I cant belive.

2.5K 261 40
                                    


Sábado e eu não tinha vontade de levantar da cama.
Meu celular continuava tocando, era minha mãe e eu não queria atender.
— Não vai atender essa merda que não para de tocar?! - Felix fala visivelmente irritado.

— Não! - Ele se levanta brutalmente da sua cama, observo ele pegar meu celular e atender. — Você é louco?! - Fico de pé indo até ele. Tomo o celular da sua mão e ele sorri debochado.
— Oi mãe. - Mostro o dedo do meio pra ele, que faz o mesmo.

— Por que não estava me atendendo? - Reviro os olhos.

— Eu estava dormindo. - Minto.

— É feio mentir Yerin. - Reviro os olhos novamente quando escuto a voz grossa do Felix.

— Hm, vai ter um jantar hoje à noite e eu quero que venha com Felix aqui em casa, agora.

— Agora?!

— Exato. - Ela desliga sem me deixar protestar.
Bufo e olha entediada para Felix.

— Vamos se arrume, minha mãe quer nós dois na casa dela.

— Pra que?

— Também não sei, mas vai haver um jantar mais tarde.

(...)

Sentamos no sofá da casa da minha mãe, e ela se senta em uma poltrona na nossa frente, a mãe do Felix também estava aqui.

— Desembucha. - Minha mãe me lança um olhar mortal.

— Queremos que você e Felix finjam ser um casal no jantar de hoje. - Demoro um pouco para compreender o que acabou de sair da boca da minha mãe.

— O QUE??!! - Falamos juntos e nos entreolhamos. — Eu e ele?!

— Eu e ela?!

— Sim ou vocês são surdos? - A mãe do Felix diz.

— Neste momento eu desejava ser. - Felix leva um tapa fraco de sua mãe, na coxa. E eu me seguro para não rir.

— Mãe, por favor não! - Peço quase ajoelhada.

— Vocês vão e ponto final Yerin! Não discuta comigo! Agora vão se arrumar. Eu vou mandar entregarem sua roupa, no seu dormitório. - Elas se levantam e saem do local.

— Espero que seja só por hoje. - Falo somente pra mim.

— Eu também. - Reviro os olhos pela milésima vez naquele dia. Me levanto rápido, pego meu capacete e monto na moto. — Ei! Me espera. - Felix corria na minha direção. Espero ele subir na moto.

(...)

Calço os saltos e saio do banheiro.
Estava com um pouco de medo de cair com esses saltos, fazia tempo que não os usava.

Encontro Felix abotoando seu terno.
— Não gosto de gravatas borboletas. - Ele ainda se olhava no espelho. — Não gosto de gravatas pra falar a verdade.

— Eu não perguntei nada. - Me sento na ponta da minha cama.
Ele se vira pra mim e me olha com um sorriso debochado.

— Engraçadinha.

— Yes I am. - Me coloco na frente do espelho. Pego minha chapinha que já estava bem quente, e começo a fazer ondulações no meu longo cabelo. — Perdeu algo em mim? - Pergunto a Felix que me olhava fixamente.

— Tcs... estou quase perdendo minha paciência. - Solto um riso nasalado.

Vejo ele se sentar na beira da cama e pegar seus sapatos sociais.

Continuo com a minha atenção ao meu cabelo.

— Yerin?

— Hm? - Ele solta um longo suspiro.

— Sabe dar o nó na gravata? - Viro meu rosto olhando pra ele, logo deixo uma gargalhada escapar.

— Não, eu não sei. - Ele começa a rir também.

— Então o que eu faço? - Analiso suas vestimentas.

— Abre o paletó. - Mando e ele faz. — Agora... abre apenas esses dois botões da sua camisa. - Tenho que admitir, Felix está bonito. — Melhorou bastante. Coloca um cinto. - Tiro a chapinha da tomada, deixando no chão, para esfriar.

— Não sei colocar cinto. - Felix tem um sorriso travesso no rosto.

— Você é uma graça, uma criança de cinco aninhos que não sabe nem fazer um laço no cadarço. - Ponho a mão na minha cintura.

— Hey! Eu sei fazer laço tá bom?! - Apenas aceno com a cabeça.

— Já aprendeu a colocar o cinto? - Provoco quando vejo ele colocar o acessório.

Felix revira os olhos, e não rebate.

— Só vamos descer logo. - Ele passa por mim, sem esperar.

Ri me divertindo com o seu mal humor.

(...)

— Ajam como um casal. - Minha mãe belisca meu braço e eu reclamo.

Felix é o primeiro a sair do carro, tinha muitos paparazzis na frente do enorme e chique restaurante.
Saio também e enrosco meu braço no do Felix.
— Espero que você seja uma boa atriz. - Ele diz no meu ouvido enquanto eu sorria para as fotos.

— Espero o mesmo de você. - Entramos no local e eu me sinto mais aliviada por não ter paparazzis aqui.

Nossos pais nos guiam até uma grande mesa.
O irmão de Felix estava lá também e ele nos olha claramente sem entender o porque de eu estar colada em Felix.

Meus pais me apresentam para os seus amigos. Minha bochecha doía de tanto sorrir.
— Sim, eles estão namorando a três meses, não é magnífico?! - Meu pai comenta e eu tenho vontade de revirar os olhos.

Eu só queria sentar, meus pés doíam.

— Eu soube pela internet, é só o que está sendo comentado. - Um homem que conversava com o meu pai falou isso. — Vocês são realmente um belo casal. - Ele sorri para nós, Felix e eu retribuímos.

Estávamos na internet? Que porra é essa?! Meus pais ultrapassaram os limites.

Menina Misteriosa {Felix}Onde histórias criam vida. Descubra agora