Capítulo 16 - Surpresa de alguém do passado

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Sensei, me ensine a te amar

Capítulo  16

Hinata Shouyou

- Bom dia! - entro animado para tomar café. Natsu está nos meus ombros. - Esse dia está lindo, não?

- Como está animado, filho. - papai diz.

- Estou de bom humor apenas. - coloco ela no seu lugar. - Hoje a Natsu tem reunião na escola.

- Por que não me avisou antes? Eu tenho aulas importantes hoje.

- Desculpa, eu esqueci.

- Tudo bem. Eu vou perder a primeira aula, mas vou ir sim. Preciso saber como essa tampinha anda na escola.

- Um bom irmão mais velho, Hinata. - escuto Kageyama dizer. Ele para ao meu lado e discretamente, dá um apertão na minha bunda. Esse safado, me provocando já de manhã.

- Claro que sou. - Vamos para o nosso lugar. Enquanto tomamos café, fico prestando atenção nele, em cada um dos seus movimentos. Não consigo acreditar que esse homem maravilhoso fez aquelas coisas sacanas com o meu corpo.

Eu não posso dizer que não doeu, porque doeu muito quando ele colocou aquela coisa no meu pau. Mas sabe, era uma dorzinha gostosa, que eu não me importava de sentir. E quando ele colocou o massageador de próstata em mim então, foi muito bom. Aquele vibrador líquido também foi maravilhoso, senti todos os meus pontos sensíveis vibrarem.

- Bom dia! - Yachi entra na sala de jantar feliz. Ela está usando uma saia branca e uma camiseta rosa. Não é estiloso, mas é a sua cara.

- Bom dia. - respondo.

Tomamos nosso café enquanto conversamos. Quando eu e a Natsu terminamos, levo ela para escovar os dentes.  Depois de prontos, meu pai me dá carona para a escolinha dela. Quando chegamos lá, vejo o professor Akaashi.

- Oi, Hinata. - se aproxima. - Oi, Natsu.

- Oi, sensei! - corre com a mochila nas costas até os seus amigos.

- Oi, Akaashi-san. Queria saber como está a Natsu na escola.

- Está ótima. É uma das minhas melhores alunas. - fico feliz em ouvir isso. - Ela só está um pouco atrasada com a matemática, mas nada que um pouco de estudo não resolva.

- Que bom. - olho ela de longe. Noto que ele está um pouco quieto, o que é estranho. - Tem algo que queria me contar?

- Bem… a Natsu chorou esses dias porque um aluno perguntou da mãe dela. - meu coração se aperta. - Acho que ela ainda não está acostumada com esse assunto, o que me deixa preocupado.

- A Natsu nunca aceitou o fato de não termos mãe. Quando a mamãe morreu no parto dela, foi um grande choque para mim, mas como eu era mais velho, consegui me acostumar e também me foquei em ajudar na casa, mas já ela, cresceu sem amor materno. Deve ser difícil ver todos os amiguinhos vindo com a mãe até a escola, mas não ter uma… - sinto vontade de chorar.

- Hinata, eu te admiro muito. Você é praticamente o pai dela. - toca meu ombro. - Nunca vi um irmão mais velho tão empenhado em cuidar da irmã mais nova como você. Você é incrível.

- Obrigado, Akaashi-san. - sorrio. - Se ao menos o meu pai desse mais atenção para ela…

- Seu pai também sofre com a falta da sua mãe, então não podemos julga-lo por suas atitudes.

- Meu pai está mais feliz atualmente, por causa da Hikari-san. Ela está sendo uma boa esposa para ele. Por falar nisso, a Natsu está se dando bem com a nossa nova irmã, viraram amigas.

- Que ótimo. - uma mãe chega, se não me engano, é a irmã do Tanaka.

- Bom dia, Akaashi-san. Como está a minha filha?

- Eu vou indo para que vocês conversem com calma. Tchau, Akaashi-san. - aceno e saio. No caminho, fico pensando no Kageyama.

A gente não chegou nos finalmente, porque ele disse que estava de bom tamanho a nossa pequena brincadeira. Mas eu não acho isso. Eu queria sentir o pau dele me penetrando, ele me amando à noite toda.

Passo numa lanchonete e corpo dois pães de queijo. Vou comendo no caminho. Quando chego na faculdade, vou para a minha sala, por sorte cheguei bem na hora da troca de aulas.

Pego meu lugar.

- Como foi na escola da sua irmã? - Yachi pergunta.

- Está tudo bem. - Me viro para ela. Ficamos conversando por alguns minutos, até que o Kageyama chega na sala. A aula corre normalmente, mas eu não consigo parar de comer o meu sensei com os olhos. Tão lindo.

Quando faltam apenas alguns minutos para a aula acabar, alguém bate na porta. Assim que o Kageyama abre, vejo um buquê de rosadas sendo segurado por um homem.

Um homem chamado Miya.

- Miya? 

- Oi, Kageyama. Vim fazer uma surpresa para uma pessoa muito especial.

Seu olhar se encontra com o meu. Meu coração falha por um momento. Não me diga que ele trouxe isso para mim?

- Quem? - acompanha o olhar do Miya, chegando em mim.

- Hinata Shouyou, eu quero pedir perdão por todas as merdas que fiz e dizer com todas as palavras possíveis, que eu, Miya Atsumu, te amo de mais.

Levanto do meu lugar muito assustado. A Yachi sorri para mim, como se estivesse orgulhosa. Inouka está de olhos arregalados, provavelmente com ciúmes. O Tsukishima está com cara de tédio. O Yamaguchi sorri, com os olhos brilhando...

Muitos pensamentos atormentam a minha mente. Quero saber o porquê de ele estar fazendo isso, já que é completamente assustador. Ele terminou o namoro porque iria se mudar para outro país e agora que volto, vem com essa? Que doideira!

- Gay! - um dos alunos grita. Lhe lanço um olhar mortal que o faz se encolher.

Ando até o Miya, que está sorrindo. Kageyama está claramente irritado e querendo matar todo mundo. Estou com medo de que ele mate o Miya.

- Volta pra mim, Shouyou. Eu ainda te amo.

O que eu faço? Não sinto absolutamente nada por ele mais, mas mesmo assim, essa surpresa mexe comigo. É a primeira vez que ganho flores.

- Eu… - não consigo formular uma frase. Estou apavorado.

- Chega dessa palhaçada na minha aula! - Kageyama me puxa pelo braço. - Some daqui, Miya. O ruivinho te responde no intervalo.

O olhar de Miya é de surpreso, mas depois, sorri como se tivesse entendido algo.

- Oh, então é isso? Beleza. Hinata, vou te buscar às nove na sua casa e vamos sair para celebrar o nosso reencontro. - Me entrega as flores. - Valeu!

Que doideira foi essa?

- Hinata, minha sala no intervalo.

É hoje que eu fico sem andar.

Sensei, me ensine a te amar - KagehinaOnde histórias criam vida. Descubra agora