Capítulo 11 - MolhoShoyo

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Sensei, me ensine a te amar

Capítulo 11

Kageyama Tobio

Era só o que me faltava. Eu saio por um tempo e quando volto, está tendo uma festa na piscina. E para piorar, tenho a sorte de ver a minha irmãzinha de graça com o Hinata.

- O que você faz aqui? - Hitoka se afasta dele.

- Não importa. Você não deveria estar dando aula para os alunos que te pedi? - cruzo os braços. Estou irritado, sinto como se poderia esganar esses dois em segundos.

- Eles estão na cozinha, tomando sorvete.

- Eles ainda estão aqui?! - arregalo os olhos. - Eu vou pro meu quarto. Hinata, Hitoka, depois que todo mundo for embora, quero vocês dois no meu quarto.

Saio de lá pelos fundos. Não posso deixar os alunos me verem aqui. Ninguém pode saber do laço que tenho com esses dois.

Já no meu quarto, me jogo na cama. Preciso me controlar. Não posso bater na Hitoka. Mas o Hinata eu posso. Posso dar um soco na cara daquele tarado que fica querendo a minha irmã.

Hitoka é uma garotinha ainda aos meus olhos. Não consigo me sentir bem em imaginar ela com algum homem, fazendo coisas impróprias. Não consigo, mesmo sabendo que aquela safadinha não é mais virgem.

Minha irmã perdeu a virgindade com um cara quando estava no ensino médio. Pelo o que eu consegui entender, o idiota só se aproveitou dela. Tudo isso porque eu não fui um bom irmão e não cuidei da minha Hitoka. Depois que isso aconteceu, ela ficou um pouco depressiva. Foi um trauma pesado para ela ser jogada fora depois de uma noite de sexo.

O filho da puta que fez isso com ela apanhou tanto de mim e do meu irmão, que até hoje deve ter sequelas. Nós dois não conseguimos deixar de lado o fato de que ele machucou a nossa caçula, então partimos para cima.

Meses depois, Hitoka voltou ao normal. Até que ela conheceu alguns garotos e aí, fiquei sabendo que ela andava beijando alguns só por beijar como passatempo antes de entrar na faculdade. Mas depois de uma conversa séria, que eu e o Tooru explicamos para ela que isso não iria ajudá-la a superar o que aconteceu, ela finalmente voltou ao normal.

Só que agora meu amigo Kuroo está na jogada. Ele é super afim da Hitoka e eu temo que os dois acabem ficando. Kuroo é só um ator pornô que grava vídeos usando máscara - como eu -, mas junto de pessoas diferentes. Isso, ele transa em lives, para a alegria de seus fãs. É um cafajeste, mas mesmo assim, muitas pessoas lhe desejam. Como o Kenma, o garoto que quase não dorme, dá turma do terceiro ano de Educação Física.

Uma batida na porta interrompe meus pensamentos. Quando ela se abre, meus dois irmãos, mais o Hinata, estão na porta.

- O que você tá fazendo aqui, Tooru?

- Vim te impedir de matar um dos dois. - entram e fecham a porta. - Tobio-chan, não precisa ser duro com eles. Os dois nem se beijaram.

- Mas iam. Eu tenho certeza.

- Não! - os dois mais jovens gritam.

- Olha, eu admito que dei um beijo na nuca dela, mas foi sem querer… - Hinata fica na frente da Hitoka. - Pode me castigar, se quiser. Mas deixa a Yachi.

- Eu não vou bater nela, idiota. Já você...

- Oikawa, socorro! - agarra o braço do meu irmão. Dou um sorriso assustador, que o faz ficar branco de medo. - Ele vai me matar!

- Eu vou te esmagar, Hinata Shouyou! - corro na sua direção. E lá vamos nós dois, correndo pela casa como cão e gato. - Volta aqui, sua miniatura!

- Socorro! - paramos na cozinha. Hinata está de um lado da mesa e eu do outro. - Você não pode me matar! Vai ser preso!

- Vale a pena!

Nisso ficamos por longos minutos, até que cansamos. Ficamos sentados na cama, eu olhando ele com ódio.

