Altos e Baixos

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#Narradora

      Nath e Thaís se encararam sem saber o que estava acontecendo. O rapaz não se moveu com a aproximação de Priscilla e parecia tão emocionado quanto ela. 

      -Eu não acredito. Você está realmente aqui. -Priscilla acariciou o rosto do irmão e se jogou em nos braços dele, que logo a envolveu retribuindo o abraço. 

      Nath não sabia quem era o rapaz, e uma pontada de ciúmes se acendeu nela, Thaís que estava ao seu lado comentou. 

       -Viu porque quebrei a cara dele. - E com essa frase tudo passou a fazer sentindo na cabeça de Nath. 

        -Meu Deus! Ele só pode ser o irmão da Priscilla. -Nath falou baixinho e Thaís a encarou rapidamente, ela não sabia das novas informações sobre o caso Pugliese. 

         -Como assim? -Ela questionou a amiga e a delegada que acompanhava tudo na sala pediu que elas se aproximassem. Priscilla e Felipe conversavam, mas Nath não estava segura em deixá-los a sós. 

         -Então você já sabia que o Felipe Pigliese não estava morto como todos imaginávamos agente Smith? - A delegada não havia gostado dela esconder algo tão grave. 

        -Eu tinha suspeitas e investigue por conta própria, pois esse fato não tinha relação com a nossa investigação. -Nath se defendeu firme. -Não faz muito tempo que soube dessa informação, mas não faço ideia como ele veio parar aqui com a Bárbara. 

        -Pelo que ele diz a senhorita Bárbara e ele são irmãos. Você sabia disso também? -A questionou. 

       -Sabia que o pai da Priscilla tinha dito uma filha fora do casamento, mas nunca poderia imaginar que era a Bárbara. 

       Thaís ouvia tudo e se sentia muito culpada por não ter acreditado na esposa. Tinha se deixado levar pelo ciúmes e se algo acontecesse com o seu filho não se perdoaria nunca. 

        -Preciso saber notícias da minha esposa, e do nosso filho. - Thaís falou de súbito e Nath se alegrou ao saber que a amiga tinha caído em si sobre toda a confusão. 

          - Ela está no quarto descansando o médico disse que ela passou por um estresse muito grande, mas que o bebê está bem. 

        Aquela era melhor notícia por Thaís poderia receber no momento, uma onde de alívio a dominou e um sorriso nasceu em seus lábios. Nath abraçou a amiga e a parabenizou pelo filho, mas sem perder o contato visual com Priscilla e o irmão. 

         -Posso ir vê-la? - Thaís questionou e Clara assentiu, logo Thaís foi procurar o quarto que a sua esposa está a deixando Nath conversando com a delegada. 

       - Eu gostaria muito que você fizesse parte da operação, mas seu ferimento ainda não está bom. -A delegada falou após informar que a operação para prender a quadrilha já estava em movimento e que a qualquer momento todos estariam presos. 

       -Já sabem onde está o pai da Priscilla e Rodrigo? -Nath perguntou nada confortável em está fora de combate. 

     -O Rodrigo ainda não foi encontrado, mas Júlio Pigliese já, a polícia rodoviária está em perseguição a ele nesse momento. -Nath se sentia agitada. - Tudo indica que ele estava na casa da mãe da Bárbara e … -A delegada falou mais baixo, mesmo os irmãos obsordos em sua conversa ela não queria correr o risco deles ouvirem. - Os vizinhos ouviram gritos e móveis sendo quebrados, ligaram para a polícia, mas eles chegaram tarde depois, a mãe da Bárbara já estava morta e o meliante havia fugido. 

        # Priscilla

      Ver meu irmão ali na minha frente era uma mistura de felicidade, decepção, nojo e revolta. Todos os sentimentos negativos relacionados ao meu pai, que era um monstro. Felipe não desviou do meu contato, parecia tão emocionado quanto eu, sem mais palavras eu apenas me joguei em seus braços e ele me envolveu fazendo que nos dois derramassemos em lágrimas. Ele já era um homem, alguns centímetros maior que eu e lembrava tanto a minha mãe. Eu infelizmente não tinha acompanhado seu crescimento, nem lhe ensinado a conquistar alguém como um dia lhe prometi. Uma parte de nossa história tinha sido roubada pela pessoa que deveria nós proteger. 

