✩Joana Frost✩ [3]

Capítulo 37

- Terá, sim!- disse Ron cheio de esperanças.- Vocês as duas não vão ter de fazer o trabalho todo sozinhas, desssa vez. Eu vou ajudar.

Hermione lançou os seus braços ao pescoço de Ron e foi completamente para cima dele. Joana apenas deu um pequeno sorriso olhando os dois.

- Oh Ron! Ron, eu lamento imenso aquilo do Scabbers.- disse ela entre soluços.

- Oh, deixa lá, ele estava velho.- respondeu Ron.- E não servia para nada. Pode ser que agora o meu pai e a minha mãe me possam comprar uma coruja.

Então, Hermione o largou e ele foi até Joana.

- Joana, desculpa, de verdade. Eu estava chateado e fui tão Idiota que acabei por dizer coisas que estavam erradas. Por favor me perdoa.- disse ele num tom quase suplicante.

Joana o abraçou sorrindo.

- Está tudo bem. Ainda bem que viu que erraste e notou que estava sendo um idiota.

(...)

As medidas de segurança impostas aos alunos desde a segunda entrada de Black impossibilitaram Joana, Harry, Ron e Hermione de irem visitar Hagrid à noite. A única oportunidade que tinham era de falar com ele durante as aulas de Cuidados Com As Criaturas Mágicas.

Hagrid estava bastante atordoado.

- Foi tudo culpa minha. Eles estavam todos ali sentados com os seus mantos pretos e eu deixava cair as notas e estava sempre me esquecendo das datas que vocês me arrumaram, Joana e Hermione. E o Lucios Malfoy se levantou e fez o discurso dele e a Comissão fez tudo o que ele lhes mandou fazer.

- Mas ainda há um recurso.- lembrou Ron.- Não desista ainda, estamos trabalhando nisso.

- Não vale a pena, Ron.- disse tristemente Hagrid, quando chegaram ao castelo.- Aquela comissão está na mão do Lucios Malfoy. Eu vou tentar que os últimos dias de vida do Buckbeak sejam os mais felizes. Devo isso a ele!

Hagrid deu meia volta e se dirigiu apressadamente à sua cabana com o rosto num lenço.

- Olhem para ele chorando!- disse Draco Malfoy.

Ele, Crabbe e Goyle tinham ficado junto das portas ouvindo a conversa dos outros.

- Alguma vez viram uma coisa tão ridícula?- comentou ele.- E querem que ele seja nosso professor.

Joana nem olhou para ele. Harry e Ron avançaram para ele, mas Hermione chegou primeiro e... ZÁS!

Dera uma bofetada na cara de Draco com toda a sua força que o fez cambalear. Joana, Harry, Ron, Crabbe e Goyle ficaram atónitos ao ver ela levantar a mão de novo na direção de Malfoy.

- Não se atreva a chamar ridículo ao Hagrid, sua barata nojenta e asquerosa!

- Hermione!- exclamou Ron vendo ela levantar a varinha em direção a Draco.

- Vamos.- disse Draco a Crabbe e a Goyle e os três foram para dentro do castelo desaparecendo.

- É bom que apanhe a snitch Harry! É bom que vença, porque eu não vou aguentar se os Slytherin ganharem!- exclamou Hermione. Depois respirou fundo e acrescentou.- E desculpa Joana, mas não consegui resistir.

- Tudo bem. Sinceramente ele mereceu.- disse Joana.

- Temos aula de Encantamentos.- lembrou Ron.- É melhor irmos andando.

Subiram apressadamente a escadaria de mármore até à aula do professor Flitwick.

- Estão atrasados.- observou o professor de forma reprovadora, quando Joana abriu a porta.- Vá lá, depressa, varinhas nas mãos, estamos fazendo experiências com Encantamentos de Alegria.

Joana, Harry e Ron se sentaram rapidamente numa secretária no fundo e abriram os sacos. Ron olhou para trás.

- Para onde foi a Hermione?- ele pergunta confuso não a vendo.

Joana e Harry olharam em volta, ao que parecia, Hermione não tinha entrado na sala.

- Esquisito.- disse Joana.- ela estava mesmo ao nosso lado.

- Talvez ela...Fora no banheiro?- supôs Harry

Hermione, porém, também não apareceu para o almoço. Quando terminaram e ela continuou sem aparecer, os três começaram ficando bem preocupados.

- Não estão pensando que Draco lhe possa ter feito alguma coisa, pois não?- perguntou Joana ansiosamente, enquanto subiam para a torre dos Gryffindor.

Disseram a senha e passaram pelo buraco do retrato para a comunal.

Hermione estava sentada à mesa, dormindo profundamente, com a cabeça apoiada no livro aberto de Aritmancia. Foram se sentar ao lado dela e Harry a abanou levemente mas o suficiente para a acordar.

- O q-q-quê?- disse Hermione, desesperada assustada e olhando em volta. - Já são que horas? Que aula temos agora?

- Temos adivinhação, mas é só daqui a vinte minutos.- Respondeu Joana.- Hermione, porque não foi à aula de Encantamentos?

- O quê? Oh, não!- Hermione estremeceu- Me esqueci dos Encantamentos!

- Mas como podia se esquecer?- exclamou Harry.- Estava connosco à entrada da sala de aula!

- Não acredito.- gemeu Hermione de frustração não respondendo à pergunta.- O Professor Flitwick ficou zangado? Ah, foi o Malfoy, eu estava pensando nele e perdi o rumo às coisas!

- Sabe o que acho, Hermione?- disse Ron, olhando para o gigantesco livro de Aritmancia.- Acho que está estourando e tendo um esgotamento com o excesso de trabalho.

- Não estou, não.- disse ela, afastando o cabelo dos olhos.- Cometi um erro, só isso. É melhor ir ter com o professor Flitwick e lhe pedir desculpas. Nos vemos em Adivinhação

A aula de Adivinhação não correu tão bem como esperavam. Estiveram vendo bolas de cristal. E a professora Trelawney jurou ter visto o Cruel na bola de cristal de Harry, o que fez Hermione se irritar o que provocou uma pequena desordem e a saiu da sala de aula.

(...)

As férias da Páscoa não foram propriamente relaxantes. Os alunos do terceiro ano nunca tinham tido tanto trabalho de casa para fazer. Neville Longbottom estava à beira de uma depressão nervosa e não era o único. Joana não estava mais relaxada. Com todo o trabalho, os treinos de Quidditch, todos os estudos e os pesadelos as coisas não estavam muito calmas.

Os Slytherin lideravam o campeonato por duzentos pontos. Isto queria dizer que precisavam de vencer o jogo por um diferencial superior se queriam ganhar a taça.

Toda a equipa dos Gryffindor estava obcecada com o jogo.
E então as férias chegaram ao fim. E dois dias antes do jogo Joana foi ter com Harry à comunal.

- Harry.- chamou ela.

- Sim?

- Você podia me emprestar a capa de invisibilidade para essa noite?

- Sim, mas para quê?- perguntou ele

- É que...