Busan

Capítulo único.

          "  I can be your sugar when you're fiendin' for that sweet spot

              Put me in your mouth, baby, and eat it 'til your teeth rot

             I can be your cherry, apple, pecan, or your key lime

            Baby I got everything and so much more than she's got "

                Localização: Busan

                         Sábado- 34°

                               16:09

Busan era um lugar encantador, com praias maravilhosas e templos revigorantes, o clima quente de verão era perfeito para aproveitar a praia de maneira calma, totalmente sem pressa e com o corpo relaxado.

Com cinco exatos dias de viagem era exatamente isso que eu fazia todos os dias, uma rotina simples que consistia em boa comida e me encantar pela vista e pontos turísticos do lugar. A praia era a minha parte preferida, mesmo com o padrão coreano de roupas de banho, eu nunca me importava com os olhares julgadores e ia com o que eu me sentisse confortável.

Jimin não ligava muito para essas coisas, já tão acostumado com meu estilo e modo de vida que apenas ria junto a mim, repreendendo aqueles que lançavam olhares incômodos e acenando para os curiosos. A cidade natal de Chim era linda e fofa, um local pacífico para se morar, com pequenas coisas desagradáveis, como os moradores e o alto calor existente.

Mas este não era o caso, apesar do calor constante da cidade, uma garoa fina recaía pela mesma trazendo um vento reconfortante. A pequena hospedagem onde estávamos era muito perto da praia, sua aparência era rústica e uma das paredes era completamente feita de vidro, algo não incomodo graças a vista majestosa do mar e a grande privacidade que nos era concedida.

Eu me encontrava na beirada da cama, com uma manta fina em volta de meu corpo e uma xícara de chá gelado sabor morango em minhas mãos. Minhas pernas estavam encolhidas e também cobertas pela fino tecido, eu estava esperando o homem deitado ao meu lado despertar.

Seria algo cansativo, eu poderia apenas balançar seu corpo rapidamente ou chamá-lo mas isso faria toda a graça se perder. E também, a vista das pequenas gotas de água caiando vagarosamente enquanto o sol ainda se mantinha, era um majestoso entretenimento.

Por isso eu esperei.

Esperei silenciosamente, ouvindo a respiração pesada da pessoa adormecida ao meu lado, com uma participação especial do barulho fraco da garoa e o vento arrastando as cortinas brancas com delicadeza. O sol entrava aos poucos e iluminava o chão de madeira polida, a grande estrela quente iria se pôr em minutos ou poucas horas, era difícil dizer.

Quando o relógio marcava 17:00 em ponto e minha xícara já vazia não se encontrava mais em meus dedos, eu ouvi os primeiros suspiros sonolentos típicos de pessoas recém acordadas. Foi questão de segundos até meus canais auditivos captarem o barulho metálico das algemas batendo contra a cabeceira também metálica da cama. Com um sorriso pequeno nos lábios eu me pus a proferir as primeiras palavras em horas:

– Boa tarde, príncipe. – cumprimentei carinhosamente. – Dormiu bem? – questionei após não receber um "boa tarde" como retribuição, eu ainda não havia movido nenhum músculo, continuava escondida entre as lãs da manta.