HORTÊNSIA

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SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

HORTÊNSIA PENÚLTIMO CAPÍTULO.

Regressamos a Santa Ana e ele estava como um cão vindo do inferno. Não me dirigiu a palavra e não me mirava os olhos, bufava e rosnava furioso. Eu até, tentei conversar, mas foi inútil. Como sempre a última palavra era dele, e naquele momento ele preferiu o silêncio.

Em terra Jacinto nos esperava com a picape e alguns peões a cavalo, eu não queria mais discutir e nem estava afim de me desgastar mostrando a ele o óbvio. Ele não aceita que o perfume devia ser destruído para sempre, que o mesmo não se derramaria na minha pele.

Me pegou pelo pulso descendo as escadas apressado me puxando.

-Não seja grosseiro, está me machucando. Abriu a porta da picape e me enfiou dentro, eu não tive tempo nem mesmo de cumprimentar ninguém. Se virou me mirando com raiva.

-Não ouse me afrontar. Falou entre dentes rosnando como um cachorro bateu à porta me dando as costas. Eu odeio quando ele se comporta como um facínora.

Foi em direção a um dos peões fez o mesmo descer montou e saiu galopando igual um louco. Mas antes deu a ordem a Jacinto para me levar para casa.

Mesmo de dentro da picape cumprimentei a todos educadamente, que retribuíram com acenos, ainda era dia e eu estava morrendo de saudade dos meus amigos e da minha casa.

-Jacinto, me leve para minha casa. Pedi ao entrar na camionete. -Sim senhora. Eu tinha a informação que as cabanas estavam prontas, que os moradores já se encontravam abrigados nas mesmas. Era um sonho realizado, eles tinham moradia descente, alimentos, água potável, e esgoto.

Dignidade, conquistaram a tão sonhada dignidade, me sinto feliz por ter proporcionado a eles um pouquinho de bem estar. De faze-los enxergar que todos tem direitos, a ter direitos.

-Seu coronel dificultou a vida dos meus amigos na minha ausência? Perguntei olhando o horizonte a frente.

-Não senhora. -Ótimo. Parou a picape e perguntei se tinha algo errado ele respondeu que não, mas que queria me pedir uma coisa. Achei estranho Jacinto só falava o necessário e as vezes sim e não, esperei ele pedir. Disse que já fazia um bom tempo que eu estava longe e algumas coisas estavam diferentes. E outras eram surpresas e que teria todo um ritual a ser feito.

Que era um pedido de seu José, que todos estavam avisados pelo coronel que o velho era importante para a Dona e o que ele pedisse seria feito. Fiquei surpresa realmente algumas coisas havia mudado por aqui. Perguntei o que seria esse pedido, ele respondeu que não era nada demais que era apenas para fechar os olhos que quando fosse o momento de abrir ele avisaria.

 Eu assenti, aceitei, eu queria mesmo pensar em outras coisas e esquecer aquele cabeça dura. Ele era o homem de confiança do coronel e eu também confiava em Jacinto fechei meus olhos. O carro foi ligado, minutos depois paramos novamente.

-A Dona pode abrir os olhos agora. Eu fiz o que ele pediu, e meus olhos se chocaram com a beleza, sutileza, amor, flores para mim representava amor.

 Eu fiz o que ele pediu, e meus olhos se chocaram com a beleza, sutileza, amor, flores para mim representava amor

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