Ela deu as costas e ele uma facada nela.
Ela virou as costas, e ele pegou a faca de serra que estava na mesa e enfiou no pescoço dela. Eu comecei a gritar, incansavelmente eu gritei, e ele só dizia que ela merecia. A ambulância chegou, mas era tarde demais. Ela já havia falecido.
O que era ruim piorou, eu literalmente tinha perdido tudo. A polícia veio, e ele foi julgado inocente, legítima defesa. E eu ? Eu continue morando com ele. É tudo continuou como antes, a facada ele brincava " foi um arranhão" e minha mãe a sete palmos em baixo da terra, dentro de um caixão. Ele não se contentou, e me transformou em prostituta. Ele me vendia para qualquer velho nojento, e por qualquer quantia. Eu resolvi contar tudo a alguém, e esse pessoa contou tudo pra ele. Então por precaução ele me mantida em cativeiro. Ele me manteve trancado em quarto com suíte, assim eu não fugiria quando saísse pra ir ao banheiro. A porta só era aberta quando algum cliente chegava. Aquilo estava sendo demais pra mim, então eu arranjei um jeito de sair de mim. Criei um mundo dentro da minha cabeça onde nada daquilo existia, e toda vez que um cliente chegava eu me encarregava de ficar inconsciente e fugir pro meu pequeno e perfeito mundo. Isso funcionou durante um bom tempo. Mas ele conseguiu invadir aquele mundo, e o destrui-o por completo. Então eu criei outro, onde eu me fiz até mulher, mudei tudo, tudo o que eu consegui eu alterei. Mas não foi o suficiente, ele invadiu de novo, e me destruiu de novo, eu tentei criar mundos onde eu e ele éramos casados, e nem isso resolveu. E assim foi com os 5 mundos que criei.
E quando menos esperei uma luz no fim do túnel iluminou tudo. Era fim de ano, festas, comidas, e bom, orgia. É, ele decidiu que a festa seria comigo de prato principal. Tinha uns 15 caras no total, todos clientes, alguns até parente. Eles beberam, e como beberam. Estavam tão bebados, que acabaram dormindo. E ele também dormiu, e acabou deixando a porta aberta. A porta aberta era sinônimo de liberdade, mas liberdade até onde ?. Então peguei um garfo, e pescoço por pescoço eu fui tirando a vida de cada um. Quando acabei, telefonei pra polícia e contei tudo. Sentei no sofá e esperei eles chegarem. "Com apenas 16 anos, garoto mata 16 homens usando um garfo", esse foi o título da reportagem do dia seguinte. E a minha história? O motivo por trás daquilo tudo?. Gritei mas ninguém me ouviu, então fiz com minhas próprias mãos.
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Quem sou eu ?
RandomUm corpo, algumas histórias. A verdade e a mentira. O alto e o baixo da vida O longe e o perto da visão A verdade que eu guardei A Mentira que eu contei.