I - Início das pesquisas

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Dia 1

*Camera ligada*

*Behind the scenes*

- Esse é o dia 1 do Projeto Hospício Willard! - Matheus sorriu animado para a câmera.

- E o que nós vamos fazer hoje Matheus? - Gizelly perguntou no mesmo tom de entusiasmo de seu irmão.

- Nós vamos pesquisar sobre o Hospício Willard e o seus mistérios. - Matheus fez uma cara misteriosa e Louis fez sons de fantasmas. 

- E quem nós somos?

- Quatro idiotas que vão passar 7 dias em um Hospício abandonado. - Manu disse e entrou no enquadramento da câmera. 

- E vão fazer um puta documentário;  - Louis completou, colocou a câmera no tripé e entrou no enquadramento também. 

- Então, hoje nós vamos pesquisar sobre o que aconteceu atrás desses muros. - Matheus deu tapinhas nos grossos muros do lugar. 

*Câmera desligada*

Louis guardou o equipamento e colocou na van.

- Qual o plano? - Manu pergunta 

- Eu e a Gi vamos entrevistar a senhora Willard, você e o Louis vão para a biblioteca e acham os arquivos do Hospício. 

- Combinado, estejam aqui na hora do almoço. - Louis respondeu. Todos disseram "Ok" juntos e o grupo se separou.

*Câmera ligada*

*Asilo Municipal*

*Entrevista da Senhora Willard*

- Então, Senhora Willard! O seu Hospital psiquiátrico foi fechado por algum motivo em especial? - Matheus perguntou e deu um sorriso simpático para a velhinha na cadeira de rodas. 

- Não! Nenhum motivo em especial, eu só estava muito velha e não tinha herdeiros, Renato e Daniel nunca quiseram o Hospital. - Carly explicou, mas a velhinha se arrepiou por algum motivo, a enfermeira cobriu sua paciente. 

- Uhum, e a senhora gerenciou o local por anos, notou algo de estranho? - Gizelly perguntou

- As paredes, ás vezes parecia que tinha sangue nelas, mas ai você virava e sumia. E tinha essa paciente, a... Qual era o nome dela mesmo? AH SIM, Bianca, ela sumiu. - Carly contou. 

- Alguma coisa aconteceu depois do sumiço dela?

- MUUITA COISA, antes eu tinha que ficar quieta porque era meu hospital e meu dinheiro, agora eu sou só uma velha viúva e á beira da morte. Então, como vocês jovens dizem? AH SIM, FODA-SE. - A velha desabafou.

- E sobre a sua filha? Rafaella Willard, certo? - Gizelly perguntou meio com receio. 

- Ah, a minha Rafaella... - A senhora só de tocar no nome da filha, começou a chorar. 

- A senhora não precisa falar se não quiser. - Matheus levou sua mão direita em um dos ombros da senhora, tentando trazer um pouco de conforto. 

- Não, tudo bem. Ela era uma garota maravilhosa, ia herdar o meu hospital. 

- e o que aconteceu? - Gizelly a interrompeu

- Ela enlouqueceu, e uma noite eles vieram buscar ela. - A velha novamente se arrepiou. Gizelly sentiu algo estranho...

- Eles? - Matheus franziu as sobrancelhas

- Eles a enlouqueceram, enfraqueceram a alma dela e levaram ela embora...  - Carly lançou um olhar vazio para os irmãos

- Como assim?

- Se  eu falasse, eles me levariam também!

- Falasse o que?

- Fiquem. Longe. Daquele. Hospital.  - A mulher disse com uma voz praticamente desumana.

- Senhora Willard... - A enfermeira começou a falar mas a senhora olhou diretamente nos olhos de Gizelly e gritou. - EU SÓ ESTOU TENTANDO ALERTÁ-LOS, RAFAELLA NÃO GOSTA DE VISITAS. 

- Ok, o horario de visitas acabou. - A enfermeira praticamente os arrastou para fora da sala.

***

Louis e Manoela estavam atolados de livros e poeira na Biblioteca Municipal.

- O que voce acha desse laudo de morte? - Louis entregou uma pasta para Manu.

- "Bianca Andrade: Causa da morte: Desconhecida" - Manu leu em voz alta. - Bem suspeito.

- Naquela época eles tiravam fotos dos mortos, dá uma olhada. - Louis folheou a pasta e mostrou a foto da garota morta. 

- Ela parece... Assustada? 

- Ela está morta Manu! Ela morreu claramente de algo que a assustou. - Louis respondeu.

- Tipo, uma barata que causou uma parada cardíaca e ela morreu? - Manu arqueou uma das sobrancelhas em tom de deboche.

- Pode ser cética o quanto você quiser, mas ela era jovem demais pra ter uma parada cardíaca por causa de uma barata. 

- Meu Deus! Que medico delicia. - Manu suspirou olhando dentro de uma pasta.

- "Daniel Willard: Médico condutor de lobotomia e tratamentos de choque" - Louis leu em voz alta. 

- Não sabia que os filhos dos Willard estavam envolvidos no Hospital. 

- Ninguém aparentemente sabia, olha esse carimbo. - Louis apontou para um carimbo quase apagado na capa da pasta que dizia: "CONFIDENCIAL: APENAS SUPERIORES ESTÃO AUTORIZADOS A LER".

 - Pensei que os Willard odiassem esse Hospital, dizem que eles abandonaram os pais em asilos e foram embora. - Manu disse em um tom de desconfiança. - Essa História está muito mal contada... 

- Aparentemente o Senhor Daniel não odiava. - Louis respondeu. - Nós vamos levar essas montanhas de poeiras, temos muito a analisar.

- Apoiado. - Manu concorda já pegando as pilhas e mais pilhas de arquivos. 







*****

Volto amanhã com mais dois capítulos xx

Fenômenos ParanormaisOnde histórias criam vida. Descubra agora