Capítulo 7

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*Esta obra é uma adaptação autorizada. Todos os créditos são da autora original @LouTommo-Styles.*

Cheguei! – Krist gritou entrando na minha casa. Nós já estávamos em casa, depois de horas de compras que, basicamente, se resumiam a brinquedos, estávamos na sala assistindo "Enrolados".
– Kris! – Lin falou animada, ela se levantou, pronta para correr para os braços do acastanhado, mas assim que viu os dois Alfas atrás dele, voltou correndo, subindo no sofá, ficando entre Max e eu.
– Viu, depois eu falo que vocês assustam todo mundo e vocês dizem que sou exagerado! – Krist revirou os olhos para os seus Alfas.
– Eu não fiz nada – o alfa que eu não conhecia falou. Ele tinha cabelo negros e olhos castanhos, várias tatuagens e, claramente, um Alfa Lúpus. Ele veio na minha direção e estendeu a mão para mim – Sou Ohm Pawat, prazer em conhecê-lo, Tul.
– Er... Oi – respondi a seu aperto de mão. Eu ainda tinha problemas de ficar perto de alfas, principalmente os desconhecidos.
– Tul – Singto me cumprimentou de longe.
– Tul! – Krist me agarrou, me abraçando tão apertado, que eu mal pude respirar – Lin, eu estava com saudades!
– Kris – eles se abraçaram Max comprou um montão de brinquedos para mim! – minha filha disse animada.
– Então me mostre ele – estendeu a mão para ela, antes de aceitar ela me olhou, pedindo permissão, confirmei com a cabeça e eles subiram as escadas.
– Tul – Max me chamou – Ohm e Singto são meus melhores amigos desde a infância, são meus irmãos. Ohm que cuida de toda questão financeira e logística dos meus negócios, Singto gosta do operacional – Singto deu um sorriso de canto um pouco malvado, dava para imaginar qual parte do "operacional" ele gostava – Nós faremos uma lista do que precisamos comprar para a casa.
– Primeiro item da lista – Ohm falou olhando em volta – uma casa nova, sem condições de continuarem nessa.
– Ohm! – Max exclamou quando senti minhas bochechas arderem.
– Não, tudo bem – falei – ela não é muito boa e é bem fria no inverno. Mas eu acredito que com algumas mudanças, ela pode melhorar.
– Tul, eu entendo você, se não quiser, podemos arrumar essa casa mesmo. Afinal, foi você que a comprou, ela é sua.
– Tecnicamente era da Pleng, foi ela quem comprou – eu o corrigi.
– Ohm, compre outra casa – Max disse.
–  O quê? Não precisa! Max, é muito dinheiro gasto por nada – bem ele me olhou feio e eu tentei consertar as coisas – Não é isso, eu quis dizer que eu já tenho uma casa e ela não é tão ruim assim.
– Tul – Ohm falou calmamente – a localização é péssima, esse bairro tem uma péssima segurança e é longe de tudo. Olhando por cima deu para ver que teremos que trocar parte da fiação e que o aquecedor não funciona como deveria, fora janelas, eu vi que tem uma com o vidro quebrado. – Sim, eu lembrava dessa janela quebrada, Pleng tinha usado o meu corpo para quebra-la.
– Fique sossegado Tul – Singto falou – não precisamos comprar uma mansão, pode ser um pequeno apartamento, três ou quatro quartos, apenas uma suíte, algo básico.
– Básico? – eles estão de brincadeira comigo.
– Já têm ideia de local? – Max perguntou interessado.
– Obvio que sim – Ohm disse como se Max fosse louco por pensar o contrário. Singto entregou um tablet para Ohm, que abriu algumas fotos – Eu separei esses locais, todos com excelente localização e segurança forte. São apartamentos completos, mobiliados, o menor tem três quartos e o maior seis – SEIS? – vagas para carros, áreas infantis, piscinas, tudo como você pediu. Eu acho que você vai gostar do último, ele tem quatro quarto, todos suítes e a localização é ótima. A cinco minutos de onde o Tul trabalha e a sete da sua casa. Só então eu percebi que Ohm não estava mostrando para mim os apartamentos, estava mostrando para Max!
