Fenômenos Paranormais

VIII - Vídeo 5

Matheus, Gizelly e Louis estavam literalmente, amedrontados... Não acreditavam em tudo que, até agora assistiram nos videos de Harry. 

- Continua logo isso ai Louis, pelo amor de Deus. - Matheus aperta de leve o ombro do amigo o encorajando. 

*Deseja reproduzir "ME  TIREM DAQUI"  de HarryStyles?* 

"Sim"

*Play*

"Faz um semana" - Um garoto com olheiras profundas e escuras embaixo dos olhos, apareceu na câmera, seu rosto estava magro e muito pálido... Parecia perturbado. - "Eles estão acabando comigo." - Seu tom choroso era nítido.

"E ela, meu Deus. Ela... é a pior." - Seu olhar era de puro pavor, qualquer um conseguiria ficar apavorado com aquele olhar. - "Eu consegui achar o meu celular e espero que o meu 3G faça alguém ver isso. Eu não aguento mais, me tirem daqui, por favor!" - Harry olhava fixamente para a câmera, como se aquilo fosse te ajudar em algo. 

Em segundos, o garoto olhou para trás com espanto e se virou rapidamente. 

"Ela tá aqui, eu não vou sobreviver com ela aqui, ela não gosta de visitantes..." - Suas palavras saiam rápidas e eufóricas, como se já estivesse enlouquecendo. 

"Vocês não tem noção do que tem acontecido aqui." 

"NÃO, NÃO. POR FAVOR!" - O garoto gritou para algo atrás dele, em um momento um estrondo alto é ouvido e o rapaz cai no chão. A câmera cai e consegue focar em algo agarrando o garoto por trás, o levando...

*Interferência*

*Fim do quinto vídeo*

- Isso foi muito intenso... - Todos fitavam a tela do computador espantados. Aquilo não seria algo que esqueceriam tão cedo.

Ok gente. Acho que já  temos pistas suficientes para terminarmos as nossas pesquisas. - Matheus se levanta da cadeira e começa a procurar suas anotações. Louis a olha incrédulo e o segue pela sala.

- Espera cara, você quer dizer que depois de tudo que a gente viu nesses vídeos, tu ainda quer entrar lá? Nem fodendo...

- Isso mesmo! - Matheus o olhou e deu uma piscadela e voltou sua atenção as suas anotações.

- Você tá doido, Matheus? Isso é loucura! - Gizelly parou em sua  frente, sem acreditar nas palavras que o irmão dizia.

- Gente, não vamos discutir isso agora né? - Matheus os encarou. - Pensem comigo, imagina o quanto de dinheiro que podemos ganhar  com esse material? Se conseguimos captar alguma coisa que seja, igual esse garoto fez, vamos ficar ricos, porra!

- Você viu o que aconteceu com o Harry? E se acontecer com a gente também? - Louis a olhou com pavor nos olhos. Só de imaginar o que aquele rapaz passou, acontecendo com ele, era surreal.

- Não vai. Eu vou ligar para um amigo meu, se nós não sairmos de lá em uma semana, eu peço para ele vir nos buscar, ok? - Tentou tranquilizar os dois a sua frente. - Além do mais o cara é médium, se a alguém ou alguma coisa tentar levar a gente pra algum lugar, ele nos acha. - Insistiu olhando fixamente para os dois. Ambos concordando mas com receio.

- Eu espero que tudo isso de certo, Matheus...

- Confiem em mim, vai ficar tudo bem.

*Câmera ligada*

- Hello gente! - Gizelly apareceu na frente dá câmera dando um pequeno aceno. - Esse cara aqui, descobriu uma pista incrível, quem diria que o nosso inocente câmeraman teria um baita de um cérebro, né? - Aproximou a câmera do amigo e apertou suas bochechas.

- Eu já demonstrei o meu, gata. Agora você tem que demonstrar o seu.

- Nossa, grosso!

- Você que começou, idiota! - Louis abraçou sua cintura por trás e a câmera agora focava nos dois abraçados.

- Eu te odeio, safado.

- Eu te amo, idiota. - Louis deu um beijo estalado em sua bochecha e saiu da frente da câmera.

- Bom, eu to muito exausta. Tudo que a gente descobriu hoje foi um choque dos grandes... Espero que tudo de certo. - O olhar de Gizelly não era dos mais alegres. Lançou um beijo no ar, sorriu e desligou a câmera.

*Câmera desligada*

Gizelly se despediu dos garotos e caminhou até a sua cama, Manu dormia do outro lado, roncos podiam ser ouvidos.

- Manu, tá acordada? - Cutucou a amiga pelo ombros, mas nada se ouvia. - Deus me livre de um sono desses. - Gizelly desligou o abajur do seu lado, se cobriu com um lençol azul e olhou para o teto. Pensamentos a matavam por dentro. O que será que encontrariam lá? Será que seria um boa ideia? E se não saíssem vivos?... Com esses pensamentos fechou os olhos, deixando o sono tomar conta.

O dia amanheceu, ensolarado e convidativo para uma caminhada. Mas o dia daqueles quatro jovens começariam diferentes. Hoje iam se preparar para gravar o documentário, que segundo Matheus, poderiam os tornar ricos.

Manu, incrivelmente, foi a primeira a despertar, depois Louis, Matheus e por ultimo Gizelly. Comeram e tomaram um incrível café da manha e mostraram os vídeos do Youtuber para Manu, que em nenhum momento acreditou.

- Desculpa gente, mas para mim, isso são efeitos! Tudo mentira para esse garoto voltar magicamente e ganhar mídia encima disso. - Manu não acreditava em espíritos, fantasmas, oque seja... Para ela, isso tudo era puro Marketing.

- Se ele queria fama encima disso, porque então não postou os vídeos? - Matheus deu de ombros.

- GENTE, O EQUIPAMENTO ESTÁ PRONTO. - A voz de Louis soa da sala de estar. Estava tudo pronto para começar a gravar, o equipamento, o cenário, o breve roteiro... Estava tudo perfeito.

Gizelly começaria a introdução, como sempre, era a mais expressiva entre eles. A morena arrumou os cabelos, se pois em frente a câmera que estava nos ombros de Louis. Sorriu e fez um sinal positivo ao amigo.

*Câmera ligada*

- Hospícios. Você já visitou um? Conhecidos como Hospitais Psiquiátricos. Hospícios são conhecidos como casas de repousos para pessoas que possuem alguma dificuldade mental ou demência, mas você já pensou no que um Hospício pode esconder? - Louis deu um zoom bem no rosto da morena.

- Bom, o Hospício Willard esconde muita coisa, desde 1820, atrocidades como: Agulhas sendo espetadas nos pacientes, tratamentos de choque, pacientes espancados, métodos cruéis de tratamentos psiquiátricos entre outras atrocidades foram documentadas nesse local, mas não é só isso. Esse lugar teve 100 anos de mistérios sobrenaturais, e até hoje, não se consegue explicar os relatos que ocorreram no Hospital. - Fez uma pequena pausa, deu um longo suspiro e continuou sua introdução. - Pessoas já desapareceram ali dentro, pessoas já morreram ali, pessoas já  enlouqueceram lá dentro, irônico, eu sei! E através desses mistérios que nós vamos desvendar nesse documentário incrível, para vocês.  

- Mas, primeiro... Quem somos nós?