- Finalmente pararam. - Hitoka suspira. - Então, melhor você dar o castigo logo.

- O Hinata vai limpar o meu apartamento por uma semana e você, o meu quarto.

Hinata Shouyou

- Wow! Adorei seu apartamento! - fico encarando tudo, desde a parede até o teto. Tudo é pintado num tom de cinza, o que deixa um pouquinho escuro, mas muito sofisticado. - Foi caro?

- Sei lá, eu ganhei do meu pai.

-  Vocês ganham muitos presentes caros. - toco o sofá de couro. Que luxo! - Bem, por onde eu começo?

Quero terminar o mais rápido possível essa faxina. Ficar num lugar vazio com o Kageyama não é muito seguro. Eu tenho vontades obscenas de mais com esse homem maravilhoso. E também tem o fato de que se eu quebrar alguma coisa, ele vai me jogar pela janela.

- Pode limpar a sala. Mas escuta, não entre naquele quarto. - aponta para uma porta. - Se você entrar lá, vou ter que te matar.

- O que tem lá? Seu santuário pornô? - como sempre, não acha graça na minha piada. - Vou limpar tudinho, fica tranquilo. E não vou abrir aquela porta.

Por mais que seja tentador descobrir um dos segredos do meu sensei, eu não quero perder a minha vida. Não quero morrer tão jovem.

Começo limpando a cozinha. Não está tão bagunçada, mas têm alguns alimentos vencidos no armário. Me encarrego de jogar tudo no lixo.

Depois que a cozinha está limpa, vou para a sala.

Não estou vendo o Kageyama por aqui, acho que ele está no quarto. Estou ansioso para entrar no quarto do meu professor, já que deve estar empreginado com seu cheiro.

Kageyama tem um cheiro gostoso amadeirado. Um cheiro que entra no nariz e não sai mais. É tão gostoso, queria sentir sempre. Eu queria colocar meu nariz no seu pescoço e inspirar seu cheiro maravilhoso.

Sinto uma pulsação no meu membro. Olho para os lados para me certificar de quem ninguém está vendo e massageio meu pau por cima da calça. Droga de desejo.

Queria saber se o Kageyama também pensa em safadeza só de sentir o cheiro da pessoa que gosta.

Enquanto passo pano no chão, mais pensamentos vem à minha mente.

Será que o lugar que eu não posso entrar é tipo um quarto secreto do prazer? Tipo o do Cristhian Gray de Cinquenta Tons de Cinza.

Essa ideia é maravilhosa, mas ao mesmo tempo assustadora. E se meu sensei gostar de uma sadoma? Isso seria assustador.

Bem, não é como se ele fosse transar comigo, afinal.

Mas… e se um dia ele estiver tão bêbado que não vai conseguir se conter e… ui. Adorei a ideia.

Sei que somos aluno e professor, mas eu não consigo não querer ele na minha cama, fazendo todas as coisas sacanas possíveis. Eu quero o corpo nu do meu sensei, quero muito.

Sou muito safado, isso é óbvio. Mas quando eu estou perto de algo que lembre o Kageyama, ou até mesmo ele, meu autocontrole some. Eu quero ele em cima de mim, me comendo. Me comendo em todas as posições possíveis.

Shouyou, seu tarado!

- Melhor eu parar de pensar… - suspiro. Terminei de limpar a sala, agora vou ver o quarto. Quando entro lá, Kageyama está sentado na beirada da cama mexendo no celular.

- Estou quase acabando. - pego um pano e começo a tirar pó. Ele me ignora. Quando chego perto, noto que ele está lendo uma fanfic. O título chama minha atenção, "Consultas ao meio dia". - Espera, você tá lendo a fanfic do Molhoshoyo?! - praticamente grito.

- Quer parar de desbilhotar, Hinata?! - bloqueia a tela. - Sim, é uma fanfic dele. Qual o problema?

- Eu sou o dono dessa conta.

Sensei, me ensine a te amar - KagehinaOnde histórias criam vida. Descubra agora