Cigarette

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Os fogos estavam tão brilhantes naquela noite

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Os fogos estavam tão brilhantes naquela noite.

Do banco daquela praça, eu conseguia ter uma belíssima visão deles. Havia tantos e de tantas cores. E pra melhorar, eu só queria um cigarro. Eu tinha acabado com meu maço naquele dia, e acabei esquecendo de comprar mais graças ao trabalho e as atividades da faculdade, logicamente havia outros motivos, mas são tão desprezíveis que nem valiam meu pensamento.

E enquanto encarava o céu, eu acabei pensando em voz alta o meu desejo.

Eu me lembro de, por um momento, ter fechado meus olhos, e quando eu abri você estava lá, com um cigarro estendido na minha direção e um sorriso calmo e gentil.

– Você disse que queria um cigarro não é mesmo?

Sua voz saiu de forma tão leve e espontânea que não tinha como eu recusar, e ainda bem que não fiz.

Já que graças a esse cigarro, eu te encontrei.

Tão solitário quanto eu, mas também tão oposto a mim.

Seus olhos eram mais vívidos que os meus igualmente seu sorriso, que me trazia alegria e aconchego.

Após aceitar aquele cigarro, você se sentou ao meu lado, e perguntou:

– O que alguém como você faz sozinho, em um feriado festivo, sentado em um banco de praça?

Lembro-me de demorar a responder, e quando finalmente o fiz, tive a oportunidade de ouvir seu riso, a primeira vez de muitas.

– Responda-me você, o que um cara tão bonito faz sozinho em um feriado?

Não fazia mínima ideia da onde tinha tirado coragem pra dizer aquilo, mas ver o seu sorriso e ouvir sua risada foi algo recompensador, por isso digo que faria de novo, mesmo que minhas bochechas adotassem a coloração vermelha, como ocorreu naquele dia.

Só de pensar que, se não tivesse falado aquilo, não teríamos nosso segundo/primeiro encontro no dia seguinte foi algo que pensei diariamente, bem... eu pensei até o dia quinze de setembro de 2020, quando você me pediu em namoro após sua apresentação.

Quinze dias, era esse o tempo que nos conhecíamos, mas você já sabia mais sobre mim que minha própria família, e quando fez aquele pedido, soube que ocorria o mesmo com você.

"– Meu amor nos conhecemos há tão pouco tempo, mas na primeira vez que te vi, naquele banco com uma expressão tão serena, soube que precisava te conhecer, e te ter na minha vida, não importasse o jeito, como conhecidos, amigos... mas o tempo passou – você riu quando falou isso – e eu soube, a cada encontro, a cada abraço e a cada olhar seu, que eu precisava de você como meu namorado, como, futuramente torço, meu marido, por isso, aqui, nessa mesma praça onde nos conhecemos, eu te pergunto: Aceita namorar comigo?"

Foram essas as suas palavras. Eu lembro exatamente. E lembro-me das minhas palavras.

"– SIM!"

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