Capítulo 4

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Depois de muita conversa, Elisa finalmente disse estar cansada e iria dormir, com filhos grandes era muito mais difícil do que com filhos pequenos. Quando pequenos simplesmente dizemos que está na hora de dormir e mesmo não gostando da ideia eles vão, mas filhos adultos sabem muito bem o motivo de mandar ir para a cama, por isso essa não era uma opção. E eu estava disposta a tentar fazer desta volta de viagem de Léo, a melhor de todas. Tinha comprado lingerie nova e tudo mais para agradar meu marido, talvez fosse disso que estávamos precisando, algo para apimentar a relação. Então assim que Elisa subiu as escadas, eu olhei para meu marido tentando lhe dar o melhor sorriso.

— Então, que tal matarmos a saudade? – Disse-lhe estendendo a mão.

Ele a pegou e me olhou de um jeito sedutor. Beijou o dorso da minha mão e meu corpo já deu sinais de animação.

— Adoraria.

Me levantei, virei a mão para que eu passasse a pegá-la, e o puxei em direção ao nosso quarto. Finalmente. Teria minha noite maravilhosa com meu marido.

— Preciso de um banho! – Ele disse assim que atravessou a porta do quarto e Lu imediatamente andou preguiçosamente para fora. – Tinha me esquecido dessa gata. – Falou com desgosto em seu rosto.

— Para de implicar com a Lu, ela me faz companhia. – Léo nunca gostou de animais e como a gata fora presente de meu irmão, Matheus, eu não podia recusar e ele não podia fazer nada sobre isso.

— Ela já foi embora mesmo. – Ele disse já retirando a camisa e indo em direção ao banheiro e eu fiquei parada só admirando a vista. Ele era magro, não era musculoso, mas seu corpo era bonito e torneado. Os cabelos já estavam grisalhos nas laterais, mas isso não tirava o charme do meu marido.

Ele entrou no banheiro e eu levei uns segundos pra sair do transe. Caminhei rapidamente até a cômoda, pois precisava pegar as coisas que comprei na sexy shop sem que ele visse. Abri minha bolsa e tirei a sacolinha cheia de itens que a vendedora empurrou para mim, então fui para a gaveta e peguei a camisola novinha de renda preta, extremamente curta que mostraria bastante das minha pernas, única parte do meu corpo que ainda acho atraentes, peguei uma toalha e joguei por cima de tudo no exato momento em que ele abria a porta do banheiro, envolto em seu roupão preto. Custava sair com uma toalha na cintura? É claro que não, mas ele se enrolou no roupão nada sexy. Mas eu faria diferente, tinha que esquentar essa relação, que já está mais gelada que o polo norte.

— Vou tomar uma ducha rápida, já volto. – Disse meio nervosa. Ele sorriu e foi para a cama.

Entrei em meu banheiro e espalhei pela bancada de mármore os itens da sacolinha. Era tanta coisa que eu já não me lembrava o que era tudo aquilo. Bastou falar para a vendedora que eu queria algo para apimentar a relação que ela me apresentou um monte de coisas. Era gel que esquente e gel que gela, e eu já não sabia mais quem era quem, porcaria! Eu queria esquentar as coisas e não gelar mais do que já estava. Testei na pele, gelou, enfiei no saco. "Nada que gela hoje, meu bem!" Pensei.

Comecei a pegar os outros itens... huumm a calcinha comestível, esse eu tenho que usar. Coloquei junto com o gel que esquenta. Tirei outros itens... gel adstringente ... credo, minha primeira vez foi pior que o parto dos meus filhos, nem sei por que comprei isso. Ah, as bolinhas com lubrificante... olhei com meus olhos desejosos, mas me lembrei que o tempo estava passando e eu ainda nem tomei banho. Por hoje vai só a calcinha e o gel que esquenta.

Tirei minha roupa rapidamente, tomei um banho morno bem rápido, me sequei e vesti a calcinha. Ainda bem que a ideia era ele arrancar aquilo nos dentes e rápido, porque como incomoda... pensei puxando de um lado e de outro tentando tornar mais confortável. Coloquei a camisola indecente. Enfiei o restante dos meus itens em uma gaveta, depois eu tirava aquilo de lá, penteei meus cabelos loiros, peguei o gel e saí do banheiro.

Nem tudo são joias (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora