A loira de olhos azuis praticamente dormia em seu assento em meio ao baile da escola, em seus dezesseis anos, Caroline Forbes nunca havia permitido que uma festa ficasse tediosa. Mas ela sabia que o real problema não era a festa, ou a decoração de ótimo gosto que ela arrumara. Era Caroline que não via graça alguma naquele baile.
Ela bufou novamente enquanto via sua amiga, Elena, dançar com Damon. Ela acenou, chamando Car para juntar-se a eles. Ela não tinha nada contra Damon, muito menos contra sua melhor amiga, Elena, mas pensar em Damon causava certo desconforto porque ele era irmão de Stefan. E Stefan era o motivo do desânimo de Caroline.
Ela negou com a cabeça o convite de Elena e apontou o banheiro, como desculpa. A loira respirou fundo e manteve seu olhar o mais longe possível da mesa de frios, onde ela havia visto o lampejo dos olhos verdes dele.
O que não teve nenhum efeito quando ela trombou com um corpo assim que tentou atravessar a porta do ginásio onde a festa acontecia.
– Desculpa. – Porém, quando ela olhou para cima e encontrou os olhos verdes de Stefan, a loira bufou e corrigiu: – Esqueça as desculpas.
– Car, espera. Por favor. – Ele pediu, colocando-se em seu caminho. – Eu sei que você está brava comigo.
– Por que será? Ah, é claro, porque você me deixou esperando depois de ter me pedido para te encontrar em frente a escola? Ou é porque você estava se agarrando com a vaca da Ivy? – Caroline ironizou, deixando que toda a sua raiva ficasse evidente na frase.
– Ah, claro, e você sequer me deixou explicar antes de agarrar o Matt, certo? Porque isso está extremamente certo. – Ele respondeu. Caroline podia sentir suas bochechas corando pela raiva.
Stefan odiava brigar com ela, como odiava, mas ela tinha que deixá-lo explicar antes de ele a convencer a dançar com ele, Elena tinha mandado Bonnie correr até ele para que Stefan impedisse que Car saísse do salão antes que o plano deles entrasse em ação, e, mesmo que Bonnie não tivesse entendido o pedido, ela o fez mesmo assim.
– Foi um selinho, está bem? Além do mais, o que você, por acaso, tem algo a ver com quem eu beijo ou deixo de beijar?
– E você, por acaso, tem algo a ver com quem eu beijo ou deixo de beijar? Porque não foi o que pareceu essa tarde. – Stefan rebateu.
– Eu não vou estragar a minha festa discutindo com você. – Caroline decidiu, mas Stefan a impediu de continuar andando.
– Olha, eu realmente te pedi para ir até a praça, mas eu fiquei preso na escola, porque Ivy machucou o tornozelo enquanto nos fazíamos a matéria pro jornal da escola, eu te falei sobre isso, lembra? – Car assentiu, a contragosto. – Eu a levei até a enfermaria, e depois a ajudei a sair da escola, mas quando nos chegamos a fachada, ela me beijou. Sinceramente, Caroline, você queria que eu jogasse uma garota no chão? Eu nem a correspondi. Mas, é como você disse, nenhum de nos tem nada a ver com quem o outro beija ou deixa de beijar, certo? – Ele repetiu a questão que a loira havia feito minutos antes.
Caroline não podia negar que a história de Stef fazia sentido, ela sentiu-se corar novamente, mas dessa vez era por vergonha, não por raiva.
– Stef. Ai meu deus! Desculpa... Eu fui ridícula. Eu nem sei o porquê de ter beijado o Matt, eu não tenho nada a ver com isso mesmo... Desculpa. Eu fiquei furiosa quando achei que você tinha me dado um bolo. Mil desculpas, mesmo, Stef. – Caroline despejou, afobada. Stefan mal conseguia lembrar-se o porquê de ter brigado com ela... Meu Deus. Como ele não tinha percebido antes? Ele estava completamente apaixonado por ela.
Caroline esperou enquanto Stefan a observava, o coração dele disparou enquanto ela o olhava de volta. O cabelo castanho contrastando com os olhos, que, nesse exato momento, a encaravam. Ela sempre tinha adorado aqueles filmes clichês em que a garota se apaixonava pelo melhor amigo... Caroline não achava isso tão divertido na vida real.
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Friends
RomanceCaroline Forbes nunca imaginou que iria achar uma festa entediante, não até discutir com o seu melhor amigo, Stefan Salvatore, na tarde que antecedia o baile do colégio. Porém, ambos sabiam que não eram apenas amigos... Quem diria que apenas uma mús...