Capítulo 37

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Karina

Olhei no relógio e vi que já eram 22h46. Peguei o celular e vi a mensagem que eu havia mandado pra ele 21h35 perguntando se ele ia demorar muito na boca. Mas ele não me respondeu ainda.

Decido perguntar pro Junin.

Ligação On

Junin: Fala você.

Karina: Iaê Junior.

Junin: Diz Karina, beleza?

Karina: Belê, cê tá na boca?

Junin: Tô, pô.

Karina: Eu queria saber de que horas o Onça vai vim pra casa – joguei o verde.

Eu sabia que ele não tava na boca, ele não costuma ficar lá até tarde. E se ele tivesse descido com os meninos pro bar, ele teria me avisado.

Junin: Ele não tá aqui não pô.

Karina: Ué!? Ele me disse que ia pra boca quando saiu daqui, ele tá onde então?

Junin: Parece que ele foi resolver algum bagulho lá no Chapadão, com o dono de lá.

Karina: Valeu aí. É que eu tô cansada e queria saber se ele ia demorar. Tô mortinha.

Junin: Nem sei te dizer quando ele volta ou se tá perto.

Karina: Eu vou dormir, quando ele chegar, chegou. Foda-se.

Junin: Então tá, bom sono maluca.

Karina: Boa noite

Ligação off

Não sei se vocês sabem, mas quando uma mulher desconfia de algo, há 99,9% de chance dela estar certa. E eu tô com uma baita de desconfiança no Iury. Vocês já sabem sobre o que é. Temos apenas um nome na cabeça: Adriana Vieira.

Já dizia Picapau: "a prova do pudim de beterraba é só provando". Então vamos tirar as provas.

Depois de 3 toques ele atendeu.

Ligação on

Onça: Alô.

Karina: Oi amor.

Onça: Colfoi Karina, aconteceu alguma coisa?

Karina: Não, Iury. Eu só queria saber que horas tu chega.

Onça: Daqui a pouco tô colando.

Karina: ainda tá na boca?

Onça: Não, eu vim resolver uns b.o aqui no Chapadão.

Karina: Ah. É que eu tô cansada e queria saber se é pra te esperar.

Onça: Pode dormir amor. Eu já tô indo.

Karina: Tá bom.

Ligação off

Desliguei e fui tomar um banho. Vesti um pijama sem calcinha e fui pra cozinha.

Peguei um copo de vidro deixando sobre o balcão que ficava perto da geladeira e me sentei à mesa. Abri no Instagram vendo os stories alheios, depois de uns 45 minutos que eu tava lá, escutei um barulho de moto.

Rapidamente liguei a lanterna do meu cell, peguei uma garrafa de água na geladeira e enchi o copo. Levei minhas mãos fechadas em punhos até meus olhos e os esfreguei para dar um aspecto avermelhado de sono.

Alma de Pipa (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora