⭐ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟎 ⭐

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𝐂𝐎𝐋𝐎𝐂𝐀𝐑 𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐕𝐄𝐑𝐒𝐀 𝐄𝐌 𝐃𝐈𝐀

Seu coração começou a bater desenfreadamente, quase como se quisesse sair do peito. Uma mistura de alegria e ansiedade tomou conta dela, seus olhos encheram-se de lágrimas da mais pura felicidade. Anne sentiu um calor se espalhar pelo corpo, como se cada parte estivesse despertando de um longo sono. Suas mãos tremeram ligeiramente, e ela mal conseguiu conter o sorriso que se formou em seus lábios.

Era como se o tempo tivesse parado, e tudo ao redor tivesse perdido a importância.

Anne estava estática, apenas admirando Gilbert, pois não conseguia raciocinar direito. Ela tinha pensado em milhares de cenários diferentes em que os dois se encontravam ao longo dos meses que se mantiveram longe, entretanto, a sua imaginação não foi capaz de melhorar a realidade. Por um segundo Anne até cogitou de estar imaginando, como fizera da última vez, e se beliscou só para ter certeza de que seus olhos estavam mesmo vendo Gilbert.

A dor aguda quando ela comprimiu a pele entre os dedos, causando uma sensação de desconforto imediato, confirmou que não era um sonho, não era uma ilusão ou sua imaginação fértil. Os livros deslizaram por entre seus braços e ela ofegou, constatando o real. E, diferente da última vez, ela não foi cautelosa ao se aproximar de Gilbert. Anne simplesmente esqueceu todas as normas do que diziam ser o certo ou errado de uma dama se comportar e correu para os braços do seu amado Gilbert.

Ele sorriu para Anne e abriu os braços para recebê-la, e ela pensou nunca ter visto um sorriso tão doce. Quando finalmente o alcançou e eles se abraçaram, o corpo do rapaz se encaixando deliciosamente ao dela, Anne sentiu uma paz profunda, como se estivesse finalmente em casa. O cheiro dele, o toque, a presença... tudo é familiar e reconfortante. Ter os braços fortes e masculinos envolta da sua cintura foi como uma conexão intensa, como se todas as peças do quebra-cabeça de sua vida estivessem se encaixando novamente.

A saudade que Anne sentiu durante todos aqueles meses se dissolveu, substituída por uma felicidade pura e completa. Era um momento de reencontro, renovação do amor, e ela sentiu-se mais viva do que nunca, segura e amada.

Um gritinho desprendeu-se dos seus lábios no momento em que Gilbert apertou sua cintura firmemente e tirou-a do chão, a rodopiando no ar.

— Senti sua falta! — Gilbert sussurrou, enquanto apertava Anne em seus braços.

— Eu também senti sua falta. — Anne se afastou apenas para o encará-lo nos olhos e seu peito comprimiu ao ver as íris avelã que tanto amava.

Ao observá-lo atentamente, ela refletiu sobre como havia imaginado a possibilidade de Gilbert estar diferente quando se reencontrassem. Era natural que ele adquirisse traços mais masculinos e amadurecesse com o passar dos meses. No entanto, Anne jamais poderia prever que Gilbert se tornaria ainda mais encantador do que já era.

Havia uma barba rala que adornava seu rosto, conferindo-lhe um ar de maturidade e sabedoria recém adquirida. Seus cachos, mais volumosos e selvagens, dançavam ao vento, refletindo a liberdade que ele havia cultivado durante o tempo afastado. Seus ombros pareciam mais largos, e seus braços, mais fortes, como se cada desafio enfrentado tivesse esculpido nele um homem mais robusto e resiliente.

Mas, apesar de todas as mudanças visíveis, havia algo em Blythe que permanecia imutável: seus olhos avelã e brilhantes. Eles eram cintilantes, refletindo não apenas a luz do sol, mas também o amor profundo e eterno que ele sentia por uma ruiva em particular. Esses olhos, cheios de ternura e paixão, eram a janela para sua alma, revelando que, no fundo, o coração dele ainda batia com a mesma intensidade e devoção de sempre.

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𝐂𝐎𝐍𝐓𝐈𝐍𝐔𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎 ─ 𝐀𝐍𝐍𝐄 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐀𝐍 𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora