Boa leitura!Lord Park Jimin encontrou dificuldade para dormir.
E Jeon Jungkook era o responsável.
Enquanto se virava de um lado para outro, Jimin admitiu, relutante, que seria impossível negar que o crioulo insolente despertara um sentimento perturbador que ele julgara morto havia muito tempo. Disse a si mesmo que era completamente normal, nada com o que se preocupar. De fato, era muito simples, Jeon era incrivelmente másculo, e ele, era humano e tinha necessidades. A polaridade havia gerado sua própria tensão dinâmica, criando assim uma curiosidade natural e certa fascinação.
Felizmente, era sábio o bastante para reconhecer a atração pelo que era. O conhecimento elementar seria uma ajuda valiosa na construção de uma total imunidade ao charme questionável do crioulo. Não havia motivo para se preocupar com o atraente Jeon. Mesmo que ele se recusasse a deixá-lo em paz, o que Park já suspeitava que fosse acontecer, não causaria maiores problemas. Afinal, ele não era mais um garoto sonhador e inocente de dezoito anos, já era um homem inteligente e sensato, de vinte e sete, cujos joelhos não tremiam toda vez que um homem atraente sorria para si.
Afastando o crioulo da mente com determinação, Jimin pôs-se a pensar nos duas pessoas maravilhosas que estavam à sua espera em Nova Orleans. Sentia-se ansioso para chegar ao seu destino, além de genuinamente deliciado pela ideia de viver naquela cidade.
Como seus pais haviam morrido e ele não tinha parentes próximos na Inglaterra, Jimin moraria com seu querido tio Colfax até a primavera seguinte, quando se casaria com Lady Seulgi. O tio lhe garantira que a Condessa era uma dama de caráter impecável, respeitada e muito rica, depois de mais de dez anos na América.
Jimin sorriu no escuro, satisfeito com o fato de seu tio e sua noiva serem tão bons amigos. Era importante para Park que Colfax aprovasse a mulher com quem ele iria se casar. O tio solteiro o amava como a um filho. Em diversas ocasiões Colfax fizera questão de lembrá-lo de que era o único herdeiro de sua fortuna considerável. Jimin, porém, também o amava, e esperava que muitos anos se passassem antes que ele recebesse sua herança.
Park suspirou profundamente e, então, bocejou. Sentindo-se por fim sonolento, virou-se de bruços, abraçou o travesseiro e fechou os olhos. Instantes depois, já dormia.
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Na manhã seguinte Park foi despertado pelo sol que entrava pelas vigias de seu luxuoso camarote. Sendo um homem que adorava aventuras, vestiu-se depressa e correu para o convés.
Usando sua bengala de acessório e um chapéu para proteger a pele clara, o conde sorria e cumprimentava os demais passageiros enquanto passeava. Ele inspirou profundamente, saboreando a brisa marítima, e observou com prazer as águas calmas do mar azul. Sentiu-se feliz e satisfeito.
As damas por quem passava faziam mesuras em cumprimento e os homens lhes cumprimentavam com o chapéu.
Jimin continuou a passear.
Caminhava devagar, sem pressa nem destino. Sorria o tempo todo, desfrutando da beleza daquele dia quente de agosto no mar. De repente ele parou e piscou repetidas vezes. Vários metros à frente, um casal apoiava-se na amurada, riam com alegria e empunhavam taças do que parecia ser champanhe, embora ainda fossem dez horas da manhã.
A mulher, uma morena voluptuosa, vestindo um caro conjunto de viagem azul-claro, olhava para o homem como se ele fosse um Deus. Ele, que sorria para a bela mulher como se os dois partilhassem um segredo excitante, vestia um terno, feito sob medida, de impecável linho bege.
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Segredos Perigosos [CONCLUÍDA]
Romansa[EM REVISÃO] Ele era um cavalheiro respeitável, exceto nos braços dele! Nova Orleans, EUA, 1856. O conde Park Jimin estava fazendo de tudo para não cair nas garras de Jeon Jungkook. Mas, ao saber que o navio em que viajavam estava afundando, ele dec...