Capítulo 6 - Desejo

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Sensei, me ensine a te amar

Capítulo 6

Hinata Shouyou

Calma, Shouyou. Você não pode surtar por isso. Não pode.

- Aaaahhh! - grito super alto de dentro do quarto. - Não acredito! Isso é incrível! - começo a pular na cama, enquanto grito. - Ele me notou! Ele tá lendo a minha fanfic!

- Shouyou! - Natsu tenta abrir a porta. - Por que a porta tá trancada?

- Natsu, depois conversamos. Estou tendo um surto aqui! - me jogo na cama e agarro o travesseiro.

Esse é o dia mais feliz da minha vida!

O KageCorvo está lendo, ao vivo, uma das fanfics pornô que eu escrevi ano passado. E melhor: ele tá excitado lendo! Batendo uma ainda por cima!

Eu tô tão feliz. Sou capaz de morrer agora, já que vai ser um fim feliz para a vida desse escritor pornô.
E se ele quiser me conhecer? A gente pode transar, aí eu… eu vou poder namorar o homem dos meus sonhos!

Pera, acalma, Shouyou. Você tá sonhando alto de mais.

Mas estou tão feliz! Preciso contar isso ao Kenma!

[Whatsapp privado 17/05 2:09 PM] Hinata: Kenma, tu não vai acreditar.

Nem espero ele responder, volto a surtar.

O Kenma nunca responde na hora, já que sempre está jogando alguma coisa. Algumas vezes ele está estudando com seu tutor particular, o Kuroo-san. Kenma diz que ele não ensina nada, só fica lá, olhando-o fazendo os exercícios.

Eu não reclamaria disso. Kuroo-san é um dos caras mais gostosos que eu conheço. Ele é jogado de vôlei num time oficial, mas tira uma renda extra dando aulas particulares.

- Tomara que ele passe o link da fanfic, aí eu vou ficar mais famoso ainda! Mas agora… - olho com malícia para a tela do computador. - Uma punheta não seria de todo mal.

- Shouyou, você está bem feliz. - Escuto a Yachi dizer.

- Hoje é só o melhor dia da minha vida! - mexo a comida na panela, fazendo uma sopa.

- Então deveria aproveitar, não fazer a janta. - dou de ombros.

- Eu faço a comida há anos, não é porque mudei de casa que vou parar. - desligo uma das bocas do fogão. Me viro para ela. - Você vai ficar me vendo cozinhar mesmo? - desvia o olhar.

- É que eu não tenho o que fazer...

- E estudar? O seu irmão não te mandou estudar?

- Ele não precisa ficar sabendo que não estudei. Eu quero me divertir, sabe. É a primeira vez que tem alguém em casa que não seja minha família... - encolhe os ombros.

Eu vi uma malícia nesse comentário, mas ignoro. A Yachi não é o tipo que fala coisas erradas para provocar um homem.

- Quer experimentar a sopa? - assente. Pego numa colher e esfrio um pouco, depois estendo na direção dela. - Abre a boquinha.

- H-Hinata. - fica vermelha.

- Quer ou não?

- Quero! - assopra mais um pouco e coloca na boca. - Uau. Olha, não é que está gostoso.

- Sou um ótimo cozinheiro. - deixo a colher na pia. Vejo que o canto da boca dela está sujo. - Desastrada. - limpo com o polegar. Os olhos cor de caramelo dela me encaram, com um certo brilho.

Um comentário escapa da minha boca: - Você é linda.

- E-Eu…

- Atrapalho? - quase tenho um infarto quando vejo o Kageyama na porta da cozinha, com uma cara nada boa.

Sensei, me ensine a te amar - KagehinaOnde histórias criam vida. Descubra agora