O encontro

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Clara estava, claramente, feliz nesse dia. Ninguém sabia o porquê. As amigas perguntavam, e nem ela sabia responder. Estava mesmo feliz. Com um sorriso de orelha-a-orelha, nem mesmo as aulas a punham menos feliz. Dizia que tinha acordado assim. Quando acabou a aula de História, Clara e as 'amigas' foram, como era habitual, dar um passeio à escola. Como se fosse a primeira vez que estavam naquele sítio, e fossem ver como era! Era um ritual, todos os intervalos, iam andar à volta da escola. Que emocionante. Nesse intervalo, Clara continuava feliz com tudo e com todos, mas em especial com aquele rapaz loiro, de olhos castanhos, que estava a jogar à bola no campo. Tinha-o visto pela primeira vez no dia anterior, durante 3 segundos, e desde aí, a feicidade veio a aumentar compulsivamente. Nem o tinha visto bem no dia anterior, mas achava que tinha sido amor à primeira vista, mas nesse mesmo dia, nesse preciso intervalo, Clara, e o famoso rapaz de olhos castanhos, e cabelo loiro, olharam-se olhos-nos-olhos. Ela aproximou-se do campo. Sentou-se com as amigas, nas bancadas que estavam lá ao pé do campo, e ficou a observar. Jogava tão bem futebol, que parecia profissional. Estava a ouvir música no telemóvel, com os fones. Também era habitual. Ela não conseguia viver sem a música, era o seu porto de abrigo, o seu chão. Por coincidência, ou não, ela estava a ouvir All of Me do John Legend. Enquanto ouvia "all of me loves all of you", olhava fixamente para aquele rapaz. Aquele rapaz que não saia da sua cabeça. Clara estava apaixonada. 5 minutos antes do intervalo acabar, Clara perguntou às amigas se já tinham visto aquele rapaz, e se sabiam algo sobre ele. E foi então que uma amiga lhe disse que o conhecia. Clara sorriu novamente como se o mundo estivesse cor-de-rosa, como se não houvessem problemas, como se tudo fosse um conto de fadas. Chamava-se Diogo. Era claro que um rapaz tão giro tinha de ter um nome igualmente giro! 

Diogo, também não parava de olhar para Clara. Estava hipnotizado! 

Como eram ambos envergonhados até dizer chega, nenhum tomou a iniciativa, e continuaram ali especados a olhar um para o outro. 

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