Sensei, me ensine a te amar - Kagehina

Capítulo 14 - KageCorvo

Sensei, me ensine a te amar

Capítulo 14

- Hinata! - escuto me chamarem. Me viro de costas e vejo o Inouka. - Queria falar com você.

- Diga. - Sorrio para ele. Espero que não seja mais uma tentativa de me pegar.

- Quer sair hoje depois da escola? - Não, não quero. Eu me irrito com isso, já falei mais de mil vezes que não quero nada com ele, mas Inouka não desiste fácil.

- Tenho um compromisso já.

- Sério? Que pena. - abaixa a cabeça. - Talvez na próxima?

- Talvez. - sigo meu caminho. Pelo menos me livrei dele fácil dessa vez. Vejo a Yachi conversando com a Akene um pouco mais longe. Ainda não entendo como essas duas ficaram amigas. Tipo, eu não tenho nada contra a Akene namorar vários, mas as duas são muito diferentes. A Yachi é… como posso dizer? Um anjinho.

Yamamoto chega perto delas e sorri para a Yachi. Com certeza ele quer pegar ela, mas isso é uma tarefa difícil. Se ele conseguir conquista-la, depois tem que encarar o seu irmão mais velho.

Por falar nesse belo irmão mais velho, não vi ele hoje ainda. Ele saiu mais cedo de casa, por isso eu e a Yachi tivemos que ir de a pé até a faculdade.

Passo pela sala do terceiro ano da faculdade e enxergo o Kenma sentado no seu lugar, com o celular na mão. Entro no local.

- Oi. - puxo uma cadeira e me sento à sua frente. Kenma tem o primeiro lugar do lado da janela como seu. Me pergunto como ele consegue dormir aqui.

- Oi, Shouyou. - bloqueia o celular. - O que faz aqui?

- Estava andando a toa e te vi, então vim conversar. - Sorrio. - Como anda as coisas?

- Mesma merda de sempre. - bufa. - Faculdade, aulas particulares, sexo, jogos, só.

- A parte do sexo eu quero saber. Você ainda anda transando com o Kuroo, né?

- Claro que sim. - apoia o rosto na mão. - Fazer com o Kuroo se tornou rotina.

- Mas ainda não vão assumir? - me olha como se eu fosse idiota. - Que foi?

- O Kuroo não vai me assumir, nós dois sabemos disso. - suspira. - Ele só... quer sexo casual, não um namoro.

- Entendo. Por que não para de dar pra ele para pressiona-lo a te assumir?

- Porque não é tão simples assim. O Kuroo é diferente, ele trabalha como professor, tem sua carreira no vôlei, é lindo. Isso tudo pode mudar se ele tiver um namorado. Por isso duvido que ele queira romance. - noto lágrimas se formarem nos olhos dele. Trata de limpar antes que a lágrima caia.

- Kenma… - pego sua mão. - Você anda pensando de mais nisso, né? Você não está nem dormindo direito.

- Não consigo dormir nem que esteja bem. Mas sabe, Shouyou, eu estou contente pelo menos transando com ele. É como se tivéssemos um elo. Mesmo que seja um elo apenas sexual, ainda tenho contato com ele e somos praticamente amigos. Isso me deixa feliz.

Ele não está feliz só com isso, consigo ver em seus olhos.

- Ok, é você que tem saber o que está te fazendo bem. Mas saiba que eu sempre vou estar aqui para te ajudar. - lhe dou um abraço rápido.

- Você é o melhor. - engole o choro. - Ah, fiquei sabendo de uma coisa, mas não sei se é bom eu te contar…

- Agora que começou termina. Fala aí.