         Eu tenho tantas perguntas. -Falei e Felipe me encarou. -Não imagino o quanto você tenha sofrido nesse tempo, mas eu nunca esqueci você e a mamãe um só dia. 

        -Eu tenho tantas perguntas quanto voce. -Ele parecia disposto a entender tudo aquilo comigo, talvez no seu lugar eu me adiaria. -Passei muito tempo imaginando ter a chance de lhe cobrar respostas , mas descobri que você foi tão vítima quanto eu. 

          -Eu não sabia que você estava vivo. Nunca...eu disse nunca, lhe deixaria em um lugar para sofrer. -Falei olhando em seus olhos, precisava que ele acreditasse em mim. -Agora temos um ao outro e eu nunca mais vou deixar que nada de ruim aconteça com você meu irmão. -O puxei novamente para um abraço forte e só então percebi que Nath estava ao nosso lado. 

        -Desculpa atrapalhar, mas a Bárbara que falar com vocês. -Nath falou. 

         Bárbara. Nossa eu nunca poderia imaginar que ela era a minha irmã, mesmo que nossa sintonia tivesse sido mútua. 

       -Foi ela que me tirou daquele lugar se passando por você e me contou toda a verdade que você não imaginava que eu estava vivo. -Felipe explicou rapidamente. 

      -Então eu tenho mais um motivo para agradecer por ela entrar em nossas vidas. 

        Caminhamos até o quarto de Bárbara e fiz questão de Nath entrar comigo e Felipe, eu a tinha apresentado a ele como minha namorada pouco antes. Thaís estava ao lado da minha irmã, era um pouco estranho a chamar assim, mas não era algo ruim, eu estava feliz por ser ela a minha irmã. Por ela ter se arriscado a salvar o nosso irmão e por está tudo bem com ela e o meu sobrinho. Eu que só tinha o meu pai como família, agora tinha o meu irmão de volta, uma nova irmã, teria um sobrinho ou sobrinha e uma cunhada, que por acaso era melhor amiga do amor da minha vida. Minha vida se transformou em  uma montanha russa de altos e baixos. 

        -Então  somos irmãs. -Comentei ficando ao lado da garota, que sorriu.

            -Eu já sabia da sua existência. -Bárbara admitiu e eu a encarei. -Eu estava errada em relação a você, mas tinha raiva por aquele homem sempre me comparar a filha perfeita. 

        Ouvir aquilo me fez fazer uma careta de desgosto, eu me sentia tão idiota e cega em relação ao meu pai. Ele no fim só era um monstro. 

      -Não fique assim, quando lhe conheci naquele dia aqui no hospital eu fiquei surpresa por nós darmos tão bem, não conseguia mais lhe ver da mesma maneira e bom Júlio Pugliese é que é vilão das nossas vidas. 

      Felipe cerrou os punhos e eu toquei seu ombro para lhe acalmar. 

       -Melhor esquecermos esse cara. -Thaís falou querendo encerrar o assunto, mas Nath se pronunciou com a pior notícia que poderiamos ter. 

       -Infelizmente não será possível esquecê-lo assim tão fácil. -Ela ficou ao meu lado, mas encarou Bárbara. -Babi infelizmente a polícia recebeu um chamado para ir a casa da sua mãe e encontraram o corpo dela lá. O pai de vocês a matou. 

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O bebê da Bárbara está bem galera, calma. Sei que a menina está levando golpe a trás de golpe, mas alguns maus são necessários para o final.
Até o próximo. Ah..já comecei a escrever a próxima fanfic que tinha falando para vocês 😉

Prazer, Pugliese (Natiese) - FinalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora