Sangue Prateado: Força Híbrida

Cap.28

2 MESES DEPOIS...

- Yann?

- Oi Liz. Desculpe a minha demora. As coisas lá em casa não estão boas.

- O que aconteceu? Porque essa cara?

- É que,bom,meus pais não acreditam mais que você vai voltar,e por isso querem que eu me case com a filha de um dos sócios deles.

- Como é que é? Você não vai casar com ninguém além de mim.
Ainda bem que eu já estou recuperada,essa semana vou voltar pra casa.

- Você ainda não está totalmente recuperada Liz, assim que sair pode ter uma recaída.Não é bom arriscarmos assim.

- Não vou deixar você casar com outra. Sei que você não vai enfrentar seus pais,porque não pode dizer que estou viva,e que você sabe onde estou. Por isso vou voltar,agora eu já consigo me controlar Yann.

- Você tem certeza minha pequena?

- Tenho sim. Fiquei muito tempo aqui,presa sem sentir cheiro de nada,sem provar o gosto de sangue quente.Vou ser forte e não me deixarei levar pela tentação do sangue quente.

- Está bem Liz,confio em você. Quer ir agora,ou só mais a noite?

- Preciso só tomar um banho e depois vamos.

- Está bem,vou pegar uma toalha pra você.

(...)

- Está pronta?

- Estou sim.

- Então vamos. Eu não posso te levar diretamente pra casa,pois seu pai vai saber que eu sabia onde você estava e duvido que ele permita o nosso casamento caso saiba disso.

- Está bem. Eu vou pegar um carro por aplicativo e vou direto pra lá.

- Por favor,cuidado. Você sabe que esses carros de aplicativo geralmente são dirigidos por humanos.

- Pode deixar. Eu já consigo me controlar.

- Tá certo. Eu vou mais tarde na sua casa. Vou fazer uma cena é claro,porque para todos os efeitos eu estava muito preocupado com minha noiva e procurei você por toda parte.

- Está bem. Vou me preparar também,preciso ser convincente de que você não sabia de nada.

- Pronto. Te deixarei aqui, use esse celular aqui pra chamar o carro e depois jogue o celular no lixo.
Ele é descartável, não presta pra nada.
Só use essa vez e em seguida descarte-o. Não empresto o meu porque seu pai pode desconfiar e mandar rastrear o carro que te levar pra casa e acabar chegando á mim.

- Ok. Estou indo então. Yann,muito obrigada por tudo. Você me ajudou tanto, graças a você eu estou recuperada e posso voltar pra casa sem ferir ninguém.

- Fiz e faria tudo de novo se fosse preciso minha pequena. Eu te amo.

- Também te amo Yann. Até mais tarde.

- Até.

***************

- Nada ainda detetive?

- Não Sr.Marcus. Sua filha evaporou da face da terra. Está muito bem escondida,ou m...

- Ou nada detetive. Não ouse dizer que minha filha se foi. Ela vai voltar,sã e salva. E viva,muito bem viva.

- Desculpe Sr.Marcus, não foi minha intenção.

- Continue procurando.

Toc.Toc....

- Vou atender a porta,fique aqui detetive.

- Sim senhor.

- Oi pai!

- Li..Lizandra? Filha, é você mesma? Você está aqui?

- Sou eu pai,eu voltei.

- Minha filha,por onde andou? Porque fugiu assim?

- Acho que o senhor já sabe o que aconteceu. Depois que Ander me deu sangue quente,eu pirei. Saí sem rumo.
E acabei encontrando uma casa abandonada,bem ,bem longe daqui. Nem sei como eu cheguei lá.
Mais antes de sair daqui,eu peguei algumas bolsas de sangue desidratado.

- É,eu dei por falta de algumas. Mais nem imaginei que tinha sido você que tinha pego.

- Eu não queria ser uma Dark. Por isso fugi,me tranquei na casa abandonada que encontrei e sobrevivi só com o sangue desidratado que havia levado. Até porque não sabia como sair de lá,o que foi minha salvação,sem saber como sair dos arredores da casa, não fui atrás de nenhum humano.

- E como chegou aqui de volta?

- Depois de ficar esses dois meses lá,regrando cada gota de sangue desidratado. Fui parando de sentir sede de sangue quente, até que achei que estava na hora de voltar pra casa.
Saí da casa e fui andando sem rumo, até encontrar uma estrada. Passou um carro e uma moça parou perguntando se eu queria carona,aí eu aceitei. Ela me emprestou o celular pra chamar um carro de aplicativo. Queria que ela tivesse vindo até aqui, você daria uma ótima recompensa por ela ter me ajudado na estrada.

- Com certeza filha. Mais o que mais importa agora é que você está aqui.

- Senti muito a sua falta pai. Até de Ander também,apesar dele ter feito o que fez, é meu irmão e tem o maior defeito ,que é fazer coisa errada. Mais sou a irmã dele,tenho que perdoar e tentar ajudar.

- Você me enche de orgulho pequena. Mais sinto que não tenho uma boa notícia pra você.

- O que foi? Cadê o Ander?

- Ander está no hospital.