– Eu realmente gostei desse – Max disse pensativo, olhando as fotos
– 0 que você acha desse, Tul?
– Acho que não tem como eu pagar isso. Só o condomínio deve ser uma fortuna!
– Eu já disse que você não precisa se preocupar com dinheiro, eu vou pagar tudo. Agora olhe essas fotos, o que você acha? – Eu ia reclamar, negar tudo aquilo, mas aí eu vi a foto e fiquei sem palavras. Era a sala do apartamento, possuía um daqueles sofás enormes e que se você, vira, praticamente, uma cama gigante. A TV presa a parede também era enorme, a sala toda era decorada em tons de marrom e bege. Enormes janelas de vidros, com confortáveis poltronas do lado, eu já podia me ver sentado ali, lendo algum livro, as vezes observando a chuva. Também podia imaginar fazendo sessões de "cinema em casa" com a Lin. A medida que eu passava as fotos, via o quão grande e bonito era aquele apartamento. Parecia esses de revista, que você sonha em ter, mas sabe que é um sonho inalcançável.
– É lindo – eu murmurei.
– Então é esse – Max disse orgulhoso – enquanto tempo eles podem se mudar.
– Fechando o contrato, logo pegamos a chave, então acredito que semana que vem – Ohm respondeu distraído, digitando algo no tablet.
– Já vou organizar a mudança – Singto disse puxando o celular e também digitando.
– Olha que legal, Tuly, seremos praticamente vizinhos – Max sorriu feliz, como uma criança que ganha um presente.
– Ninguém vai ME perguntar o que EU acho? – os três pararam de fazer o que estavam fazendo (que inclui sorrir no caso do Max, o que me deixou um pouco mal) e ficaram me observando confusos – Olhem, eu agradeço tudo o que estão fazendo, sei que existe esse Código de Conduta dos Alfas e realmente considero vocês Alfas íntegros e admiráveis por seguir isso, mas não precisam fazer tudo isso por mim. Comprar todos esses brinquedos, um apartamento e sei lá mais o que, não é necessário. Se querem fazer parte da minha vida e da Lin, fico honrado e feliz com isso, porque é só isso que eu necessito.
– Então, você não quer o nosso dinheiro, só nossa amizade? Singto perguntou um pouco desconfiado.
– Sim – eu respondi sincero eu só quero isso. – Sei que mal nos conhecemos, mas acredito que realmente que podemos ser amigos. Existe algum tipo de procedimento ou tradição que os livre dessa obrigação comigo?
– Você nos quer longe? – Max perguntou e juro que vi mágoa em seus olhos.
– Pelo contrário, eu te quero por perto, mas porque você quer estar aqui, não porque é obrigado. Também não precisa ficar comprando nada para Lin e eu, nós nos viramos vem até agora, vai ficar tudo bem – eu sorri para ele e ele sorriu de volta.
– Você está, realmente, abrindo mão de ter qualquer coisa que você possa sonhar em pedir, apenas pela nossa companhia? – Ohm estava surpreso com o que eu dizia.
– Com toda certeza! – eu sorria confiante, feliz por eles terem me entendido. Os três se entreolharam, Singto e Ohm ainda pareciam um pouco confusos, Max sorria feliz.
– Caralho – Singto falou – Que ômega que você foi arrumar!
– Eu sei! – Max sorria tanto, que as duas covinhas apareciam.
– Agora mesmo que a gente vai fazer tudo isso! – Ohm falou – Eu até pago esse apartamento sozinho.
– Não! Sou eu que vou pagar! – Max respondeu. Aí eles começaram a discutir sobre quem ia pagar o que e já começaram a marcar o dia da minha mudança. Para mim me sobrou revirar os olhos e esperar eles terminarem a discussão.

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