Estava flutuando em um lugar calmo e totalmente silencioso quando derrepente fui abruptamente sugada para baixo. Meus olhos se abrem para me mostrar que estou em um ambiente com iluminação baixa. Vizualizo o local em quem me encontro e reconheço que é meu quarto. "Parece que conseguimos chegar" penso.
- Vejo que finalmente acordou. - era meu pai, ele parecia, apesar de um tanto abatido, aliviado ao me ver.
- Por quanto tempo eu apaguei?
- Por uns quatro dias.
- Droga! - me levanto apressada.
- Filha, você tem que se acalmar estava apenas se recuperando e ainda não está cem por cento.
- Quanto mais tempo eu passar parada mais pessoas poderão morrer pelas mãos dele pai. Eu já perdi muita gente não posso me dar ao luxo de perder mais.
Ele suspirou sabia que não ia me convencer do contrário. Vi meu pai esfregar a nuca como se estivesse meio incerto sobre o que iria dizer a seguir.
- Filha...sobre o que aconteceu eu...bem...
- Sei que só queria me proteger - o interrompi - eu sei pai, de verdade, porém ainda não concordo com o que fez, você sabe que não foi justo...não posso proteger as pessoas assim. Você sempre me disse para ser corajosa e lutar pelo que é certo só que eu jamais vou conseguir fazer isso se continuar a esconder as coisas de mim pai. Eu luto por uma causa e se precisar vou morrer por ela.
- Eu sei, sempre soube e é isso de que tanto tenho medo não estou preparado para perde-la, nunca estive. - ver seus olhos cheios de lágrimas me fez o abraçar e chorar junto com ele.
- Também não estou preparada para isso pai. - ele me olho fundos nos olhos - E se bem que tenho algumas reclamações a fazer pois creio que deveria ter feito mais melhorias em mim. - isso fez ele soltar uma gargalhada.
- Acredite você é perfeita não há mais nada que eu pudesse ter feito.
- Se o senhor diz...porém pai realmente algo que quero reclamar.
- E qual seria?
- Ultimamente venho tendo certos problemas as vezes fico com a minha visão embaçada, em outros momento sinto fortes dores de cabeça e em alguns casos chego a ficar inconsciente. Isso se deve por conta do meu chip?
- Sendo totalmente sincero com você, sim, se deve sim.
- Gostaria de me explicar?
- Bem seu chip foi totalmente danificado pelo Victor de alguma for ele conseguiu que acabasse se tornando inválido, ou seja, ele não funciona mais. O que é um problema.
- Por quê?
- Um biônico sem seu chip não funciona, não faz nada, - arregalei os olhos - essa é uma das partes mais importante dele e consequentemente a mais bem protegida por isso não consigo acreditar em como o Victor fez tal façanha.
- Então como estou funcionando? Você fez um novo chip para mim?
- Não, fazer um chip não é tão fácil assim requer mais tempo e olha que fui um dos que ajudou a criar. Você está funcionando por que o Jack replicou o dele e te deu.
- O quê? Isso pode ser feito?
- Sim, se você replica o chip de um biônico e o coloca em outro este passa a ter as mesmas memórias que o outro e em alguns casos a agir que nem o outro, afinal é o chip que também torna cada biônico único.
- Vou começar a agir que nem ele? - ele sorriu
- Não, não vai até lá já terei criado um novo para você.
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Sou uma Biônica
Bilim Kurgu" Eu sou você. Eu sou eu. O eco que não se previo. Não sou uma sombra, mas pensando bem talvez eu seja a sua sombra. " Essa é um dos meus trechos favoritos de um livro pois de certa forma descreve como me sinto. Há muito tempo fui um projeto secreto...