- peace -

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Pulei da cama. Cai embolado nas minhas pernas ao correr para procurar a minha calça. A coloquei. Joguei a blusa em cima do ombro. E apesar de toda a correria parei para dar um beijo nela:

- Foi incrível, você foi incrível! - Ela sorriu mordendo o lábio e me empurrou quando a porta de entrada fez barulho.

Pulei a janela e com todas as habilidades atléticas que não tenho, tentei descer pelas telhas e depois uma árvore na parte de trás da casa. O que eu não faço por essa garota...

A tequila não foi de grande ajuda nessa hora, mas ignorei a minha cabeça rodando e os pés descalços enquanto ia para casa, porque nada naquela noite tiraria meu sorriso!

**1 semana depois**

 
A muito tempo não via os meninos. E isso nem ao menos passava pela minha cabeça.

  Cumpri minha pena e estava livre, mas agora passava todo meu tempo preso no quarto daquela morena.

Estava ao seu lado o tempo todo, saiamos o tempo todo, matávamos aula para ficar atrás do ginásio e de madrugada, eu batia em sua janela, para que pudéssemos tampar a boca um do outro e em meio a mordidas e o suor, tentar fazer o menor barulho possível.

Estava no céu!

- Brad, preciso te mandar um trabalho meu por e-mail... - Ela pediu enrolada nos lençóis, de pé ao lado da cama com o celular na mão. Ainda estávamos com essa história de 'monitoria'. - Você precisa me ajudar, é pra próxima semana.

- Tá, manda aí! - Me estiquei para pegar seu notebook no criado ao lado, e senti o frio da janela aberta no meu corpo despido.

Digitei a senha, e achei estranho minha caixa de entrada estar tão lotada, ela nunca...

- Maya, vem aqui... - estava boquiaberto.

- Que foi, não chegou aí ainda? - Ela se aproximou de mim e sua reação foi a mesma que a minha - Brad, isso é uma brincadeira certo?

Não conseguíamos contar quantos e-mails diferentes, eram inacabáveis. Gravadoras. Marcas. Até músicos aleatórios. Todos atrás da banda idiota que cantou em uma festa.

Eu não pude acreditar, Maya e eu nos encarávamos surpreso, não acredito que isso tudo caiu no meu colo. De surpresa. De repente.

POVs JAMES - Na manhã seguinte:

Domingo de manhã todos na minha casa se arrumavam para ir a sinagoga, em contrapartida eu continuava a ignorar a existência de Deus.

Com desculpas como: 'preciso estudar' e 'me sinto doente', não fui desde que tudo aconteceu, nada me cortava mais o peito do que simplesmente ver ela. Não podia.

Era cedo quando minha mãe bateu na porta do meu quarto e me disse que havia um amigo meu lá em baixo. Vesti uma blusa e desci as escadas.

- Brad, o que tá fazendo aqui á essa hora?

- Estava na Maya!

- Ah claro, onde mais você estaria... - Não me surpreendi, nas últimas semanas Bradley Simpson tinha se tornado o cachorrinho dessa garota, seguia ela por todos os cantos, ela morava perto, devia ter saído de lá às cinco da manhã.

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