abertamente. Até que sem querer esbarrei em um cara e derramei toda a minha bebida em sua camisa.

********

- Droga,minha bebida.

- Sua bebida? E minha camisa sua garota idiota.

- Poxa tinha acabado de comprar a bebida,terei de comprar outra agora.

- Você é surda por acaso garota estúpida.

- Ora,deixe de drama seu idiota. É só a porra de uma camisa.
Quanto ela custou, 20 dólares?
Pelo tecido, talvez uns 10 dólares.
Minha bebida é mais cara que essa camisa idiota.

- Idiota é você. Minha camisa custa mais que sua dignidade.

- Ora,quem disse que eu tenho uma?

- Garota estúpida,idiota.

- Riquinho mimado, imbecil e babaca.

*********

O cara saiu pisando firme,se mordendo de raiva, rumo ao banheiro provavelmente, para tentar se limpar.
Eu estava cheia de tanta gente,tentei achar Ander,mais não o encontrei, provavelmente saiu com alguma garota,ou mais de uma,conhecendo ele como eu conheço.
Saí da balada aliviando meus pensamentos de tanto barulho.
Percorri alguns metros,e senti uma presença a me seguir.

Sangue Prateado: Força HíbridaOnde histórias criam vida. Descubra agora