Príncipe Chiclete

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A luz do sol iluminava o quarto do Príncipe através da janela exageradamente grande. Ele abre os olhos, estava deitado em sua cama de cor rosa com lençóis de veludo da mesma cor. Olhando para o relógio na parede acima da cama, em seguida ele se estica ainda deitado para se espreguiçar.

Não estava com vontade de sair da cama. Ainda estava desapontado com ele mesmo, depois de ter aceitado o convide do vampiro. Foi chamado apenas para usar coroa, de repente, Príncipe Chiclete percebe que o foco principal nunca foi ele e sim a coroa, somente para libertar um amiguinho vampiro dele. Ele vira seu corpo lentamente para o lado que na noite passada estava conversando com o vampiro, sentindo uma repentina frustração.

Mas, boa parte disso tudo era culpa dele, se não tivesse aceitado o convite do vampiro traiçoeiro nada disso teria acontecido.

Eu odeio o Marshall Lee, Eu odeio o Marshall Lee, pensou ele, e conseguiu com sucesso não ficar mais desapontado e frustado com ele mesmo.

Embora, com relutância, ele se ergue da cama. Precisava esquecer aquele vampiro idiota, afinal de contas, ele nem era tão importante assim.

- Príncipe Chiclete - cantarolou a Governanta Caramelo -, está vestido meu príncipe encantado?

- Espera um segundinho, Governanta!

Chiclete caminha apressadamente até o seu closet real, e pega sua camisa com mangas rosas bufantes e fendas e veste ela por cima do pijama com fedor de monstros que matou ontem a noite (seu coração dá um solto, ao pensar nisso). Ele ajeita o pequena jóia azul em seu pescoço que estava torta. E corre para abrir a porta para a Governanta Caramelo.

- Estava... É... Me arrumando! - disse o Príncipe ao abrir a porta.

Governanta Caramelo, cor de caramelo e um terno em seu corpo meio oval entra com uma bandeja com o café dá manhã.

- Você precisa tomar café, senhor - disse ela depositando a bandeja em uma mesa próxima ao closet - hoje a noite você tem uma importante reunião com o Príncipe Café da Manhã, sobre a grande gosma no vilarejo dos morangos.

Chiclete observa uma foto na porta do seu closet de dois jovens, um exageradamente pálido e outro rosa, em seguida ele pergunta:

- Governanta Caramelo, não chegou nenhuma coisa para mim ... De alguém? - ele passa o dedo no seu topete rosa.

- Não - responde Caramelo - tome seu café, senhor, e não esqueça que agora mesmo seu laboratório está a sua espera.

Ele ouve a porta fechar, e vai para q janela, uma brisa atinge em cheio seu rosto, Príncipe estica os lábios dando uma última olhada para as árvores longe. Em seguida, ele toma o seu café apressadamente e sai do quarto, não antes de respirar fundo, como se isso lhe desse forças. Ele vai até o seu laboratório.

Grande criações científicas preenchiam a enorme sala, P. Chiclete, ele amava ciência. Naquele momento estava desenvolvendo uma máquina de comunicações-sentimentais de ponta-a-ponta. Porém seus cálculos para obter um resultado altamente específico para o aparelho não estava dando muito certo.

Ele trabalhava ao lado de seus dois companheiros de laboratório: senhora Bolinho de Morango e o Pedaço de Pudim.

Eles estavam sentados em suas mesas defronte para um quadro negro resolvendo os cálculos físicos. Todos vestidos com seus jalecos brancos.

- Por que não está de coroa Príncipe?- pergunta Bolinho de Morango.

P. Chiclete que estava observando com atenção os cálculos escritos a giz no quadro, vira a cabeça para encarar a pessoa doce.

- Eu... É.... Não quero usar ela hoje - mente ele -, não estamos aqui para falar de coroas... Você conseguiu obter o resultado exato do consumo de energia do comunicador?

- "E" igual a "P" multiplicado por "t" e dividido por 1000 - disse solenemente o Pedaço de Pudim lendo suas anotações - "t" significa o tempo que o aparelho permanece ligado, correto?

- Exato, mas o aparelho serve para comunicar? - pergunta Bolinho de Morango -, qual é a parte que em que os sentimentos entram nisso? Suponho que ele terá que captar os sentimentos daqueles que está tocando o aparelho ou terá algum uso de magia.

Chiclete não confiava muito em magia, mas de repente algo passa em sua mente, tinha haver com a palavra magia, será que .... Automaticamente ele resolver interromper esse pensamento e foca na pergunta ainda não respondida sobre o comunicador.

- Não, o comunicador liberar ondas magnéticas que capta o calor do corpo mais próxima a ele, ou seja, aquele que está segurando ele, e isso torna fácil ele funcionar e ...

- Mas e se for uma pessoa que não libera calor ... Por exemplo, um vampiro ou a Rainha Gelada, esses não poderão fazer o uso de tal equipamento.

Mais uma vez, algo encomoda o estômago do Príncipe, quando ele ouve a palavra vampiro. No entanto, este age de forma normal com a dúvida.

Os três passaram horas discutindo sobre o comunicador-sentimental, eles nem notaram a noite chegar, embora a janela estivesse levemente aberta, próxima a uma mesa com uma arma que o príncipe estava criando, soltava laser e destruía a ameaça seja ele de pedra ou de carne.

Quando finalmente deixaram seus jalecos de lado e apagaram as luzes do laboratório e saíram em direção ao salão principal do castelo, a Governanta Caramelo aproximou-se do Príncipe para começar:

- Senhor...

Mas ela foi interrompida pelo Príncipe.

- Eu sei, eu sei: reunião com o chato...quero dizer, com o Príncipe Café da Manhã.

- Não é isso querido - disse a Governanta - este garoto quer falar com você - ela apontou para um garoto jovem branco como papel e definitivamente parecido com um papel, e ostentava roupas incrívelmente do seu tamanho. Ele tinha um camelo amarelado e de aparência sedosa.

- Olá, Príncipe Chiclete - disse em uma voz grave e perfeitamente educada.

Era o Príncipe Papel, havia conhecido ele na escola de treinamentos para príncipes, eram grandes amigos. Chiclete correu para abraçar seu amigo e amassou sem querer, o terno dele, mas este pareceu nem se importar, pelo contrário deu uma risada nada haver com sua educação e retribuiu o abraço do Príncipe Chiclete.

- Nossa , quanto tempo! - exclamou Chiclete, lacrimejando, era emocionante ver um amigo de longa data - o que você está fazendo aqui, nossa, cara?! Que... saudades de você e seu jeito mais certo que o meu.

Os Príncipes se separam e o Papel dá uma risada (agora, de forma educada).

- Fiquei com saudades do seu jeito, que bom ver você. Vim para passar uns dias aqui em seu Reino se você permitir, é claro.

P. Chiclete abraça mais uma vez o Príncipe Papel, feliz. Aquilo já era a resposta para a pergunta feita por ele.

Aventuras de Marshall Lee e Príncipe Chiclete ( Sem revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora