37 - Negociando o Divórcio

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Por Eloize

Sai do aeroporto cansada. Felizmente Tatiane ficou mais um pouco para adiantar as coisas com minha secretária. Que era alguém eficiente. Mas não tinha a agilidade e desenvoltura de Tatiane. Tomei um bom banho de banheira tentando preparar meu psicológico para esperar Roberto.

Liguei mais uma vez para Hugo a fim de obter notícias de Izabel. Ele me contou que Izadora apareceu lá e ele colocou a mulher praticamente a ponta pés do hospital. A infeliz não sossegava. Provavelmente ficou sabendo do acidente e foi infernizar a irmã.

Depois do banho, liguei para Enzo com o objetivo de obter informações sobre o que mandei concluir depressa. E a sua informação não poderia ser melhor. Fui para cozinha comer algo e pedi à empregada que fizesse para o jantar uma comida leve. Não para Roberto, obviamente ele não era bem vindo, mas para Tatiane e eu. Depois de dar ordens a cerca do jantar, tentei ligar para Tatiane. Deu ocupada a linha. Fiquei na varanda cerca de meia hora quando a campainha tocou. Fiz sinal para a empregada fica onde estava , pois sendo Tatiane ou Roberto eu queria receber.

Coincidentemente eram os dois. Estavam parados olhando um para o outro quando abrir a porta. Tatiane mais próxima do elevador e Roberto bem a minha frente. Com uma caixa de bombons na mão.

- Entrem, Roberto espere um minuto. Tatiane venha comigo.

Entrei com Tatiane para meu escritório. Eu tinha uma ideia na cabeça e precisava de sua ajuda.

- Querida  Enzo mandou para meu e-mail uns papéis. Imprima. Vê se tá tudo ok. Se tá tudo assinado. Quando você ler vai saber do que se trata. Então quando eu ti chamar você vem que eu quero esfregar esses papéis na cara dele.

- Certo vou fica aqui e verificarei tudo. Qualquer coisa chama. Eu não confio nele. Cuidado.

Não entendi direito o nível de medo que ela demonstrou de Roberto. Mas na hora não quis fazer perguntas a respeito disso. Roberto estava na minha sala e eu precisava ouvir e falar tudo que fosse preciso para acabar com tudo rápido.

- Bom espero que tenhamos uma conversa civilizada.

Falei voltando para sala. Roberto estava em pé próximo ao balcão do bar servindo-se de uma dose de conhaque.

- Deseja um Martine meu bem . Eu sirvo para você.

- Desejo que você não me chame mais assim. Tenho umas coisas a lhe comunicar.

Roberto aproximou-se e sentou no sofá próximo a mim. E disse:

- Antes que você fale quero que me ouça. Eu estou arrependido. Eu sei que magoei você mais ainda acho que temos como consertar as coisas. Eu prometo a você meu amor que nunca mais magoarei você. Sei que sentimos a necessidade de vivermos uma aventura. Mas juntos vamos superar.

Ouvir aquelas palavras me embrulhava o estômago. Era estranho, não por que achasse mentira. Tinha alguma verdade no que ele dizia. Ele realmente acreditava naquilo. E isso me matava. Como eu não enxerguei o tanto que  ele era machista e egoísta. Deixei-o falar por educação, mas nada em mim mudaria. E assim que eu comecei a falar Roberto percebeu isso.

- Roberto tentarei ser o mais clara e Transparente. Se você viveu uma aventura com Izadora eu sinto muito por você. Eu não fiz isso. Se trair você foi por um simples e claro motivo. Eu me apaixonei por Izabel. E mesmo que isso não tivesse acontecido. Você com sua infinita covardia e egoísmo mascarado de bondade minou todo e qualquer sentimento que eu pudesse ter por você. Hoje Roberto nem admiração e respeito restou. Essa sua proposta machista de um futuro entre nós é impossível.

Roberto me olhava assustado. Talvez ele não esperasse ouvir aquilo. E logicamente isso o irritou

- Você ainda insiste nisso? Soube do acidente com sua namoradinha. Você acha que ela vai sobreviver? Que isso vai acontecer?

A photografia (Livro Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora